Performance and survival of foreign and domestic firms during crises

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Vera Catarina Barros
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/3548
Resumo: A crise económica e financeira global, que atingiu a maior parte dos sistemas económicos regionais e nacionais por todo o mundo no final de 2007, tem alertado para uma maior reflexão sobre o papel desempenhado pelas empresas multinacionais (EMNs) estrangeiras nas economias receptoras. Os governos geralmente encaram o investimento directo estrangeiro (IDE) e a presença das empresas estrangeiras como algo altamente desejável. Contudo, até que ponto é que as actividades das multinacionais estrangeiras contribuem para a gravidade dos efeitos da crise ou, em alternativa, permitem atenuar alguns dos seus piores efeitos, ao reduzirem o volume de despedimentos e as contracções de produção nas economias acolhedoras? Com base em dados ao nível da empresa da base de dados Quadros de Pessoal e num período temporal integrando períodos de estabilidade e de abrandamento económico, a presente dissertação avalia em que medida as subsidiárias estrangeiras apresentaram um comportamento diferenciado face às empresas locais durante os períodos de abrandamento ultrapassados pela economia Portuguesa, com o objectivo de aferir a capacidade potencial das empresas estrangeiras em agirem como elementos estabilizadores ou destabilizadores durante períodos de crise. Em particular, centramos a nossa análise em duas medidas de performance ao nível da empresa (crescimento do emprego e crescimento do volume de negócios), bem como nas perspectivas de sobrevivência e taxas de falência. Depois de controlarmos por diversas características das empresas e das indústrias, não encontramos diferenças significativas entre as empresas estrangeiras e domésticas no que respeita ao crescimento do emprego, embora os resultados sugiram que a propriedade estrangeira pode ter afectado positivamente a taxa de crescimento do volume de vendas durante as recessões. Relativamente às tendências de sobrevivência, as empresas estrangeiras e domésticas não exibiram diferenças significativas nos padrões de sobrevivência e falência ao longo dos períodos de abrandamento económico. De um ponto de vista de política, apesar de os nossos resultados não contestarem a opção por políticas centradas na atracção de IDE, a evidência empírica encontrada para Portugal não justifica a escolha de uma política discriminatória a favor das empresas estrangeiras. Os resultados mostram que as EMNs estrangeiras não exercem um efeito destabilizador nas economias acolhedoras. Porém, não existem razões sólidas para esperar ganhos positivos do IDE, nomeadamente no que respeita ao seu papel potenciador na recuperação económica.
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Contudo, até que ponto é que as actividades das multinacionais estrangeiras contribuem para a gravidade dos efeitos da crise ou, em alternativa, permitem atenuar alguns dos seus piores efeitos, ao reduzirem o volume de despedimentos e as contracções de produção nas economias acolhedoras? Com base em dados ao nível da empresa da base de dados Quadros de Pessoal e num período temporal integrando períodos de estabilidade e de abrandamento económico, a presente dissertação avalia em que medida as subsidiárias estrangeiras apresentaram um comportamento diferenciado face às empresas locais durante os períodos de abrandamento ultrapassados pela economia Portuguesa, com o objectivo de aferir a capacidade potencial das empresas estrangeiras em agirem como elementos estabilizadores ou destabilizadores durante períodos de crise. Em particular, centramos a nossa análise em duas medidas de performance ao nível da empresa (crescimento do emprego e crescimento do volume de negócios), bem como nas perspectivas de sobrevivência e taxas de falência. Depois de controlarmos por diversas características das empresas e das indústrias, não encontramos diferenças significativas entre as empresas estrangeiras e domésticas no que respeita ao crescimento do emprego, embora os resultados sugiram que a propriedade estrangeira pode ter afectado positivamente a taxa de crescimento do volume de vendas durante as recessões. Relativamente às tendências de sobrevivência, as empresas estrangeiras e domésticas não exibiram diferenças significativas nos padrões de sobrevivência e falência ao longo dos períodos de abrandamento económico. De um ponto de vista de política, apesar de os nossos resultados não contestarem a opção por políticas centradas na atracção de IDE, a evidência empírica encontrada para Portugal não justifica a escolha de uma política discriminatória a favor das empresas estrangeiras. Os resultados mostram que as EMNs estrangeiras não exercem um efeito destabilizador nas economias acolhedoras. Porém, não existem razões sólidas para esperar ganhos positivos do IDE, nomeadamente no que respeita ao seu papel potenciador na recuperação económica.The global financial and economic crisis, which struck most of the world’s national and regional economic systems in the late 2007, has led to calls for further reflection on the role played by multinational enterprises (MNEs) in host economies. Governments commonly seem to view inward foreign direct investment (FDI) and foreign firms’ presence as highly desirable. However, in what extent do foreign multinationals’ activities contribute to the severity of crisis’ effects or otherwise allow to mitigating some of the worst effects, by reducing lay-offs and output contractions in the host countries? Using firm-level data from Quadros de Pessoal database and a time span integrating periods of economic stability and economic downturns, this dissertation evaluates in what extent foreign subsidiaries have behaved differently than local firms during the slowdown periods experienced by Portuguese economy, in order to assess the potential ability of foreign firms to act as stabilizer or disturbing elements during crises. In particular, we focus on two performance measures at the firm-level (employment growth and sales turnover growth) and also on firm survival prospects and failure rates. After controlling for several firm-level and industry-level characteristics, we find no significant differences between foreign and domestic firms in what concerns employment growth, though the results suggest that foreign ownership may have positively affected firms’ sales turnover growth during recessions. Regarding survival trends, foreign and domestic firms did not exhibit different chances of survival and exit throughout economic slowdowns. For policy, despite our results do not contest the option for active FDI attraction policies, the empirical evidence found for Portugal is not supportive of a discriminatory policy in favour of foreign firms. The results indicate that foreign MNEs do not exert a disturbing effect on host economy. However, there are no strong reasons to expect positive gains from FDI in what concerns its potential recovery-enhancer role.Universidade de Aveiro2013-02-05T15:48:33Z2010-07-09T00:00:00Z2010-07-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/3548engRocha, Vera Catarina Barrosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:02:59Zoai:ria.ua.pt:10773/3548Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:41:43.870420Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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