Úlcera crónica do membro inferior: experiência com cinquenta doentes
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2013000400004 |
Resumo: | Objectivo: Pretende-se caraterizar os doentes com úlcera crónica ativa, seguidos em Consulta de Cirurgia Vascular, identificando a patologia vascular envolvida e as modalidades terapêuticas instituídas e seus resultados. Pretendemos ainda identificar alguns fatores preditores de atraso de cicatrização. Material e métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, de uma população de 50 doentes consecutivos com úlcera crónica ativa, seguidos em Consulta de Cirurgia Vascular entre 2000-2010. Foram recolhidos dados do processo clínico que incluíram: idade, sexo, presença de comorbilidades como a diabetes, hipertensão, obesidade, antecedentes de úlcera. Foi defi nida a etiologia vascular através do exame físico, complementando com eco-doppler. Foi registado o tipo de terapêutica efetuada e resultados da mesma. Resultados: A média de idade foi de 69 anos, com uma ligeira prevalência do sexo masculino. A insuficiência venosa esteve presente em 56% dos doentes, predominando a insufi ciência venosa superficial em 71,4% dos doentes. A insuficiência arterial esteve presente em 44% da amostra, e responsável isoladamente pela úlcera em 18%. 53% dos doentes com úlcera de etiologia venosa foram abordados por cirurgia e 47% por tratamento compressivo. A taxa de cicatrização foi semelhante nos dois grupos. A infeção esteve presente em 30% das mesmas. Conclusões: Nas úlceras de perna estão envolvidos múltiplos fatores que dificultam a abordagem terapêutica. Nas úlceras de etiologia venosa, a terapêutica cirúrgica e compressiva oferecem excelentes resultados, sobretudo se envolver isoladamente o sistema venoso superficial. O envolvimento arterial e a infeção podem estar associados e devem ser despistadas, pois contribuem para um pior prognóstico. |
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