Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/36786 |
Resumo: | A bibliografia que refere as formas que se desenvolvem em rochas carbonatadas tem tendência a dar destaque às chamadas formas maiores do carso (dolinas, uvalas, poljes e formas fluvio-cársicas), prestando menos atenção às formas de dissolução ditas menores compostas pelas formas lapiares ou lapiás. Neste campo a bibliografia escrita em português não constitui excepção. Daí a opção da escolha deste conjunto de formas entre o vasto leque das formas cársicas, para além do facto de serem estas formas, de dimensão mais reduzida, aquelas que evidenciam melhor a existência de processos de dissolução activos à superfície e que contribuem de maneira decisiva para o funcionamento hidrológico do carso subterrâneo. A maior parte das classificações dos lapiás são essencialmente descritivas, privilegiando a morfologia (formas e microformas), o que conduz a uma multiplicação dos termos, atribuindo um papel secundário à génese e aos processos ligados à sua formação. Tentou-se, assim, construir uma metodologia de classificação dos lapiás, e correspondente tipologia das formas, que, partindo dos processos de formação, acrescenta o tipo de cobertura e a morfologia. Individualizam-se três grandes conjuntos de lapiás: i) aqueles em que o processo dominante (associado à dissolução) se relaciona com a escorrência superficial da água; ii) as formas lapiares formadas pela acção conjunta da escorrência e da dissolução controlada por factores estruturais; iii) os lapiás com origem fundamentalmente bioquímica, resultantes da acção da dissolução (por permanência da água em superfícies deprimidas) e dos organismos vivos. |
id |
RCAP_94f5bf01ab9d3507f4361aa7f5565c14 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ul.pt:10451/36786 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicasClassification and types of karren: a contribution for a karst landforms terminologyClassification et typologie des lapiaz. contribution pour une terminologie des formes karstiquesLapiásclassificação genéticaprocessos de formaçãotipologia das formasterminologia em portuguêsA bibliografia que refere as formas que se desenvolvem em rochas carbonatadas tem tendência a dar destaque às chamadas formas maiores do carso (dolinas, uvalas, poljes e formas fluvio-cársicas), prestando menos atenção às formas de dissolução ditas menores compostas pelas formas lapiares ou lapiás. Neste campo a bibliografia escrita em português não constitui excepção. Daí a opção da escolha deste conjunto de formas entre o vasto leque das formas cársicas, para além do facto de serem estas formas, de dimensão mais reduzida, aquelas que evidenciam melhor a existência de processos de dissolução activos à superfície e que contribuem de maneira decisiva para o funcionamento hidrológico do carso subterrâneo. A maior parte das classificações dos lapiás são essencialmente descritivas, privilegiando a morfologia (formas e microformas), o que conduz a uma multiplicação dos termos, atribuindo um papel secundário à génese e aos processos ligados à sua formação. Tentou-se, assim, construir uma metodologia de classificação dos lapiás, e correspondente tipologia das formas, que, partindo dos processos de formação, acrescenta o tipo de cobertura e a morfologia. Individualizam-se três grandes conjuntos de lapiás: i) aqueles em que o processo dominante (associado à dissolução) se relaciona com a escorrência superficial da água; ii) as formas lapiares formadas pela acção conjunta da escorrência e da dissolução controlada por factores estruturais; iii) os lapiás com origem fundamentalmente bioquímica, resultantes da acção da dissolução (por permanência da água em superfícies deprimidas) e dos organismos vivos.The bibliography that refer to the forms developed in limestone rocks normally emphasizes the so called major karst forms (sinkholes, uvalas, poljes and fluvio-karstic forms), paying less attention to the so called minor karst forms, that are formed by the karren ones. In this particular field, the bibliography available in Portuguese is no exception. Hence the option of choosing this set of forms amongst all the wide range of karstic landforms, in addition to the fact that these smaller forms show better the existence of active dissolution processes at the surface that contribute decisively to the hydrologic underground karst activity. Most of the karren classifications are essentially descriptive favoring the morphology (forms and microforms), which leads to a multiplication of terms conferring a secondary role to the genesis and processes related to its formation. Therefore, we tried to develop a methodology to classify the karren and the related type of forms based on the formation processes that includes the type of sediment cover and the morphology. We consider three major groups of karren: i) those in which the dominant process (associated to dissolution) is related to running water; ii) those formed by the combined action of the runoff and of dissolution controlled by structural factors; iii) those with a mostly biochemical genesis, resulting from the action of dissolution (due to the persistence of water in flattened surfaces) and of the living organisms.La bibliographie concernant les formes qui se développent dans les roches carbonatées a tendance à mettre en évidence les formes de karst dites majeures (dolines, ouvalas, poljés et formes fluvio-karstiques), prêtant moins d’attention aux formes de dissolution