Recolha e processamento de plantas aquáticas com vista a remoção de nutrientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dâmaso, Diogo Pinto de Oliveira
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/601
Resumo: Na área do Baixo Vouga existem extensas zonas em que ocorrem importantes populações de macrófitas, nomeadamente jacinto-aquático (Eichhornia crassipes) e pinheirinha-de-água (Myriophyllum aquaticum). Tendo em consideração as vantagens e desvantagens da presença destas plantas nos sistemas aquáticos, é obvio que ter o conhecimento da variação sazonal da biomassa e em teor de nutrientes que estas plantas apresentam, em conjunto com a quantificação da sua distribuição espacial é essencial para poder avaliar a evolução das comunidades e consequentemente poder actuar nessa área. O índice de cobertura da população de jacintos-aquáticos ao longo do troço final do Rio Vouga é de 10,6 %. Foi observado que os jacintosaquáticos são na sua maior parte transportados pela corrente do rio quando ela é significativa, e que estes iniciam o seu crescimento e expansão no mês de Outubro e vão-se decompondo e desintegrando progressivamente a partir do mês de Dezembro. Se ocorrer remoção destas plantas nessa altura, podem ter um papel importante na gestão dos nutrientes em sistemas aquáticos. Eichhornia crassipes apresentou um teor de humidade de 96% e Myriophyllum aquaticum de 92 %. O Azoto está presente em maior quantidade no Myriophyllum aquaticum comparativamente a Eichhornia crassipes, 2,8% e 1,9% respectivamente, sendo que a percentagem de azoto nesta ultima é maior nas folhas e pecíolos comparativamente às raízes. O conteúdo das raízes em Ferro é muito maior do que na parte aérea e o Potássio é o metal como maior abundância nas duas espécies de macrófitas. A aplicação na agricultura, nomeadamente espalhar as plantas nos campos sem qualquer processo a não ser a secagem ao sol, parece ser a melhor alternativa a usar a nível local.
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