Avaliação ecográfica da árvore excretora urinária fetal: diferenças entre os sexos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Iolanda Tatiana Moutinho
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1002
Resumo: Introdução: A ecografia obstétrica, nos últimos quinze anos, tem sido considerada como um exame de rotina em três períodos da gravidez, no 1º, 2º e 3º trimestres. A partir da 11ª semana de gestação os rins fetais podem ser visualizados, mas o sexo fetal apesar de anatomicamente definido ainda não permite a sua identificação ecográfica precisa. A partir das 11 semanas é possível inferir o sexo do feto com base na identificação da goteira uretral peniana ladeada pelas pregas uretrais, através da medição do ângulo entre tubérculo genital e a linha horizontal desenhada a partir da coluna lombo-sagrada do feto (<30º sexo feminino ou> 30º sexo masculino). Na ecografia morfológica do 2º trimestre é importante avaliar os rins e o diâmetro das pelves renais pois valores aumentados podem estar relacionados com diversas situações patológicas, especialmente com quadros obstrutivos do aparelho urinário. Em diversos estudos mediu-se o diâmetro antero-posterior (DAP) em corte transverso da pelve renal, na tentativa de estabelecer padrões normativos do seu crescimento e tamanho durante o 2º e 3º trimestres e avaliar a evolução pós-natal nas dilatações pielo-caliciais detectadas. A definição de normalidade do diâmetro antero-posterior tem sido alvo de discussão, sendo apresentados em diversos estudos diferentes valores diagnósticos de dilatação pielo-calicial. Alguns estudos apontam para uma prevalência de dilatações pielo-caliciais superior nos fetos de sexo masculino, sugerindo também que na ausência de dilatações os fetos do sexo masculino apresentam valores superiores de diâmetro antero-posterior comparativamente ao sexo feminino. Objectivos: Realizar a medição ecográfica do diâmetro antero-posterior das pelves renais em corte transverso de fetos do sexo feminino e masculino tentando desta forma estabelecer uma correlação entre os achados ecográficos e o sexo do feto. Este trabalho tem ainda como objectivo avaliar a evolução dos fetos com dilatações e o prognóstico relativo a cada sexo. Métodos: Estudo de Coorte Prospectivo, baseado na recolha de dados referentes à história clínica e achados ecográficos do 2º e do 3º trimestres de gestação. A população estudada corresponde a um grupo de 57 mulheres em período gestacional, que realizaram estudo ecográfico no Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), EPE. Como parte integrante deste estudo foi elaborado um questionário a ser aplicado a cada grávida. Em todas a grávidas participantes neste estudo, foi realizada a medição do diâmetro antero-posterior (DAP) da pelve renal fetal em corte transversal. A análise estatística foi realizada através do Microsoft Excel e do software SPSS® v.18.0 (Statistical Package for the Social Sciences). Resultados: No 2º trimestre de gravidez, o DAP do rim esquerdo nos fetos do sexo feminino tinha um valor médio de 2,30mm (±1,11) e no sexo masculino de 2,85 (±1,10), não se verificando uma diferença estatisticamente significativa (p=0,159); o DAP no rim direito apresentou no sexo feminino um valor médio de 2,30mm (±1,18) e no sexo masculino de 3,03mm (±1,16), não sendo também esta diferença estatisticamente significativa (p=0,083). No 3º trimestre também não se encontraram diferenças significativas para ambos os diâmetros em cada um dos sexos do feto, o DAP no rim esquerdo nos fetos do sexo feminino apresentou um valor médio de 3,36mm (±1,60) nos fetos do sexo feminino e 3,93 (±1,51) no sexo masculino (p=0,404); o DAP no rim direito apresentou no sexo feminino um valor médio de 3,67mm (±1,61) e no sexo masculino de 3,79mm (±1,49). No 2º Trimestre dos 34 casos em análise, apenas 4 (12%) apresentaram dilatação no rim esquerdo (definida por valor do diâmetro superior a 4mm) e 5 (15%) no rim direito, não se verificando em ambos os casos uma relação da dilatação com o sexo do feto (p=1,000 e p=0,379; respectivamente). No 3º trimestre não se verificou nenhum caso de dilatação. Para as restantes variáveis em estudo (complicações em gravidezes anteriores, malformações em gravidezes anteriores, história familiar de malformações) não foi encontrada significância estatística. Conclusão: No presente estudo o DAP em fetos do sexo masculino é superior ao feminino, mas a diferença não tem significância estatística. Assim a diferença de valores do DAP da pelve renal não permite inferir o sexo do feto. Neste estudo a evolução dos fetos com dilatações da árvore pielo-calicial foi favorável. Porém, tendo presente o baixo número de casos e a falta de significância estatística, não se pode garantir remissão espontânea e prognóstico benigno em ambos os sexos.