dites mineures composées par les formes lapiaires ou lapiaz (aussi appelés lapiés). Dans ce domaine, la bibliographie écrite en portugais ne fait pas exception. C’est de là que vient le choix de cet ensemble dans la vaste gamme de formes karstiques, au delà du fait que ce sont ces formes de dimension plus réduite qui mettent le mieux en évidence l’existence de processus de dissolution actif en surface et qui contribuent de façon décisive au fonctionnement hydrologique du karst sous-terrain. La majeure partie des classifications de lapiaz est essentiellement descriptive et privilégie la morphologie (formes et microformes), ce qui conduit à une multiplication des termes, attribuant un rôle secondaire à la genèse et aux processus liés à leur formation. C’est pour cela que l’on a tenté de bâtir une méthodologie de classification des lapiaz et une typologie des formes correspondantes, qui, partant des processus de formation, ajoute le type de couverture et la morphologie. On identifie trois grands ensembles de lapiaz: ceux pour lesquels le processus dominant (associé à la dissolution) est lié au ruissellement de l’eau; les formes lapiaires créées par l’action commune de l’écoulement et de la dissolution contrôlée par des facteurs structurels; les lapiaz d’origine essentiellement biochimique, résultants de l’action de la dissolution (par la présence permanente d’eau sur les surfaces déprimées) et des organismes vivants.Universidade de Lisboa, Centro de Estudos GeográficosRepositório da Universidade de LisboaRodrigues, Maria Luísa2019-02-01T12:46:23Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/36786porRodrigues, M. L. (2012). Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas. Finisterra, XLVII, 93, pp. 147‑15487. ISSN: 0430-5027.0430-5027info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:33:33Zoai:repositorio.ul.pt:10451/36786Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:50:58.107993Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas Classification and types of karren: a contribution for a karst landforms terminology Classification et typologie des lapiaz. contribution pour une terminologie des formes karstiques |
title |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas |
spellingShingle |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas Rodrigues, Maria Luísa Lapiás classificação genética processos de formação tipologia das formas terminologia em português |
title_short |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas |
title_full |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas |
title_fullStr |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas |
title_full_unstemmed |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas |
title_sort |
Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas |
author |
Rodrigues, Maria Luísa |
author_facet |
Rodrigues, Maria Luísa |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigues, Maria Luísa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Lapiás classificação genética processos de formação tipologia das formas terminologia em português |
topic |
Lapiás classificação genética processos de formação tipologia das formas terminologia em português |
description |
A bibliografia que refere as formas que se desenvolvem em rochas carbonatadas tem tendência a dar destaque às chamadas formas maiores do carso (dolinas, uvalas, poljes e formas fluvio-cársicas), prestando menos atenção às formas de dissolução ditas menores compostas pelas formas lapiares ou lapiás. Neste campo a bibliografia escrita em português não constitui excepção. Daí a opção da escolha deste conjunto de formas entre o vasto leque das formas cársicas, para além do facto de serem estas formas, de dimensão mais reduzida, aquelas que evidenciam melhor a existência de processos de dissolução activos à superfície e que contribuem de maneira decisiva para o funcionamento hidrológico do carso subterrâneo. A maior parte das classificações dos lapiás são essencialmente descritivas, privilegiando a morfologia (formas e microformas), o que conduz a uma multiplicação dos termos, atribuindo um papel secundário à génese e aos processos ligados à sua formação. Tentou-se, assim, construir uma metodologia de classificação dos lapiás, e correspondente tipologia das formas, que, partindo dos processos de formação, acrescenta o tipo de cobertura e a morfologia. Individualizam-se três grandes conjuntos de lapiás: i) aqueles em que o processo dominante (associado à dissolução) se relaciona com a escorrência superficial da água; ii) as formas lapiares formadas pela acção conjunta da escorrência e da dissolução controlada por factores estruturais; iii) os lapiás com origem fundamentalmente bioquímica, resultantes da acção da dissolução (por permanência da água em superfícies deprimidas) e dos organismos vivos. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012 2012-01-01T00:00:00Z 2019-02-01T12:46:23Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/36786 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/36786 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Rodrigues, M. L. (2012). Classificação e tipologia dos lapiás: contributo para uma terminologia das formas cársicas. Finisterra, XLVII, 93, pp. 147‑15487. ISSN: 0430-5027. 0430-5027 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Geográficos |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Geográficos |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134444823511040 |