Descompensação metabólica aguda na Diabetes mellitus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Catarina de Almeida
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/51727
Resumo: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021
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spelling Descompensação metabólica aguda na Diabetes mellitusDiabetes mellitusComplicações metabólicas agudasEndocrinologiaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021Nas últimas décadas, a prevalência mundial da diabetes mellitus (DM) aumentou, contabilizando-se 1.6 milhões de mortes anuais e importantes custos económicos devido às complicações associadas. Em Portugal, atingia cerca de 14,2 % da população adulta em 2019 sendo as complicações metabólicas agudas uma das principais causas de internamento e morte nestes doentes. Este estudo teve como objetivos: (1) Estudar e caracterizar os doentes com complicações metabólicas agudas da DM; (2) Avaliar a influência de características dos doentes no tipo de descompensação metabólica aguda apresentada; (3) Identificar possíveis alterações hormonais nos doentes estudados. Trata-se de um estudo observacional retrospetivo, descritivo e analítico através da consulta dos processos clínicos de 202 doentes que recorreram ao serviço de urgência (SU) do Hospital de Santa Maria (HSM) entre 2007 e 2013 por complicações metabólicas agudas da DM com posterior internamento no serviço de endocrinologia. Em média estes doentes tinham 53 ± 20 anos e 11 ± 11 anos de duração da doença. 53% eram do sexo feminino (n=107) e a maioria apresentava DM tipo 2 (62%) sem insulinoterapia (38%). Globalmente apresentavam um mau controlo metabólico (HbA1c 11.2 %) e excesso de peso (IMC 26.6 ± 6.5 kg/m2), sendo frequente a presença de factores de risco cardiovascular e doença microvascular. As descompensações metabólicas agudas encontradas foram: cetoacidose diabética (33%), estado misto (15%), estado hiperglicémico hiperosmolar (9%), hipoglicémia (7%) e acidose láctica (5%). Os erros terapêuticos (30 %) e as intercorrências infeciosas (28 %) foram os principais factores precipitantes. Os doentes com cetoacidose diabética eram mais novos e a maioria apresentava DM tipo 1. A hipertensão arterial era mais frequente nos doentes com hipoglicémia e estado hiperglicémico hiperosmolar.Encontraram-se adaptações neuroendócrinas descritas em doentes críticos com supressão dos eixos tiroideu e reprodutivo e ativação do eixo renina-angiotensina-aldosterona.In the past decades, the prevalence of diabetes has risen worldwide, being responsible for 1.6 million deaths yearly and significant economic costs given the associated complications. In 2019, it was estimated to affect 14,2 % of adults in Portugal and metabolic complications where one of the major causes of hospitalisation and death in these patients. The aims of this study where to: (1) Study and characterise patients with acute metabolic complications of DM; (2) Evaluate the influence of patient’s characteristics in the type of metabolic complication presented; (3) Identify hormonal changes in the studied patients. This was an observational, retrospective, descriptive and analytical study using the analysis of clinical records of 202 patients who attended the emergency department (ER) of Hospital de Santa Maria (HSM) for acute metabolic complications of diabetes between 2007 and 2013 and then were admitted in the endocrinology department. Mean age was 53 ± 20 years with a mean known disease of 11 ± 11 years. 53% were female (n=107) and the majority had type 2 (62%) without insulin (38%). Globally they had a bad metabolic control (HbA1c 11.2 %) and were overweight (IMC 26.6 ± 6.5 kg/m2). Microvascular disease and cardiovascular risk factors were frequently present. The acute metabolic complications found were diabetic ketoacidosis (33%), mixed state (15%), hyperglycemic hyperosmotic state (9%), hypoglycaemia (7%) e lactic acidosis (5%). The major precipitating events were therapeutic errors (30%) and infective diseases (28%). Patients with diabetic ketoacidosis where younger and most had type 1 diabetes. High blood pressure was more frequent in patients with hypoglycaemia and hyperglycemic hyperosmotic state. We found neuroendocrine adaptations previously reported in critically ill patients with suppression of thyroid and reproductive functions and activation of the renin angiotensin aldosterone system.Martins, João Maria MartinRepositório da Universidade de LisboaMatos, Catarina de Almeida2022-03-14T15:53:46Z2021-072021-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/51727TID:202902749porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:56:34Zoai:repositorio.ul.pt:10451/51727Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:02:57.375932Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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