Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Humberto
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/6921
Resumo: O séc. XVIII e o início do séc. XIX, só por si constituem um dos períodos da história mundial mais ricos em termos de acontecimentos. Desde a Guerra da Independência Americana (1776 – 1783), à Revolução Francesa (1789 – 1799), culminando na Guerra Peninsular (1807 – 1814), todo um clima de novos valores e novas vontades emergem, sob a forma de uma luta armada, onde ao contrário do antecedente, a Guerra deixa de ser feita em prol dos desígnios de um Rei, para passar a ser alvo de uma luta pela sobrevivência de um ideal chamado liberdade. É neste contexto de agitação social e política, que os Exércitos europeus de índole Prussiana assistem ao seu desmoronamento. Contrariamente a essa realidade, assiste-se à emancipação da Infantaria Ligeira, que viria somente a ser possível pela participação francesa e inglesa nos campos de batalha americanos, uma vez que possibilitaram a implementação nos respectivos países do conceito de soldado pensante, que em França ganharia a sua expressão máxima através da Revolução Francesa e da sua “Levée en Masse” e em Inglaterra por intermédio de Sir Jonh Moore, que o transpunha para as fileiras britânicas pela da via reformista. Subjacente a todo esse processo, encontramos a evolução, generalização e padronização das armas de projecção de fogo de alma estriada, que possibilitou que determinadas unidades, como os “Rangers”, os “Rifles” e as Companhias de Atiradores dos Batalhões de Caçadores, fossem empregues além da escaramuça, enquanto atiradores especiais. A participação portuguesa, ao lado das forças da primeira coligação, na Guerra contra a recém formada República Francesa e a posterior aliança Franco-Espanhola, que resultou da assinatura da Paz de Basileia, originou todo um período de reformas militares em Portugal, que haveriam de proporcionar a criação da Legião de Tropas Ligeiras (LTL). A política de neutralidade seguida por D. João e a sua recusa sistemática em aceder ao Bloqueio Continental, levou Napoleão a decidir invadir Portugal, dando desta forma, em Novembro de 1807, início à Guerra Peninsular. É durante esse período dramático da história portuguesa, que surge a Leal Legião Lusitana (LLL) e os Batalhões Caçadores, objecto de estudo deste trabalho. É desta forma, através de uma série de factores de ordem política, social, militar e até mesmo pessoal, que a força mais brilhante de todo o Exército AngloLuso haveria de ser criada. Força esta, recordada nos anais da história como “Os Galos de Combate de Wellington” e que haveriam de dar início a um dos períodos áureos da Infantaria Ligeira portuguesa.
id RCAP_97cd9f0a9a9299766e56c5428b09840f
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/6921
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Caçadores Portugueses na Guerra PeninsularCaçadoresEscaramuçaInfantaria LigeiraGuerra PeninsularRevolução FrancesaO séc. XVIII e o início do séc. XIX, só por si constituem um dos períodos da história mundial mais ricos em termos de acontecimentos. Desde a Guerra da Independência Americana (1776 – 1783), à Revolução Francesa (1789 – 1799), culminando na Guerra Peninsular (1807 – 1814), todo um clima de novos valores e novas vontades emergem, sob a forma de uma luta armada, onde ao contrário do antecedente, a Guerra deixa de ser feita em prol dos desígnios de um Rei, para passar a ser alvo de uma luta pela sobrevivência de um ideal chamado liberdade. É neste contexto de agitação social e política, que os Exércitos europeus de índole Prussiana assistem ao seu desmoronamento. Contrariamente a essa realidade, assiste-se à emancipação da Infantaria Ligeira, que viria somente a ser possível pela participação francesa e inglesa nos campos de batalha americanos, uma vez que possibilitaram a implementação nos respectivos países do conceito de soldado pensante, que em França ganharia a sua expressão máxima através da Revolução Francesa e da sua “Levée en Masse” e em Inglaterra por intermédio de Sir Jonh Moore, que o transpunha para as fileiras britânicas pela da via reformista. Subjacente a todo esse processo, encontramos a evolução, generalização e padronização das armas de projecção de fogo de alma estriada, que possibilitou que determinadas unidades, como os “Rangers”, os “Rifles” e as Companhias de Atiradores dos Batalhões de Caçadores, fossem empregues além da escaramuça, enquanto atiradores especiais. A participação portuguesa, ao lado das forças da primeira coligação, na Guerra contra a recém formada República Francesa e a posterior aliança Franco-Espanhola, que resultou da assinatura da Paz de Basileia, originou todo um período de reformas militares em Portugal, que haveriam de proporcionar a criação da Legião de Tropas Ligeiras (LTL). A política de neutralidade seguida por D. João e a sua recusa sistemática em aceder ao Bloqueio Continental, levou Napoleão a decidir invadir Portugal, dando desta forma, em Novembro de 1807, início à Guerra Peninsular. É durante esse período dramático da história portuguesa, que surge a Leal Legião Lusitana (LLL) e os Batalhões Caçadores, objecto de estudo deste trabalho. É desta forma, através de uma série de factores de ordem política, social, militar e até mesmo pessoal, que a força mais brilhante de todo o Exército AngloLuso haveria de ser criada. Força esta, recordada nos anais da história como “Os Galos de Combate de Wellington” e que haveriam de dar início a um dos períodos áureos da Infantaria Ligeira portuguesa.Abstract In XVI and XIX centuries, are some of the richest in important events for the world History. Independence of America(1776 – 1783), French Revolution (1789 – 1799) and the Peninsular War (1807 – 1814), are icons of a new way of fighting where the Kings will is supplanted by a fresh ideal of freedom. In this context, Prussian Model Armies are condemned to disappear, although Light Infantry, it is increasing its projection in the battlefield. The thinking soldier had an important role in these new kinds of armies. In Europe