#151 Poderá o ambiente familiar e escolar predizer os hábitos de uma criança?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/37755 |
Resumo: | Objetivos: Perceber qual a relação entre o ambiente em que a criança está habitualmente inserida durante o dia e os seus hábitos alimentares, bem como com os seus hábitos de sucção nutritivos e não nutritivos. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo e transversal, com recurso a uma amostra de conveniência, tendo- se obtido o maior número possível de crianças dos 0 aos 6 anos, que frequentavam a consulta de saúde infantil da USF Rio Dão, Santa Comba Dão – Viseu, entre Outubro de 2016 e Fevereiro de 2017. Foi aplicado um questionário ao responsável de cada criança, o qual incluía dados do inquirido e da criança. Foi entregue a cada tutor uma declaração de consentimento informado. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da instituição proponente e pela instituição pública onde os dados foram recolhidos. Para o processamento e análise dos dados, recorreu- se ao programa Statistical Package for the Social Sciences®. De forma a ser possível verificar a existência de relações significativas entre duas variáveis qualitativas, foi aplicado o teste Qui Quadrado ou a correção de continuidade. Em todos os testes, utilizou-se um nível de significância de 5%. Resultados: A amostra foi constituída por 111 crianças, sendo que 73,9% (n=82) ficavam na creche/escola e 26,1% permaneciam em casa. Das 29 crianças que ficavam em casa, a maioria, 79,3% (n=23) estava ao cuidado dos pais. A maioria das crianças que estavam integradas na creche/escola (65,9%) frequentava a mesma entre há 2 e 4 anos. Apenas 11,0% frequentava a escola há 5 ou mais anos. O local onde a criança permanece durante o dia apresentou- se significativamente relacionado com o facto da criança mamar (p=0,000), comer com talheres (P=0,000) e com a forma como bebe os líquidos que não o leite (p=0,034). O modo de acolhimento da criança também apresentou uma relação significativa (p=0,013) com o facto da criança já ter usado chupeta. Conclusões: A maioria das crianças que mamava estava em casa e não usava chupeta nem nunca usou, enquanto a esmagadora maioria que estava na creche usava/usou chupeta, sugerindo a relação entre o uso da chupeta e variáveis de natureza psicoemocional inerentes à adaptação da criança a um meio desconhecido. A maior parte das crianças que estava na creche comia com talheres e utilizava apenas o copo/caneca para beber os líquidos que não o leite, o que parece sinalizar uma maior tendência para a autonomização em contexto escolar por oposição ao ambiente familiar. |
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Objetivos: Perceber qual a relação entre o ambiente em que a criança está habitualmente inserida durante o dia e os seus hábitos alimentares, bem como com os seus hábitos de sucção nutritivos e não nutritivos. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo e transversal, com recurso a uma amostra de conveniência, tendo- se obtido o maior número possível de crianças dos 0 aos 6 anos, que frequentavam a consulta de saúde infantil da USF Rio Dão, Santa Comba Dão – Viseu, entre Outubro de 2016 e Fevereiro de 2017. Foi aplicado um questionário ao responsável de cada criança, o qual incluía dados do inquirido e da criança. Foi entregue a cada tutor uma declaração de consentimento informado. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da instituição proponente e pela instituição pública onde os dados foram recolhidos. Para o processamento e análise dos dados, recorreu- se ao programa Statistical Package for the Social Sciences®. De forma a ser possível verificar a existência de relações significativas entre duas variáveis qualitativas, foi aplicado o teste Qui Quadrado ou a correção de continuidade. Em todos os testes, utilizou-se um nível de significância de 5%. Resultados: A amostra foi constituída por 111 crianças, sendo que 73,9% (n=82) ficavam na creche/escola e 26,1% permaneciam em casa. Das 29 crianças que ficavam em casa, a maioria, 79,3% (n=23) estava ao cuidado dos pais. A maioria das crianças que estavam integradas na creche/escola (65,9%) frequentava a mesma entre há 2 e 4 anos. Apenas 11,0% frequentava a escola há 5 ou mais anos. O local onde a criança permanece durante o dia apresentou- se significativamente relacionado com o facto da criança mamar (p=0,000), comer com talheres (P=0,000) e com a forma como bebe os líquidos que não o leite (p=0,034). O modo de acolhimento da criança também apresentou uma relação significativa (p=0,013) com o facto da criança já ter usado chupeta. Conclusões: A maioria das crianças que mamava estava em casa e não usava chupeta nem nunca usou, enquanto a esmagadora maioria que estava na creche usava/usou chupeta, sugerindo a relação entre o uso da chupeta e variáveis de natureza psicoemocional inerentes à adaptação da criança a um meio desconhecido. A maior parte das crianças que estava na creche comia com talheres e utilizava apenas o copo/caneca para beber os líquidos que não o leite, o que parece sinalizar uma maior tendência para a autonomização em contexto escolar por oposição ao ambiente familiar. |
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