Mortalidade atribuível ao vírus sincicial respiratório em Portugal entre 2014 e 2018
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/6447 |
Resumo: | O vírus sincicial respiratório (RSV) tem sido reconhecido como um importante agente patogénico, especialmente em crianças menores de cinco anos e idosos. Nos adultos a infeção por RSV é geralmente pouco grave e autolimitada, mas em termos populacionais tem sido reconhecido o impacto na morbilidade e mortalidade. Com este trabalho pretendemos estimar a mortalidade por todas as causas atribuível à infeção por RSV em Portugal, entre as épocas de 2014/2015 e 2017/2018. Usámos a taxa de incidência semanal definitiva de síndrome gripal multiplicada pela percentagem de casos de síndrome gripal positivos para gripe e para RSV, como proxy da taxa de incidência semanal de gripe e de infeção por RSV. Estes dados foram obtidos a partir dos sistemas de vigilância sentinela do Programa Nacional de Vigilância da Gripe. Os dados das temperaturas foram extraídos do National Oceanic and Atmospheric Administration Online Climate Data Directory. Para estimar a mortalidade atribuível à infeção por RSV entre as semanas 40/2014 e 20/2018 adaptámos o modelo FluMOMO, desenvolvido pela rede europeia EuroMOMO, que estima a mortalidade atribuível à gripe e às temperaturas extremas. Calculou-se a razão entre a mortalidade atribuível ao RSV e a mortalidade atribuível à gripe. A análise foi realizada para toda a população portuguesa e desagregada por grupos etários (0-4 anos, 5-14 anos, 15-64 anos e 65 anos ou mais). Em Portugal, foram observados excessos de mortalidade por todas as causas em 2014/2015, 2016/2017 e 2017/2018. Nestas épocas, a mortalidade atribuível ao RSV foi inferior à mortalidade atribuível à gripe, correspondendo 0,41, 0,14 e 0,08 da mortalidade atribuível à gripe. Esta razão foi geralmente superior nos grupos etários abaixo dos 15 anos. Os nossos resultados indicam que as infeções por RSV têm tido impacto na mortalidade por todas as causas em Portugal, pelo que estes resultados devem ser tidos em conta para a implementação de sistemas de vigilância para o RSV, em especial em grupos populacionais mais vulneráveis e na adaptação dos sistemas de vigilância da mortalidade durante a época outono/inverno. |
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Mortalidade atribuível ao vírus sincicial respiratório em Portugal entre 2014 e 2018Respiratory syncytial virus attributable mortality in Portugal between 2014 and 2018Vírus Sincicial RespiratórioInfeção por RSVEstados de Saúde e de DoençaDoenças infeciosasO vírus sincicial respiratório (RSV) tem sido reconhecido como um importante agente patogénico, especialmente em crianças menores de cinco anos e idosos. Nos adultos a infeção por RSV é geralmente pouco grave e autolimitada, mas em termos populacionais tem sido reconhecido o impacto na morbilidade e mortalidade. Com este trabalho pretendemos estimar a mortalidade por todas as causas atribuível à infeção por RSV em Portugal, entre as épocas de 2014/2015 e 2017/2018. Usámos a taxa de incidência semanal definitiva de síndrome gripal multiplicada pela percentagem de casos de síndrome gripal positivos para gripe e para RSV, como proxy da taxa de incidência semanal de gripe e de infeção por RSV. Estes dados foram obtidos a partir dos sistemas de vigilância sentinela do Programa Nacional de Vigilância da Gripe. Os dados das temperaturas foram extraídos do National Oceanic and Atmospheric Administration Online Climate Data Directory. Para estimar a mortalidade atribuível à infeção por RSV entre as semanas 40/2014 e 20/2018 adaptámos o modelo FluMOMO, desenvolvido pela rede europeia EuroMOMO, que estima a mortalidade atribuível à gripe e às temperaturas extremas. Calculou-se a razão entre a mortalidade atribuível ao RSV e a mortalidade atribuível à gripe. A análise foi realizada para toda a população portuguesa e desagregada por grupos etários (0-4 anos, 5-14 anos, 15-64 anos e 65 anos ou mais). Em Portugal, foram observados excessos de mortalidade por todas as causas em 2014/2015, 2016/2017 e 2017/2018. Nestas épocas, a mortalidade atribuível ao RSV foi inferior à mortalidade atribuível à gripe, correspondendo 0,41, 0,14 e 0,08 da mortalidade atribuível à gripe. Esta razão foi geralmente superior nos grupos etários abaixo dos 15 anos. Os nossos resultados indicam que as infeções por RSV têm tido impacto na mortalidade por todas as causas em Portugal, pelo que estes resultados devem ser tidos em conta para a implementação de sistemas de vigilância para o RSV, em especial em grupos populacionais mais vulneráveis e na adaptação dos sistemas de vigilância da mortalidade durante a época outono/inverno.Respiratory syncytial virus (RSV) has been recognized as a major respiratory pathogen, especially in infants and older adults. In adults, RSV infection is usually mild and self-limited, but its impact on the population morbidit y and mor talit y has long been recognized. With this work we intend to estimate the all-cause mor talit y at tributable to RSV infection in Por tugal, between the seasons 2014/2015 and 2017/2018. We used the weekly incidence rate of influenza-like illness, multiplied by the percentage of flu-positive cases of influenza and RSV, as a prox y for the weekly incidence of influenza and RSV infection. These data were obtained through the National Influenza Sur veillance Program. Temperature data were ex tracted from the National Oceanic and Atmospheric Administration Online Climate Data Director y. To estimate mor talit y at tributable to RSV infection, between the weeks 40/2014 and 20/2018, we adapted the FluMOMO model developed by the European network EuroMOMO, which estimates the mor talit y at tributable to influenza and ex treme temperatures. To compare RSV at tributable mor talit y with influenza at tributable mor talit y, RSV/Influenza ratio was calculated. The analysis was conducted for the Por tuguese population, and disaggregated by age groups (0-4 years, 5-14 years, 15-64 years and 65 years or more). In Por tugal, all-cause excess mor talit y was obser ved in 2014/2015, 2016/2017 and 2017/2018. During these seasons, RSV at tributable mor talit y was lower than that at tributable to influenza, corresponding to 0.41, 0.14 e 0.08 of the influenza at tributable mor talit y. Higher ratios were obser ved in age groups below of 15 years. Our study indicates that RSV infections have had an impact on all-cause mor talit y in Por tugal. Therefore, these results should be taken into account to implement dedicated RSV surveillance system, focused in vulnerable populations and when adapting mor talit y sur veillance systems during fall and winter season.Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeRodrigues, Ana PaulaSilva, SusanaTorres, Ana RitaGuiomar, RaquelPechirra, PedroCristóvão, PaulaNunes, Baltazar2019-07-26T14:46:13Z2019-072019-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/6447porBoletim Epidemiológico Observações. 2019 maio-agosto;8(25):8-120874-2928info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:41:27Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/6447Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:41:09.165498Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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