A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Suelela, David Jorge Lopes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9392
Resumo: As línguas naturais caraterizam-se por serem dinâmicas e aparentemente estáveis. Além da mudança e estabilidade, apresentam-se como sistemas historicamente recursivos. A língua portuguesa não ficou paralisada no histórico século XIII e não se apresenta, em nenhuma fase e local da sua realização, como um sistema homogéneo, pois a sintaxe escrita do português europeu contém aspetos comuns e diferentes da sintaxe escrita do português brasileiro. O recurso a propostas teóricas e metodológicas seguras, como o funcionalismo europeu, a gramática diferencial e a linguística de corpus, tornou possível a elaboração de uma dissertação de natureza funcional cujo foco de abordagem consistiu, exclusivamente, em descrever e explicar os fenómenos atestados nos jornais Público e O Globo a partir de estruturas sintáticas equivalentes. Trata-se, portanto, de uma proposta de gramática de funções e não de uma gramática que se ocupa do que se deveria dizer em Portugal e no Brasil. Com efeito, o português europeu diferencia-se do português brasileiro nos mecanismos de indeterminação do sujeito, nas estruturas perifrásticas formadas com o verbo auxiliar aspetual estar, na sintaxe posicional dos clíticos e nos padrões posicionais dos constituintes nas frases interrogativas totais e parciais. A articulação metodológica estudo sintático sincrónico vs. estudo sintático diacrónico permitiu verificar, por exemplo, que o ele acusativo e o lhe dativo e acusativo do português brasileiro também tinham estes valores sintáticos no português medieval e clássico.
id RCAP_95baa56af0b918e53c10845a6f32db60
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9392
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A Estrutura da Frase no Português Europeu e BrasileiroEstudo Sintático de Caráter Sincrónico e DiacrónicoDiacroniaEstrutura da FraseGramática DiferencialLinguística de CorpusLinguística HistóricaPortuguês Europeu e BrasileiroSincroniaSintaxe FuncionalDomínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e LiteraturasAs línguas naturais caraterizam-se por serem dinâmicas e aparentemente estáveis. Além da mudança e estabilidade, apresentam-se como sistemas historicamente recursivos. A língua portuguesa não ficou paralisada no histórico século XIII e não se apresenta, em nenhuma fase e local da sua realização, como um sistema homogéneo, pois a sintaxe escrita do português europeu contém aspetos comuns e diferentes da sintaxe escrita do português brasileiro. O recurso a propostas teóricas e metodológicas seguras, como o funcionalismo europeu, a gramática diferencial e a linguística de corpus, tornou possível a elaboração de uma dissertação de natureza funcional cujo foco de abordagem consistiu, exclusivamente, em descrever e explicar os fenómenos atestados nos jornais Público e O Globo a partir de estruturas sintáticas equivalentes. Trata-se, portanto, de uma proposta de gramática de funções e não de uma gramática que se ocupa do que se deveria dizer em Portugal e no Brasil. Com efeito, o português europeu diferencia-se do português brasileiro nos mecanismos de indeterminação do sujeito, nas estruturas perifrásticas formadas com o verbo auxiliar aspetual estar, na sintaxe posicional dos clíticos e nos padrões posicionais dos constituintes nas frases interrogativas totais e parciais. A articulação metodológica estudo sintático sincrónico vs. estudo sintático diacrónico permitiu verificar, por exemplo, que o ele acusativo e o lhe dativo e acusativo do português brasileiro também tinham estes valores sintáticos no português medieval e clássico.The natural languages are characterized by their dynamics and for being apparently unchanged. Besides the change and stability, they are historically recursive systems. Portuguese language did not get paralyzed in the historical 13th century and is not an homogeneous system, in any phase or place, because the written syntax of the european portuguese and the written syntax of the brazilian portuguese have common and different features. The resort to safe theoretical and methodological proposals, such as the european functionalism, the differential grammar and the corpus linguistics, made possible a dissertation of functional nature which focuses, exclusively, on describing and explaining the occurrences evidenced on the Público and O Globo newspapers from the syntactic equivalent structures. Therefore, it is a grammar of functions proposal and, of course, it is not a grammar that