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spelling Avaliação ecográfica da árvore excretora urinária fetal: diferenças entre os sexosEcografia obstétricaEcografia obstétrica - Diâmetro antero-posterior.Ecografia obstétrica - Dilatação pielo-calicialEcografia obstétrica - Feto - SexoEcografia obstétrica - Feto - AvaliaçãoIntrodução: A ecografia obstétrica, nos últimos quinze anos, tem sido considerada como um exame de rotina em três períodos da gravidez, no 1º, 2º e 3º trimestres. A partir da 11ª semana de gestação os rins fetais podem ser visualizados, mas o sexo fetal apesar de anatomicamente definido ainda não permite a sua identificação ecográfica precisa. A partir das 11 semanas é possível inferir o sexo do feto com base na identificação da goteira uretral peniana ladeada pelas pregas uretrais, através da medição do ângulo entre tubérculo genital e a linha horizontal desenhada a partir da coluna lombo-sagrada do feto (<30º sexo feminino ou> 30º sexo masculino). Na ecografia morfológica do 2º trimestre é importante avaliar os rins e o diâmetro das pelves renais pois valores aumentados podem estar relacionados com diversas situações patológicas, especialmente com quadros obstrutivos do aparelho urinário. Em diversos estudos mediu-se o diâmetro antero-posterior (DAP) em corte transverso da pelve renal, na tentativa de estabelecer padrões normativos do seu crescimento e tamanho durante o 2º e 3º trimestres e avaliar a evolução pós-natal nas dilatações pielo-caliciais detectadas. A definição de normalidade do diâmetro antero-posterior tem sido alvo de discussão, sendo apresentados em diversos estudos diferentes valores diagnósticos de dilatação pielo-calicial. Alguns estudos apontam para uma prevalência de dilatações pielo-caliciais superior nos fetos de sexo masculino, sugerindo também que na ausência de dilatações os fetos do sexo masculino apresentam valores superiores de diâmetro antero-posterior comparativamente ao sexo feminino. Objectivos: Realizar a medição ecográfica do diâmetro antero-posterior das pelves renais em corte transverso de fetos do sexo feminino e masculino tentando desta forma estabelecer uma correlação entre os achados ecográficos e o sexo do feto. Este trabalho tem ainda como objectivo avaliar a evolução dos fetos com dilatações e o prognóstico relativo a cada sexo. Métodos: Estudo de Coorte Prospectivo, baseado na recolha de dados referentes à história clínica e achados ecográficos do 2º e do 3º trimestres de gestação. A população estudada corresponde a um grupo de 57 mulheres em período gestacional, que realizaram estudo ecográfico no Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), EPE. Como parte integrante deste estudo foi elaborado um questionário a ser aplicado a cada grávida. Em todas a grávidas participantes neste estudo, foi realizada a medição do diâmetro antero-posterior (DAP) da pelve renal fetal em corte transversal. A análise estatística foi realizada através do Microsoft Excel e do software SPSS® v.18.0 (Statistical Package for the Social Sciences). Resultados: No 2º trimestre de gravidez, o DAP do rim esquerdo nos fetos do sexo feminino tinha um valor médio de 2,30mm (±1,11) e no sexo masculino de 2,85 (±1,10), não se verificando uma diferença estatisticamente significativa (p=0,159); o DAP no rim direito apresentou no sexo feminino um valor médio de 2,30mm (±1,18) e no sexo masculino de 3,03mm (±1,16), não sendo também esta diferença estatisticamente significativa (p=0,083). No 3º trimestre também não se encontraram diferenças significativas para ambos os diâmetros em cada um dos sexos do feto, o DAP no rim esquerdo nos fetos do sexo feminino apresentou um valor médio de 3,36mm (±1,60) nos fetos do sexo feminino e 3,93 (±1,51) no sexo masculino (p=0,404); o DAP no rim direito apresentou no sexo feminino um valor médio de 3,67mm (±1,61) e no sexo masculino de 3,79mm (±1,49). No 2º Trimestre dos 34 casos em análise, apenas 4 (12%) apresentaram dilatação no rim esquerdo (definida por valor do diâmetro superior a 4mm) e 5 (15%) no rim direito, não se verificando em ambos os casos uma relação da dilatação com o sexo do feto (p=1,000 e p=0,379; respectivamente). No 3º trimestre não se verificou nenhum caso de dilatação. Para as restantes variáveis em estudo (complicações em gravidezes anteriores, malformações em gravidezes anteriores, história familiar de malformações) não foi encontrada significância estatística. Conclusão: No presente estudo o DAP em fetos do sexo masculino é superior ao feminino, mas a diferença não tem significância estatística. Assim a diferença de valores do DAP da pelve renal não permite inferir o sexo do feto. Neste estudo a evolução dos fetos com dilatações da árvore pielo-calicial foi favorável. Porém, tendo presente o baixo número de casos e a falta de significância