Associações entre o processamento de emoções vocais e traços de psicopatia, autismo e alexitimia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Rui Mário Mergulhão
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/27310
Resumo: A nossa capacidade de reconhecer os estados emocionais dos outros é fundamental para as nossas relações sociais. As vocalizações não verbais (e.g., gargalhadas) são de particular interesse, usamo-las para estabelecer vínculos emocionais e para avaliar as intenções e estados afetivos dos outros. Contudo, a capacidade de processar e aferir a autenticidade de expressões emocionais varia entre indivíduos. Estudos anteriores sugerem que indivíduos com traços de psicopatia mais elevados apresentam uma capacidade de empatia afetiva reduzida, mas uma capacidade de empatia cognitiva típica. Em contraste, indivíduos com traços de autismo mais elevados apresentam uma capacidade de ressonância afetiva típica, mas uma tomada de perspetiva reduzida. No presente estudo, pretendemos determinar se, numa população neurotípica, a magnitude de traços de psicopatia e de autismo prediz respostas a vocalizações não verbais, quer a nível de contágio emocional (empatia afetiva), quer a nível da deteção de autenticidade (empatia cognitiva). Um total de 195 participantes completaram duas tarefas, para avaliar os níveis de contágio e a autenticidade de vocalizações, bem como preencheram escalas de traços de autismo, psicopatia e alexitimia. Não foram encontradas correlações significativas entre nenhuma das escalas e as respostas às vocalizações emocionais, quer no que diz respeito às avaliações de autenticidade, quer no que diz respeito às respostas de contágio emocional. Estes resultados sugerem que, na população neurotípica, as associações entre traços de psicopatia, autismo, e as respostas a vocalizações emocionais parecem ser não existentes. As implicações para a literatura com populações clínicas serão discutidas. O presente estudo contribui para uma melhor compreensão dos fatores que influenciam o processamento emocional na população típica, podendo posteriormente ser contrastado com grupos clínicos.
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