this concept was introduced by France and its “Levée en Masse” and by England through Sir John Moore. Underlying all this evolutionary process, evolutions in the weaponry, like new kinds of barrels that allow more accuracy, gave an important opportunity to units like, Rangers, Rifles and “Caçadores”, for now long, can be used like Snipers instead of skirmishing. The Portuguese participation in the war against the recent French Republic and after that, the Franco-Spanish union, that result of the signature of the Peace of Basileia, brought a new season of military reforms, that would have provide the creation of the “Legião de Tropas Ligeiras”. D. João’s policy of being neutral and refusing taking part in the Continental Blockade, had its consequences in November of 1807, whit Napoleon’s invasion of Portugal. This time is known as Peninsular War. It’s also when appear the “Leal Legião Lusitana” and the Battalions of “Caçadores”, which are the object of study of this investigation work. This is how begins one of greatest times of Portuguese Light Infantry. É desta forma, através de uma série de factores de ordem política, social, militar e até mesmo pessoal, que a força mais brilhante de todo o Exército Anglo-Luso haveria de ser criada. Força esta, recordada nos anais da história como “Os Galos de Combate de Wellington” e que haveriam de dar início a um dos períodos áureos da Infantaria Ligeira portuguesa. It is in such a way, through a series of politics, socials, militaries and even though personals’s factors, that the best force of all Anglo-Portuguese Army was created. Such forces, remembered in annals of history as “Wellington’s Fighting Cocks” and who would have to give beginning to the golden age of the Portuguese Light Infantry.Academia Militar. Direção de EnsinoRepositório ComumTeixeira, Humberto2014-10-31T14:30:05Z2010-09-01T00:00:00Z2010-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/6921porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-21T08:54:52Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/6921Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:53:37.913923Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular
title Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular
spellingShingle Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular
Teixeira, Humberto
Caçadores
Escaramuça
Infantaria Ligeira
Guerra Peninsular
Revolução Francesa
title_short Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular
title_full Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular
title_fullStr Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular
title_full_unstemmed Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular
title_sort Caçadores Portugueses na Guerra Peninsular
author Teixeira, Humberto
author_facet Teixeira, Humberto
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Teixeira, Humberto
dc.subject.por.fl_str_mv Caçadores
Escaramuça
Infantaria Ligeira
Guerra Peninsular
Revolução Francesa
topic Caçadores
Escaramuça
Infantaria Ligeira
Guerra Peninsular
Revolução Francesa
description O séc. XVIII e o início do séc. XIX, só por si constituem um dos períodos da história mundial mais ricos em termos de acontecimentos. Desde a Guerra da Independência Americana (1776 – 1783), à Revolução Francesa (1789 – 1799), culminando na Guerra Peninsular (1807 – 1814), todo um clima de novos valores e novas vontades emergem, sob a forma de uma luta armada, onde ao contrário do antecedente, a Guerra deixa de ser feita em prol dos desígnios de um Rei, para passar a ser alvo de uma luta pela sobrevivência de um ideal chamado liberdade. É neste contexto de agitação social e política, que os Exércitos europeus de índole Prussiana assistem ao seu desmoronamento. Contrariamente a essa realidade, assiste-se à emancipação da Infantaria Ligeira, que viria somente a ser possível pela participação francesa e inglesa nos campos de batalha americanos, uma vez que possibilitaram a implementação nos respectivos países do conceito de soldado pensante, que em França ganharia a sua expressão máxima através da Revolução Francesa e da sua “Levée en Masse” e em Inglaterra por intermédio de Sir Jonh Moore, que o transpunha para as fileiras britânicas pela da via reformista. Subjacente a todo esse processo, encontramos a evolução, generalização e padronização das armas de projecção de fogo de alma estriada, que possibilitou que determinadas unidades, como os “Rangers”, os “Rifles” e as Companhias de Atiradores dos Batalhões de Caçadores, fossem empregues além da escaramuça, enquanto atiradores especiais. A participação portuguesa, ao lado das forças da primeira coligação, na Guerra contra a recém formada República Francesa e a posterior aliança Franco-Espanhola, que resultou da assinatura da Paz de Basileia, originou todo um período de reformas militares em Portugal, que haveriam de proporcionar a criação da Legião de Tropas Ligeiras (LTL). A política de neutralidade seguida por D. João e a sua recusa sistemática em aceder ao Bloqueio Continental, levou Napoleão a decidir invadir Portugal, dando desta forma, em Novembro de 1807, início à Guerra Peninsular. É durante esse período dramático da história portuguesa, que surge a Leal Legião Lusitana (LLL) e os Batalhões Caçadores, objecto de estudo deste trabalho. É desta forma, através de uma série de factores de ordem política, social, militar e até mesmo pessoal, que a força mais brilhante de todo o Exército AngloLuso haveria de ser criada. Força esta, recordada nos anais da história como “Os Galos de Combate de Wellington” e que haveriam de dar início a um dos períodos áureos da Infantaria Ligeira portuguesa.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-09-01T00:00:00Z
2010-09-01T00:00:00Z
2014-10-31T14:30:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/6921
url http://hdl.handle.net/10400.26/6921
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Academia Militar. Direção de Ensino
publisher.none.fl_str_mv Academia Militar. Direção de Ensino
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130403144990720