Efeito da temperatura de revenido no comportamento tribológico do aço din 100Cr6
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-83122006000100006 |
Resumo: | O aço de baixa liga DIN 100Cr6 é bastante utilizado em componentes mecânicos altamente solicitados, sendo os corpos rolantes e os anéis dos rolamentos a sua aplicação mais conhecida. Este aço é habitualmente utilizado no estado temperado e revenido para a máxima dureza, e com baixas temperaturas de revenido podem obter-se durezas superiores a 7,5 GPa. Contudo, em algumas das aplicações deste aço a temperatura pode ser já significativa, sem que todavia se justifique ainda a utilização de aços para alta temperatura. Nestes casos o tratamento térmico tem que ser reajustado, em particular a temperatura de revenido. Como a temperatura de revenido produz uma variação significativa da dureza e da tenacidade, a resistência ao desgaste será certamente afectada. O objectivo do presente trabalho foi estudar a influência da variação da microestrutura do aço DIN 100Cr6 no atrito e no desgaste. A variação da microestrutura foi produzida por variação do tratamento térmico, mais especificamente da temperatura de revenido. Para o efeito os cilindros rotativos foram tratados utilizando diferentes temperaturas de revenido entre 200ºC e 500ºC. Para avaliar a variação produzida na resistência ao desgaste foram utilizadas duas técnicas: ensaios de atrito e desgaste com contacto de cilindros cruzados em escorregamento unidireccional e ensaios de micro-abrasão por esfera. Os resultados obtidos são amplamente discutidos tendo em conta os mecanismos de desgaste observados e as variações de dureza e de microestrutura resultantes dos tratamentos térmicos. Um outro objectivo do presente estudo foi verificar a aptidão de novos parâmetros energéticos para quantificar a resistência ao desgaste. Os resultados do presente estudo são perfeitos para a concretização deste objectivo porquanto utilizando a mesma composição química e com variações sucessivas da microestrutura é possível variar significativamente o comportamento tribológico. Os resultados dos testes de deslizamento são pois comparados considerando quer a abordagem clássica de Archard quer a utilização de novos parâmetros baseados na relação entre a energia dissipada por atrito e o volume de desgaste. |
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