Alterações imunológicas e da função tiroideia na gravidez e no período pós-parto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreira,Joana Filipa
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Neves,Celestino, Esteves,César, Delgado,Luís, Medina,José Luís, Carvalho,Davide
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132015000200004
Resumo: A gravidez está associada a um estado de tolerância transitória e seletiva para os aloantigénios paternos, através de mecanismos placentários locais e de mecanismos imunes sistémicos, influenciados por alterações hormonais. Este estado impede que haja rejeição do feto, que constitui um semienxerto, e permite a ocorrência de microquimerismo fetal. No período pós-parto, as alterações imunes não são imediatamente revertidas, mas gradualmente retornam ao seu estado basal nos 12 meses após o parto. Ocorrem também adaptações fisiológicas da tiroide à gravidez, havendo uma estimulação da glândula pela hCG (Human Chorionic Gonadotrophin) e uma correlação inversa entre esta e a TSH (Thyroid Stimulating Hormone); um aumento da T4 (Tiroxina) e da T3 (Triiodotironina) totais; um aumento do volume tiroideu, especialmente em áreas com aporte de iodo inadequado; e um estado de défice relativo de iodo, sendo recomendada a ingestão de 250 µg/dia. Estão definidos intervalos de referência para a TSH em cada trimestre de gestação. O presente artigo de revisão pretende sistematizar as alterações imunológicas e as modificações fisiológicas da função tiroideia que ocorrem durante a gravidez e o período pós-parto.
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