COVID-19 and Mental Health of the Elderly in Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Inês Pereira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/102455
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling COVID-19 and Mental Health of the Elderly in PortugalImpacto da COVID-19 na Saúde Mental dos Idosos em PortugalCOVID 19Saúde MentalIdososFármacos psicotrópicosCOVID-19Mental HealthElderlyPsychotropic drugsTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: A COVID 19 foi declarada uma pandemia a 11 de março de 2020 e desde então têm-se levantado questões acerca do seu impacto na saúde mental dos idosos. A multimorbilidade e outros problemas inerentes ao seu estadio de vida tornam o “idoso” num grupo populacional particularmente suscetível e vulnerável. Portugal tem uma proporção elevada da população envelhecida, sendo o principal objetivo deste estudo analisar a tendência nos registos de depressão e ansiedade, bem como a prescrição de fármacos psicotrópicos nos Cuidados de Saúde Primários e perceber se estes foram afetados pela pandemia de COVID 19, segundo indicadores públicos oficiais de Cuidados de Saúde Primários.Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal pela análise de dois indicadores do Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários: 297 “Proporção de utentes com idade igual ou superior a 65 anos, sem prescrição prolongada de ansiolíticos, nem de sedativos, nem de hipnóticos, no período em análise” e 381 “Proporção de utentes adultos com registos clínicos evidenciando a existência de depressão ou ansiedade, com registo de diagnóstico na lista de problemas”. Os dados foram colhidos para a totalidade dos anos de 2018 a 2021 e estudados a nível nacional, regional e local. Recorreu-se a estatística descritiva e inferencial não paramétrica, através do teste de Kruskal-Wallis e coeficiente de correlação de Spearman, definindo-se significado estatístico para p<0.05.Resultados: A nível nacional verificaram-se, para os indicadores 297 e 381, tendências de +0.037 e -0.040 entre 2018 e 2021. Para as médias nos períodos pré-pandémico e pandémico, estas foram de +0.028 e -0.035, respetivamente. Não houve diferença estatisticamente significativa nos períodos 2018-2019 (p=0.358), 2019-2020 (p=0.538) e 2020-2021 (p=0.523) para a prescrição de ansiolíticos, sedativos ou hipnóticos. Houve um decréscimo nos registos de ansiedade e depressão entre 2018 e 2020, seguido de um aumento no período de 2020 para 2021; houve diferença estatisticamente significativa entre 2018 e 2019 (p=0.017), mas não em 2019-2020 (p=0.194) e 2020-2021 (p=0.110).Discussão: A pandemia influenciou os indicadores estudados, em especial a “Proporção de utentes adultos com registos clínicos evidenciando a existência de depressão ou ansiedade, com registo de diagnóstico na lista de problemas”. A estabilização da prescrição de fármacos, apesar de estar de acordo com as metas do Programa Nacional para a Saúde Mental, não é necessariamente um bom sinal de mudança tendo em conta o sub-financiamento do Sistema Nacional de Saúde e consequente escassez de recursos para opções de tratamento não farmacológico. Em estudos futuros, seria importante ter em conta outras determinantes de saúde mental e disparidades de caráter regional.Conclusão: Devido à pandemia de COVID 19 houve um agravamento dos problemas de saúde mental dos idosos em Portugal, não acompanhado, todavia, de um aumento do tratamento farmacológico.Introduction: COVID-19 was declared a pandemic on March 11, 2020 and, since then, there have been concerns about its impact on the elderly’s mental health, whose multimorbidity and life stage inherent issues make them a particularly susceptible vulnerable group. Portugal has a very aged population and so the main goal of this study was to analyse the trends of depression and anxiety records as well as the prescription of psychotropic drugs in Primary Health Care and understand if they have been affected by the COVID 19 pandemic.Methods: Cross-sectional observational study analysing two public accessible indicators retrieved from the Identity Card of Primary Health Care Matrix was performed: 297 “Proportion of users aged 65 years or over, without prolonged prescription of anxiolytics, sedatives, or hypnotics, in the period under review” and 381 “Proportion of adult users with clinical records showing the existence of depression or anxiety, a diagnosis existing in the list of problems”. The data were collected for the whole years of 2018 to 2021 and studied on a national, regional, and local scale. Descriptive and non-parametric inferential statistics through the Kruskal-Wallis test and Spearman’s rank correlation coefficient were performed for a significant difference of p<0.05.Results: At a national level of analysis, for indicators 297 and 381 a trend of +0.037 and of -0.040 between 2018 and 2021 was found; as for their mean in pre-pandemic and pandemic times, it was +0,028 and -0,035. There were no statistically significant differences in the years 2018-2019 (p=0.358), 2019-2020 (p=0.538) and 2020-2021 (p=0.523) for the prescription of anxiolytics, sedatives, or hypnotics. A decrease in anxiety and depression records was registered between 2018 and 2020, followed by an increase in the period from 2020 to 2021; there was a statistical difference in the period 2018-2019 (p=0.017), but not in 2019-2020 (p=0.194) and 2020-2021 (p=0.110).Discussion: The pandemic has influenced the studied indicators, especially “Proportion of adult users with clinical records showing the existence of depression or anxiety, a diagnosis existing in the list of problems”. The stabilization of drug prescription, although in line with the goals set by the National Plan for Mental Health, is not necessarily a good change considering the insufficient funding of the NHS and consequent lack of resources for non-pharmacological treatment options. It would be pertinent to focus on additional mental health determinants and regional disparities in future research.Conclusion: Due to the COVID 19 pandemic there was an increase in mental health issues for the elderly, not accompanied, though, by a rise in pharmacological treatment.2022-06-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/102455http://hdl.handle.net/10316/102455TID:203066316engRibeiro, Inês Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-30T20:31:28Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102455Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:26.836961Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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