Efeitos da participação das crianças no bem estar comunitário. Um estudo de caso numa comunidade rural "Até tenho medo de ser adulta. É só trabalhar, trabalho, é só preocupações"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pádua, Ana Isabel Pais de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11796/3260
Resumo: As desigualdades socioeconómicas afetam de forma desproporcional alguns grupos vulnerabilizados de que fazem parte as crianças (Madeira, 2015; Sarmento, 2004). Daqui resulta que, às crianças, esteja reservado um lugar mínimo nas questões de Participação, oque por sua vez só retroalimenta as desigualdades que mais as afetam. Esta exclusão está profundamente relacionada com as relações verticais de poder que se estabelecem entre adultos, crianças e as representações que cada grupo faz do outro (Chácon,2013).A implicação das próprias crianças no desmantelamento destas estruturas é essencial e urgente, uma vez que é na medida que se criam espaços de participação que se vão desafiando os preconceitos que ainda hoje aprisionam a infância. Apesar das dificuldades envolvidas nestes processos, são várias as investigações científicas que corroboram a ideia deque, uma maior e mais adequada participação das crianças e dos jovens tem benefícios não só para eles, mas também para os adultos e contexto que os envolve (Cortesão & Jesus, 2022;Taylor & Percy-Smith, 2008).Por sua vez, as Comunidades, são lugares privilegiados de intervenção, não só pela proximidade das pessoas a este elemento, mas porque, o processo comunitário é multidimensional e multidirecional, o que permite uma maior abrangência de problemáticas e indivíduos (Ornelas, 1997).A presente investigação pretende explorar as relações que existem entre Comunidade e Participação e tentar compreender como é que elas se podem ajudar. Para isso, far-se-á um enquadramento teórico que servirá como base à investigação no terreno. Esta por seu lado pretende descobrir de que forma é que as comunidades moldam as infâncias e ao mesmo tempo qual é o potencial das crianças na transformação das comunidades. Deste cruzamento entre teoria e investigação deverá resultar uma proposta de intervenção, que, preocupada comas desigualdades que afetam as crianças, procurará atuar sobre elas, estimulando uma verdadeira participação.
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