“Imperialismo do Espírito”. Ficções da totalidade e do eu no modernismo austríaco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/33797 https://doi.org/10.4000/rccs.624 |
Resumo: | Nos estudos sobre a Áustria, persiste o debate sobre a aplicabilidade da teoria pós-colonial à monarquia habsbúrgica. Este texto pretende contribuir para esse debate, analisando estruturas discursivas comuns aos impérios continentais de raiz medieval e aos impérios coloniais modernos e avaliando criticamente algumas especificidades. Para tal, analiso a utopia de um “Imperialismo do Espírito” presente na obra ensaística de dois escritores centrais do modernismo vienense, Hugo von Hofmannsthal e Robert Müller, demonstrando a construção discursiva de um imperialismo e um nacionalismo singulares, assente na cultura e nas artes. Para além disso, a partir dos romances maiores de Robert Müller e de Robert Musil, demonstro como o imperialismo funciona como fulcro da complexa relação da literatura modernista com o paradigma moderno, sendo, ao mesmo tempo, alvo de crítica e de reescrita, no âmbito da resolução das múltiplas crises da modernidade, em particular a do sujeito. |
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“Imperialismo do Espírito”. Ficções da totalidade e do eu no modernismo austríacoHugo von HofmannsthalModernismoRobert MüllerRobert MusilImpério Austro-HúngaroImperialismoÁustriaLiteratura austríacaNos estudos sobre a Áustria, persiste o debate sobre a aplicabilidade da teoria pós-colonial à monarquia habsbúrgica. Este texto pretende contribuir para esse debate, analisando estruturas discursivas comuns aos impérios continentais de raiz medieval e aos impérios coloniais modernos e avaliando criticamente algumas especificidades. Para tal, analiso a utopia de um “Imperialismo do Espírito” presente na obra ensaística de dois escritores centrais do modernismo vienense, Hugo von Hofmannsthal e Robert Müller, demonstrando a construção discursiva de um imperialismo e um nacionalismo singulares, assente na cultura e nas artes. Para além disso, a partir dos romances maiores de Robert Müller e de Robert Musil, demonstro como o imperialismo funciona como fulcro da complexa relação da literatura modernista com o paradigma moderno, sendo, ao mesmo tempo, alvo de crítica e de reescrita, no âmbito da resolução das múltiplas crises da modernidade, em particular a do sujeito.In studies on Austria, the debate persists on the applicability of post-colonial theory to the Habsburg monarchy. This text aims to contribute to the debate, analysing discursive structures common to the medieval-rooted continental empires and to modern colonial empires, critically assessing a number of specificities. To this end, I analyse the Utopia of an ‘Imperialism of the Spirit’ present in the essays of two writers who are central in Viennese modernity, Hugo von Hofmannsthal and Robert Müller, demonstrating the discursive construction of a singular imperialism and nationalism, grounded on culture and the arts. Taking as a starting point. Robert Müller’s and Robert Musil’s major novels, I further show how imperialism works as a fulcrum of the complex relation of modernist literature and the modern paradigm, which is at the same time the target of critique and re-writing, within the resolution of modernity’s multiple crises, especially that of the subject.Dans les études sur l’Autriche, le débat sur l’applicabilité de la théorie post-coloniale après la monarchie des Habsbourg persiste encore. Le texte présent prétend ranimer ce débat, en analysant les structures discursives communes aux empires continentaux ayant une racine médiévale, et aux empires coloniaux modernes; il évalue en outre d’une manière critique certaines de leurs spécificités. Dans ce but, j’analyse l’utopie d’un «Impérialisme de l’Esprit» présent dans les essais de deux écrivains qui ont une place centrale dans le modernisme viennois, Hugo von Hofmannsthal et Robert Müller. Je démontre dans mon analyse la construction discursive d’un impérialisme et d’un nationalisme singuliers s’appuyant sur la culture et les arts. En outre, à partir des romans majeurs de Robert Müller et de Robert Musil, je tente de démontrer comment l’impérialisme fonctionne en tant que l’appui du rapport complexe entre la littérature moderniste et le paradigme moderne, tout en étant en même temps la visée de la critique et de la réécriture, dans le cadre de la résolution de multiples crises de la modernité, et en particulier celle du sujet.Centro de Estudos Sociais2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/33797http://hdl.handle.net/10316/33797https://doi.org/10.4000/rccs.624por0254-11062182-7435http://rccs.revues.org/624Martins, Catarinainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-05-25T07:09:13Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/33797Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:50:56.427497Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Nos estudos sobre a Áustria, persiste o debate sobre a aplicabilidade da teoria pós-colonial à monarquia habsbúrgica. Este texto pretende contribuir para esse debate, analisando estruturas discursivas comuns aos impérios continentais de raiz medieval e aos impérios coloniais modernos e avaliando criticamente algumas especificidades. Para tal, analiso a utopia de um “Imperialismo do Espírito” presente na obra ensaística de dois escritores centrais do modernismo vienense, Hugo von Hofmannsthal e Robert Müller, demonstrando a construção discursiva de um imperialismo e um nacionalismo singulares, assente na cultura e nas artes. Para além disso, a partir dos romances maiores de Robert Müller e de Robert Musil, demonstro como o imperialismo funciona como fulcro da complexa relação da literatura modernista com o paradigma moderno, sendo, ao mesmo tempo, alvo de crítica e de reescrita, no âmbito da resolução das múltiplas crises da modernidade, em particular a do sujeito. |
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