Estratégias de coping do cuidador informal do idoso dependente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mingote, Cláudia M V C
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/4033
Resumo: Enquadramento: O envelhecimento demográfico conduz a um acréscimo de situações patológicas e de dependência física, onde emerge como foco de atenção o cuidado informal à pessoa idosa dependente, tendo sido atribuída essa responsabilidade à família. Esta situação constitui um acontecimento stressante, perante o qual, a resposta da família estará dependente da capacidade de mobilizar estratégias de coping. A enfermagem comunitária assume um papel primordial na prevenção do declínio da saúde física e mental destes cuidadores e na adaptação ao seu novo papel. Objetivo: Identificar as estratégias de coping de cuidadores informais de idosos dependentes. Métodos: Estudo não experimental, quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística, de conveniência, constituída por 33 cuidadores informais de idosos dependentes referenciados numa Equipa de Cuidados Continuados Integrados da Região Centro de Portugal. A colheita de dados foi efetuada através do preenchimento de um questionário para obtenção de dados sociodemográficos do idoso dependente e do cuidador informal, bem como do contexto dos cuidados, recorrendo-se também à aplicação do Índice de Barthel, versão portuguesa de Araújo, Ribeiro, Oliveira e Pinto (2007), da Escala de Graffar adaptada para a população portuguesa por Amaro (2001) e do Inventário de Avaliação Pessoal Orientado para a Crise em Família (F-COPES), versão portuguesa de Vaz Serra, Firmino, Ramalheira e Canavarro (1990). Resultados: Os idosos cuidados são maioritariamente (60,6%) do sexo masculino, com média de idades de 80,45 anos, portadores de doenças crónicas (100%) e totalmente dependentes (81,8%). Os cuidadores informais, na sua maioria (75,8%) são do sexo feminino, com média de idades de 66,1 anos, casados (81,8%), residentes no meio urbano (51,5%) e pertencentes à classe média baixa (60,6%). A maioria são cônjuges (60,6%) e coabitam com o idoso (90,9%). Os cuidadores informais de idosos dependentes recorrem a estratégias de coping, sendo os melhores resultados obtidos para o fator “Reenquadramento” e “Mobilização de Apoio Formal”. Cuidadores informais de idosos mais velhos e mais dependentes, recorrem mais à estratégia “Procura de apoio espiritual”; cuidadores mais novos, que ocupam uma posição social mais elevada e que cuidam de idosos mais dependentes, utilizam um maior número de estratégias de coping. Conclusões: Os resultados obtidos apontam para a necessidade de implementar intervenções de enfermagem focadas na família, que ajudem a mobilizar estratégias de coping, que permitam otimizar o papel de cuidador e eliminar ou minimizar o impacto negativo, decorrente desse papel, conduzindo desta forma à obtenção de ganhos em saúde nesta amostra específica.
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