Vacinação por via nasal através de nanossistemas no combate do vírus Influenza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Letras, Carlota Isabel Barroso Rebola Grilo
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/16746
Resumo: De acordo com o Programa Nacional de Vigilância da Gripe comprovou-se que na quarta semana de 2019 a taxa de incidência da síndrome gripal, em Portugal, foi 89,3 por cada 100 mil habitantes, considerando-se uma atividade gripal epidémica de intensidade moderada. Atualmente, a gripe é um problema de saúde pública com um impacto significativo no sistema de saúde sendo responsável por inúmeras hospitalizações, mortes e gastos económicos. A vacinação é a metodologia mais eficaz na prevenção da gripe induzindo respostas específicas de anticorpos para o trato respiratório. Assim, a mucosa nasal do hospedeiro para além de ser o local de infeção viral, também é o local ideal para a produção de uma resposta imunitária prevenindo a infeção. Portugal implementou o Programa Nacional de Vacinação, contudo a administração da vacina da gripe é considerada facultativa. Atualmente, a maioria das vacinas contra o vírus da gripe são vacinas inativas de administração parenteral em que a proteção contra o agente patogénico é apenas conseguida a nível sistémico. Com o desenvolvimento de vacinas e introdução de novas estratégias, como a administração por via nasal e a utilização de sistemas de entrega de antigénios, têm emergido como uma ferramenta importante para promover uma resposta imunitária sistémica e local, representando uma mais-valia contra agentes infeciosos do foro respiratório. Esta monografia apresenta uma revisão bibliográfica da utilização de nanossistemas na produção de vacinas contra o vírus Influenza para administração nasal. O trabalho descreve e comparar as vantagens da administração nasal, destacando estudos com a utilização de nanossistemas pela via de administração nasal. Estes estudos sugerem que a utilização de nanossistemas proporcionam maior tempo de retenção na mucosa, contornando a problemática da depuração mucociliar, aumentando, consequentemente, a absorção dos antigénios pelo epitélio com a administração de doses mais baixas, havendo redução dos efeitos adversos da vacina.
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