Espaços residuais urbanos : os baixos de viadutos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/16556 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC. |
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Espaços residuais urbanos : os baixos de viadutosPlaneamento urbano, séc. 20-21Espaço urbano, séc. 20-21, aspecto socialSociologia urbanaDissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.No contexto das nossas metrópoles contemporâneas, caminhamos muitas vezes por espaços prosaicos e desumanos. São espaços de limite, obsoletos e esquecidos pelo desenvolvimento, embora sejam o resultado directo dos modelos de crescimento urbano. São áreas que geralmente fogem à hegemonia do controlo tecnológico e se apresentam especialmente fracturados, sendo por vezes estranhamente comoventes. Pode ser essa comoção que faz com que estas áreas marginais possam ser o palco de novas situações participativas, oferecendo um novo leque de possibilidades à cidade. Manuel de Solà-Morales foi um dos impulsionadores deste tipo de pensamento, que tornou relevante o tema do estranho e do estranhamento. Esta percepção foi mais rapidamente aceite pelas áreas artísticas da fotografia ou do cinema, assim como foi, também, compartilhada por alguns pintores, como Mario Sironi ou De Chirico, contudo, o interesse por parte da arquitectura tem vindo a crescer mais recentemente. A tese Espaços Residuais Urbanos: os ‘baixios’ de viadutos propõe um estudo acerca dos espaços públicos sobrantes e/ou esquecidos no processo de planeamento urbanístico. Para isso, foca-se mais especificamente no que se passa sob os viadutos que irrigam os nossos centros urbanos, não se referindo apenas aos que nasceram no século XIX, mas também àqueles que, sendo fruto de planos urbanísticos modernos e se julgando capazes de resolver os problemas dos aglomerados populacionais, tornaram-se, tantas vezes, áreas vazias e descaracterizadas. De modo a proporcionar uma melhor compreensão: do aparecimento e crescimento espontâneo destes lugares residuais; do processo de apropriação por parte da população vizinha, ou por parte daqueles que destes fazem a sua casa; bem como dos reflexos que estes causam no resto da cidade, a presente dissertação recua até aos anos 20 do passado século (época em que o Movimento Moderno faz uma revisão dos seus métodos urbanísticos) e fala de forma resumida, acerca do crescimento dos centros urbanos, e de como a era da mobilidade, dos fluxos e do automóvel, favoreceu a formação de determinados espaços que nem sempre foram levados em conta pelos arquitectos e urbanistas. Não obstante, tenta-se examinar como diferentes contextos culturais e sociais vivenciam estes espaços residuais da cidade e lhes configuram a identidade na informalidade que é reflexo da própria sociedade. Depois de estudar algumas metodologias de intervenção e tendo como base alguns exemplos internacionais, conclui-se, desenvolvendo uma vertente mais prática, através de uma proposta de intervenção para os baixios das plataformas de acesso nascente à Ponte Rainha Santa Isabel, na aproximação do Vale das Flores com o rio Mondego, em Coimbra. A intenção principal é revelar o potencial dos lugares residuais e mostrar que nem todas as ocupações espontâneas que se apoderam destes espaços urbanos sobrantes são necessariamente negativas. Mostrar que, pelo contrário, são capazes de permitir a criação de lugares de encontro qualificados, num âmbito contemporâneo, desde que se faça a ponte certa entre as diferentes escalas que dão corpo à cidade. Deste modo, esta presente dissertação desenvolve-se segundo especulações acerca da existência de uma linguagem estável para o tratamento de todos os espaços, ou se estes se podem alterar segundo imprivisibilidades e situações acidentais que os façam ganhar novos significados. A questionabilidade da ‘receita’ para a arquitectura dos interstícios e residuais é, também, uma dos temas balizadores para a escolha das leituras e indagações acerca do espaço público de uma cidade contemporânea cada vez mais metropolitana.2011-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/16556http://hdl.handle.net/10316/16556porPereira, Joana Isabel da Cruz - Espaços residuais urbanos : os baixos de viadutos. Coimbra, 2011.Pereira, Joana Isabel da Cruzinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:54Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/16556Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:54:53.748230Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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