Organização do trabalho, qualidade de vida no trabalho e sintomas psicopatológicos: Um estudo com trabalhadores Portugueses e Brasileiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/13179 |
Resumo: | A vida ocupacional é uma fonte de stress para os trabalhadores e as perturbações psicopatológicas dos mesmos estão relacionadas com a sua performance. O presente estudo tem como objetivo comparar os níveis de sintomas psicopatológicos e os níveis de qualidade de vida no trabalho (QdVT) em trabalhadores, por turnos e sem turnos, analisando o impacto da QdVT nos sintomas psicopatológicos. Foram desenvolvidas as seguintes hipóteses: (1) Os trabalhadores por turnos apresentam maiores níveis de sintomas psicopatológicos do que os outros; (2) Os trabalhadores por turnos apresentam menor perceção de QdVT do que os outros; (3) Uma melhor QdVT é preditora de menores níveis de sintomas psicopatológicos. A amostra é constituída por 474 participantes, com nacionalidade portuguesa (67.6%) e brasileira (32.2%) e idade média de 37.52 anos (DP=11.90), 257 mulheres (59.6%) e 174 homens (40.4%), sendo que todos desempenham uma atividade profissional numa organização. Foram utilizados três instrumentos: um questionário sociodemográfico, a Escala de Qualidade de Vida Relacionada com o Trabalho (WRQoL) e o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI-18). Os resultados demostraram que os trabalhadores por turnos apresentam maiores níveis de sintomas psicopatológicos e uma perceção mais negativa da sua QdVT do que os outros trabalhadores. Observou-se que a QdVT é um preditor estatisticamente significativo dos sintomas psicopatológicos em todos os trabalhadores, verificando-se que o bem-estar geral se apresenta como uma dimensão relevante que afeta a saúde mental dos trabalhadores. Estes resultados podem ser úteis na intervenção em Psicologia Clínica e da Saúde, demostrando ser fundamental a implementação de programas de promoção de saúde mental que considerem o bem-estar geral dos trabalhadores e o stress organizacional. |
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Organização do trabalho, qualidade de vida no trabalho e sintomas psicopatológicos: Um estudo com trabalhadores Portugueses e BrasileirosAnsiedadeDepressãoQualidade de Vida no TrabalhoSintomas PsicopatológicosSomatizaçãoTrabalho por TurnosDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaA vida ocupacional é uma fonte de stress para os trabalhadores e as perturbações psicopatológicas dos mesmos estão relacionadas com a sua performance. O presente estudo tem como objetivo comparar os níveis de sintomas psicopatológicos e os níveis de qualidade de vida no trabalho (QdVT) em trabalhadores, por turnos e sem turnos, analisando o impacto da QdVT nos sintomas psicopatológicos. Foram desenvolvidas as seguintes hipóteses: (1) Os trabalhadores por turnos apresentam maiores níveis de sintomas psicopatológicos do que os outros; (2) Os trabalhadores por turnos apresentam menor perceção de QdVT do que os outros; (3) Uma melhor QdVT é preditora de menores níveis de sintomas psicopatológicos. A amostra é constituída por 474 participantes, com nacionalidade portuguesa (67.6%) e brasileira (32.2%) e idade média de 37.52 anos (DP=11.90), 257 mulheres (59.6%) e 174 homens (40.4%), sendo que todos desempenham uma atividade profissional numa organização. Foram utilizados três instrumentos: um questionário sociodemográfico, a Escala de Qualidade de Vida Relacionada com o Trabalho (WRQoL) e o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI-18). Os resultados demostraram que os trabalhadores por turnos apresentam maiores níveis de sintomas psicopatológicos e uma perceção mais negativa da sua QdVT do que os outros trabalhadores. Observou-se que a QdVT é um preditor estatisticamente significativo dos sintomas psicopatológicos em todos os trabalhadores, verificando-se que o bem-estar geral se apresenta como uma dimensão relevante que afeta a saúde mental dos trabalhadores. Estes resultados podem ser úteis na intervenção em Psicologia Clínica e da Saúde, demostrando ser fundamental a implementação de programas de promoção de saúde mental que considerem o bem-estar geral dos trabalhadores e o stress organizacional.Occupational life is a source of stress for workers and their psychopathological disorders are related to their performance. The present study aims to compare the levels of psychopathological symptoms and the levels of quality of working life in shift and nonshift workers, analyzing the impact of the quality of working life on psychopathological symptoms. The following hypotheses were developed: (1) shift workers have higher levels of psychopathological symptoms than non-shift workers; (2) shift workers have lower perceived the quality of working life than non-shift workers; (3) better quality of working life is predictive of lower levels of psychopathological symptoms. The sample consists of 474 participants, with Portuguese (67.6%) and Brazilian (32.2%) nationality and a mean age of 37.52 years (SD=11.90), 257 women (59.6%) and 174 men (40.4%), all of them working in an organization. Three instruments were used: a sociodemographic questionnaire, the Work-Related Quality of Life Scale (WRQoL), and the Brief Symptom Inventory-18 (BSI-18). The results showed that shift workers have higher levels of psychopathological symptoms and a more negative perception of their quality of working life than non-shift workers. Quality of working life was found to be a statistically significant predictor of psychopathological symptoms in all workers, and general wellbeing was found to be a relevant dimension affecting workers' mental health. These results may be useful for intervention in Clinical and Health Psychology, demonstrating that it is essential to implement mental health promotion programs that consider the general well-being of workers and organizational stress.Costa, Vitor Manuel Valente daEsgalhado, Maria da Graça ProençauBibliorumAbrantes, Márcia Godinho Morais2023-02-20T17:02:54Z2022-07-202022-06-282022-07-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/13179TID:203227077porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:56:39Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/13179Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:52:39.832237Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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