Cronótipo e hora-do-dia: impacto do efeito de sincronia no desempenho numa tarefa de reconhecimento de faces
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/15428 |
Resumo: | O cronótipo diz respeito a características individuais associadas aos ritmos circadianos e distingue-se no tipo circadiano e no tipo diurno. O tipo diurno refere-se à dimensão matutinidade-vespertinidade e reflete o momento do dia em que o indivíduo se sente no seu melhor. A literatura tem demonstrado a importância potencial do efeito de sincronia entre o cronótipo e a hora de realização da tarefa no desempenho cognitivo, sendo que os matutinos apresentam um desempenho melhor de manhã e os vespertinos mais tarde. Este estudo pretendeu examinar o efeito do cronótipo e da hora-do-dia na realização de uma tarefa de reconhecimento de faces não familares, assentando na hipótese de que os indivíduos matutinos e vespertinos apresentariam um melhor desempenho no reconhecimento de faces quando testados na respetiva hora ótima do dia em comparação a uma hora não ótima do dia. Neste sentido, 34 estudantes matutinos e vespertinos da Universidade de Aveiro realizaram o Cambridge Face Memory Test duas vezes, em duas sessões distintas (uma de manhã e outra à tarde), com uma semana de intervalo. Os resultados indicam que, relativamente às percentagens de acerto, os matutinos obtêm melhores resultados na sessão realizada na hora não ótima do dia; porém, para os vespertinos não existem diferenças entre a hora das sessões. Quanto aos tempos de reação das respostas certas, os matutinos são mais rápidos a responder durante a sessão realizada na hora não ótima do dia e os vespertinos durante a sessão realizada na hora ótima do dia. Mais, quando a primeira sessão ocorreu de manhã, os matutinos apresentam melhores resultados na segunda sessão (hora não ótima do dia); todavia, quando a primeira sessão ocorreu à tarde, os resultados dos vespertinos não apresentam melhorias significativas da primeira para a segunda sessão (hora não ótima do dia). Apesar de a hipótese inicial não ser corroborada e de estar patente um efeito de aprendizagem nos resultados, considerando também a escassez de investigações sobre o efeito de sincronia no desempenho numa tarefa de reconhecimento facial, este estudo contribui para o aumento da informação disponivel nesta área, podendo auxiliar assim investigações futuras e a atuação em vários campos (e.g. testemunho ocular, reconhecimento facial em contextos forenses e outras situações relacionadas com segurança; aplicação de testes psicológicos/neurológicos e avaliações clínicas de casos de lesão cerebral; casos de fraude de identidade, controlo de passaporte ou do cartão de identificação). |
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Cronótipo e hora-do-dia: impacto do efeito de sincronia no desempenho numa tarefa de reconhecimento de facesPsicologia da saúdeRitmos circadianosPsicologia clínicaReconhecimento facialDesenvolvimento psicológicoCiclo do sonoO cronótipo diz respeito a características individuais associadas aos ritmos circadianos e distingue-se no tipo circadiano e no tipo diurno. O tipo diurno refere-se à dimensão matutinidade-vespertinidade e reflete o momento do dia em que o indivíduo se sente no seu melhor. A literatura tem demonstrado a importância potencial do efeito de sincronia entre o cronótipo e a hora de realização da tarefa no desempenho cognitivo, sendo que os matutinos apresentam um desempenho melhor de manhã e os vespertinos mais tarde. Este estudo pretendeu examinar o efeito do cronótipo e da hora-do-dia na realização de uma tarefa de reconhecimento de faces não familares, assentando na hipótese de que os indivíduos matutinos e vespertinos apresentariam um melhor desempenho no reconhecimento de faces quando testados na respetiva hora ótima do dia em comparação a uma hora não ótima do dia. Neste sentido, 34 estudantes matutinos e vespertinos da Universidade de Aveiro realizaram o Cambridge Face Memory Test duas vezes, em duas sessões distintas (uma de manhã e outra à tarde), com uma semana de intervalo. Os resultados indicam que, relativamente às percentagens de acerto, os matutinos obtêm melhores resultados na sessão realizada na hora não ótima do dia; porém, para os vespertinos não existem diferenças entre a hora das sessões. Quanto aos tempos de reação das respostas certas, os matutinos são mais rápidos a responder durante a sessão realizada na hora não ótima do dia e os vespertinos durante a sessão realizada na hora ótima do dia. Mais, quando a primeira sessão ocorreu de manhã, os matutinos apresentam melhores resultados na segunda sessão (hora não ótima do dia); todavia, quando a primeira sessão ocorreu à tarde, os resultados dos vespertinos não apresentam melhorias significativas da primeira para a segunda sessão (hora não ótima do dia). Apesar de a hipótese inicial não ser corroborada e de estar patente um efeito de aprendizagem nos resultados, considerando também a escassez de investigações sobre o efeito de sincronia no desempenho numa tarefa de reconhecimento facial, este estudo contribui para o aumento da informação disponivel nesta área, podendo auxiliar assim investigações futuras e a atuação em vários campos (e.g. testemunho ocular, reconhecimento facial em contextos forenses e outras situações relacionadas com segurança; aplicação de testes psicológicos/neurológicos e avaliações clínicas de casos de lesão cerebral; casos de fraude de identidade, controlo de passaporte ou do cartão de identificação).The chronotype refers to individual characteristics associated with circadian rhythms and research distinguishes the circadian type and diurnal type. The diurnal type alludes to the morningness-eveningness dimension and reflects the time of day when the person feels at their best. The literature has demonstrated the potencial importance of a synchrony effect between chronotype and time-of-day on cognitive performance, wherein the morning types perform better in the morning and the evening types perform better later in the day. This study aims to examine the effect of chronotype and time-of-day on an unfamiliar face recognition task, based on the assumption that the morning and evening types would perform better in face recognition when tested at their optimal time-of-day compared to a non-optimal time-of-day. For that purpose, 34 morning and evening-type students of the University of Aveiro performed the Cambridge Face Memory Test twice, in two separate sessions (one in the morning and one in the afternoon), with one week apart. The results indicate that, when it comes to accuracy, the morning-types get better results during the session at their non-optimal time-of-day; however, for the evening-types there are no differences between the time of the sessions. As for the reaction times of correct answers, the morning-types are faster during the session at their non-optimal time-of-day and the evening-types during the session at their optimal time-of-day. More, when the first session took place in the morning, the morning-types show better results in the second session (at their non-optimal time-of-day); however, when the first session took place in the afternoon, the results of the evening-types showed no significant improvement from the first to the second session (at their non-optimal time-of-day). Although the initial hypothesis was not supported and the fact that there is a learning effect evident in the results, considering the scarcity of investigations about the synchrony effect on performance in a face recognition task, this study contributes to increase the available information in this area, supporting future investigations and actions in various fields (e.g. eyewitness, facial recognition in forensic settings and other situations related to security; application of psychologiacal/neurological tests and clinical evaluation of cases of brain injury; cases of identity fraud, passport or ID card control).Universidade de Aveiro2016-04-11T16:51:16Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/15428TID:201586630porSilva, Marta Cristina Simões dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:28:32Zoai:ria.ua.pt:10773/15428Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:50:48.910519Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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