Cultura e cooperação: desafios e entraves à relação ibérica no contexto europeu

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria de Fátima Amante
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://www.cepese.pt/portal/pt/populacao-e-sociedade/edicoes/revista-populacao-e-sociedade-no-17/cultura-e-cooperacao-desafios-e-entraves-a-relacao-iberica-no-contexto-europeu
Resumo: <p>Afronteira e a cooperação através das fronteiras apresentam-se na contemporaneidade como um dos eixos analíticos mais trabalhados quando pensamos a relação entre os Estados. Fortemente incentivada pelas políticas e mecanismos da União Europeia e pelos governos dos Estados ibéricos, a cooperação transfronteiriça na raia luso-espanhola, conhece desenvolvimentos significativos. Tem-se caracterizado por uma certa descontinuidade tanto no que respeita às zonas de aplicação, umas revelam maior dinamismo do que outras, como nos sectores de intervenção, mais dinâmico o sector económico, ambiental e de articulação territorial e menos o sector social e cultural. A cultura, que tem permanecido mais periférica nas preocupações dos agentes dinamizadores da cooperação, assume-se simultaneamente como o grande desafio e principal obstáculo à cooperação transfronteiriça, quando pensada a nível local. Propomo-nos neste artigo um duplo objectivo: tentar perceber de que forma a cultura se tem conseguido impor como uma das dimensões da cooperação transfronteiriça e dar atenção à forma como ela favorece ou dificulta o entendimento e desenvolvimento conjunto dos esforços tidos como necessários para uma verdadeira à cooperação através da fronteira. Para tratar estes objectivos, utilizamos as seguintes estratégias metodológicas: análise de documentos que regulam a cooperação transfronteiriça e análise do discurso directo das populações raianas. É a partir dos discursos que historicamente construíram a sua identidade local e nacional em contacto directo com a fronteira política e nas relações com o outro que mais facilmente se têm encontrado explicações para episódios de adesão e resistência a medidas europeias.</p>
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