Da arte rústica à arte nacional: o Museu de Arte Popular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/8871 |
Resumo: | A elaboração identitária realizada durante o Estado Novo, através de António Ferro, diretor do Secretariado de Propaganda Nacional, centrou-se na procura de elementos diferenciadores. Neste sentido, a cultura popular e, em particular, a arte rústica, revelaram-se elementos fundamentais na definição de cultura e de nação portuguesa. Em julho de 1948 era inaugurado, na zona de Belém, o Museu de Arte Popular (MAP), iniciativa de Ferro e o corolário de um programa estatal em torno do património demótico e do passado, que vinha sendo trabalhado desde 1935 pelo Secretariado. O MAP apresentava-se como um híbrido, um lugar onde se podiam encontrar objetos tradicionais em convivência com estilizações modernistas de elementos populares, apresentando uma arte decorativa nacional sustentada na arte popular. Este artigo procura entender o papel do MAP na propagandística do regime sobre as questões da identidade nacional, averiguando os propósitos da sua criação e que ideias de Povo e de Nação transmitiu. Para tal, a metodologia de trabalho adotada teve por base a análise da documentação relativa ao MAP do fundo do SNI no arquivo da Torre do Tombo, tendo-se recorrido igualmente a fontes hemerográficas (imprensa diária e publicações periódicas), que permitiram compreender como foram recebidas as representações imagéticas fomentadas pelo Secretariado, através do MAP. Assumindo como hipótese de trabalho que o MAP nunca foi verdadeiramente um museu, nem verdadeiramente pretendeu sê-lo, crê-se que a resposta a algumas das interrogações levantadas permitirá compreender até que ponto o MAP foi (mais) um instrumento de (re)criação identitária da Nação. |
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Da arte rústica à arte nacional: o Museu de Arte PopularIdentidade nacionalArte popularMuseu de Arte PopularAntónio FerroSecretariado Nacional de InformaçãoA elaboração identitária realizada durante o Estado Novo, através de António Ferro, diretor do Secretariado de Propaganda Nacional, centrou-se na procura de elementos diferenciadores. Neste sentido, a cultura popular e, em particular, a arte rústica, revelaram-se elementos fundamentais na definição de cultura e de nação portuguesa. Em julho de 1948 era inaugurado, na zona de Belém, o Museu de Arte Popular (MAP), iniciativa de Ferro e o corolário de um programa estatal em torno do património demótico e do passado, que vinha sendo trabalhado desde 1935 pelo Secretariado. O MAP apresentava-se como um híbrido, um lugar onde se podiam encontrar objetos tradicionais em convivência com estilizações modernistas de elementos populares, apresentando uma arte decorativa nacional sustentada na arte popular. Este artigo procura entender o papel do MAP na propagandística do regime sobre as questões da identidade nacional, averiguando os propósitos da sua criação e que ideias de Povo e de Nação transmitiu. Para tal, a metodologia de trabalho adotada teve por base a análise da documentação relativa ao MAP do fundo do SNI no arquivo da Torre do Tombo, tendo-se recorrido igualmente a fontes hemerográficas (imprensa diária e publicações periódicas), que permitiram compreender como foram recebidas as representações imagéticas fomentadas pelo Secretariado, através do MAP. Assumindo como hipótese de trabalho que o MAP nunca foi verdadeiramente um museu, nem verdadeiramente pretendeu sê-lo, crê-se que a resposta a algumas das interrogações levantadas permitirá compreender até que ponto o MAP foi (mais) um instrumento de (re)criação identitária da Nação.Revista Midas, Museus e Estudos InterdisciplinaresRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoRibeiro, Carla Patricia2016-12-19T17:02:56Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/8871porCarla Ribeiro, « Da arte rústica à arte nacional: o Museu de Arte Popular », MIDAS [Online], 7 | 2016, posto online no dia 29 Novembro 2016. URL : http://midas.revues.org/1074 ; DOI : 10.4000/midas.10742182-954310.4000/midas.1074info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:50:01Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/8871Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:29:35.437745Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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