estatística, não se pode garantir remissão espontânea e prognóstico benigno em ambos os sexos.Introduction: Obstetric Ultrasound in the last fifteen years, has been regarded as a routine test during three periods of pregnancy in the 1st, 2nd and 3rd trimesters. From the 11th week of gestation the fetal organs can be visualized, but the fetal sex, although anatomically defined not allow its accurate sonographic identification. From 11 weeks we can infer the gender of the fetus based on the identification groove urethral penile flanked by fluted urethral, by measuring the angle between the genital tubercle and the horizontal line drawn from the lumbar-sacral fetus (<30º female or> 30º male). In the second trimester ultrasound is important to evaluate the kidneys and renal pelvis diameter because of increased values may be related to several pathological conditions, particularly with obstruction of the urinary tract. In several studies was measured the antero-posterior diameter in cross-sectional view of the renal pelvis in an attempt to establish normative standards of their growth and size during the 2nd and 3rd trimesters and evaluate the postnatal outcome in detected pyelectasis. The definition of normal value for the anteroposterior diameter has been under discussion and is presented in several studies different diagnostic values for pyelectasis. Some studies indicate a prevalence of pyelectasis higher in male fetuses, in the absence of dilatations the male fetuses had higher antero-posterior diameter compared to females. Aims of the research: Perform sonographic measurement of the antero-posterior diameter of renal pelvis in cross-sectional view of female and male fetuses it aims to establish a correlation between ultrasound findings and sex of the fetus. This work also aims to evaluate the outcome of fetuses with dilation and the prognosis of each sex. Methods: Prospective Cohort Study, based on gathering data on clinical history and sonographic findings of 2nd and 3rd trimesters of pregnancy. The study population represents a group of 57 women during pregnancy, which underwent ultrasonography at Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), EPE. As part of this study a questionnaire was designed to be applied to each pregnant. In all pregnant women participating in this study was performed to measure the antero-posterior diameter (DAP) of the fetal renal pelvis in cross section. Statistical analysis was performed using Microsoft Excel and SPSS® v.18.0 (Statistical Package for the Social Sciences). Results: In the second trimester of pregnancy, the DAP of the left kidney in female fetuses had a mean value of 2.30 mm (± 1.11) and males of 2.85 (± 1.10) while there was no difference statistically significant (p=0.159), DAP in the right kidney in females showed a mean value of 2.30 mm (± 1.18) and males of 3.03 mm (± 1.16), there isn´t also this difference statistically significant (p=0.083).In the third trimester also found no significant differences for both diameters in each sex of the fetus, the DAP in the left kidney in female fetuses had a mean value of 3.36 mm (± 1.60) in female fetuses and 3.93 (± 1.51) in males (p=0.404), DAP in the right kidney in females showed a mean value of 3.67 mm (± 1.61) and males of 3.79 mm (± 1.49). In the second trimester of the 34 cases under review, only 4 (12%) had swelling in the left kidney (defined by value of the diameter over 4 mm) and 5 (15%) in the right kidney was not observed in both cases a ratio of dilatation with the fetal gender (p=1.000 and p=0.379, respectively). In the third trimester there was no case of dilation. For the other study variables (complications in previous pregnancies, malformations in previous pregnancies, family history of malformations) was not statistically significant. Conclusion: In the present study, the DAP in a male fetus is higher than the female, but the difference is not statistically significant. Thus the difference in values of DAP of the renal pelvis does not allow inferring the sex of the fetus. In this study the evolution of fetuses with pielectasis was favorable. However, bearing in mind the low number of cases and the lack of statistical significance, we can´t guarantee spontaneous remission and benign prognosis in both sexes.Universidade da Beira InteriorOliveira, José António Martinez Souto deMeyer, Fernanda Taliberti PeretouBibliorumPereira, Iolanda Tatiana Moutinho2013-02-13T16:14:36Z2011-062011-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1002porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:26Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1002Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:57.256322Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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