concerns to what should be said in Portugal and in Brazil. Therefore, the european portuguese has its difference from the brazilian portuguese in the subject indetermination mechanisms, in the formed periphrastic structures with the aspectual auxiliary verb estar, in the non syntactic position, in the clitics site and also in the order of the constituents, in the total and partial interrogative sentences. The methodological link between the synchronic study and the diachronic study of syntax allowed us to verify, for instance, that the accusative ele and the dative lhe which is also accusative in the brazilian portuguese hade these same syntactic functions in the medieval and classic portuguese.Osório, Paulo José Tente da Rocha SantosCarrilho, Ana Rita de Sousa AguiaruBibliorumSuelela, David Jorge Lopes2020-02-19T16:55:01Z2017-05-82017-07-062017-07-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9392TID:202337227porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:50:43Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9392Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:41.195385Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro
Estudo Sintático de Caráter Sincrónico e Diacrónico
title A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro
spellingShingle A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro
Suelela, David Jorge Lopes
Diacronia
Estrutura da Frase
Gramática Diferencial
Linguística de Corpus
Linguística Histórica
Português Europeu e Brasileiro
Sincronia
Sintaxe Funcional
Domínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e Literaturas
title_short A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro
title_full A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro
title_fullStr A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro
title_full_unstemmed A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro
title_sort A Estrutura da Frase no Português Europeu e Brasileiro
author Suelela, David Jorge Lopes
author_facet Suelela, David Jorge Lopes
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Osório, Paulo José Tente da Rocha Santos
Carrilho, Ana Rita de Sousa Aguiar
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Suelela, David Jorge Lopes
dc.subject.por.fl_str_mv Diacronia
Estrutura da Frase
Gramática Diferencial
Linguística de Corpus
Linguística Histórica
Português Europeu e Brasileiro
Sincronia
Sintaxe Funcional
Domínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e Literaturas
topic Diacronia
Estrutura da Frase
Gramática Diferencial
Linguística de Corpus
Linguística Histórica
Português Europeu e Brasileiro
Sincronia
Sintaxe Funcional
Domínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e Literaturas
description As línguas naturais caraterizam-se por serem dinâmicas e aparentemente estáveis. Além da mudança e estabilidade, apresentam-se como sistemas historicamente recursivos. A língua portuguesa não ficou paralisada no histórico século XIII e não se apresenta, em nenhuma fase e local da sua realização, como um sistema homogéneo, pois a sintaxe escrita do português europeu contém aspetos comuns e diferentes da sintaxe escrita do português brasileiro. O recurso a propostas teóricas e metodológicas seguras, como o funcionalismo europeu, a gramática diferencial e a linguística de corpus, tornou possível a elaboração de uma dissertação de natureza funcional cujo foco de abordagem consistiu, exclusivamente, em descrever e explicar os fenómenos atestados nos jornais Público e O Globo a partir de estruturas sintáticas equivalentes. Trata-se, portanto, de uma proposta de gramática de funções e não de uma gramática que se ocupa do que se deveria dizer em Portugal e no Brasil. Com efeito, o português europeu diferencia-se do português brasileiro nos mecanismos de indeterminação do sujeito, nas estruturas perifrásticas formadas com o verbo auxiliar aspetual estar, na sintaxe posicional dos clíticos e nos padrões posicionais dos constituintes nas frases interrogativas totais e parciais. A articulação metodológica estudo sintático sincrónico vs. estudo sintático diacrónico permitiu verificar, por exemplo, que o ele acusativo e o lhe dativo e acusativo do português brasileiro também tinham estes valores sintáticos no português medieval e clássico.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-05-8
2017-07-06
2017-07-06T00:00:00Z
2020-02-19T16:55:01Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/9392
TID:202337227
url http://hdl.handle.net/10400.6/9392
identifier_str_mv TID:202337227
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136388326621184