Centenários num Serviço de Medicina Interna: Casuística de 11 Anos
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2018000200007 |
Resumo: | Introdução:O envelhecimento da população é uma realidade incontornável. Dados estatísticos recentemente publicados mostram que a população com 100 ou mais anos tem apresentado um franco crescimento em Portugal. No entanto, existem poucos estudos que caracterizem esta população tão idosa, mas que quase inevitavelmente é admitida no hospital em algum momento. Métodos:Estudo retrospetivo dos doentes com 100 ou mais anos internados num Serviço de Medicina Interna de 01/01/2006 a 31/12/2016. Resultados: No período em análise ocorreram 172 admissões (< 0,4% do total), correspondendo a 130 doentes. A idade média foi de 101,1 anos, sendo 74,4% dos doentes do género feminino. Dos doentes, 51,7% provinham do domicílio, sendo o grau de dependência para as atividades de vida diárias avaliado em totalmente dependente em 60,5% dos casos. A análise dos antecedentes pessoais revelou que 46,7% dos doentes tinham 2 ou 3 comorbilidades, sendo a hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e síndrome demencial as mais prevalentes. A polifarmácia esteve presente em 41,8% dos doentes. A patologia infeciosa do sistema respiratório assumiu um lugar de destaque como motivo de internamento (57,6%) e como causa direta do óbito (52,1%). Constatou-se uma taxa de mortalidade de 41,3%. Conclusão: As admissões hospitalares de doentes centenários têm apresentado um aumento crescente ao longo dos anos, sendo que estas se associam geralmente a um agravamento do grau de dependência funcional e, consequentemente, a maiores custos a nível socioeconómico. Este trabalho permitiu caracterizar melhor esta população por forma a adotar uma conduta mais apropriada aquando do seu internamento hospitalar. |
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