Idade de incidência da psoríase como fator prognóstico da artrite psoriática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Tatiana Valentina da Cunha
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/26283
Resumo: Introdução: Existem poucos estudos epidemiológicos referentes à artrite psoriática. O objetivo deste trabalho foi investigar se a idade de aparecimento da psoríase pode ser fator prognóstico para o desenvolvimento de artrite psoriática, bem como a sua terapêutica. Métodos: Neste estudo retrospetivo, foram estudados 77 doentes com artrite psoriática, dos quais 37 estavam a receber tratamento com biológicos. A informação foi recolhida através da consulta dos processos clínicos e dos registos na base de dados nacional reumatológica Reuma.pt. Resultados: Os doentes com psoríase de início precoce (< 30 anos) foram diagnosticados com artrite psoriática, em média, aos 33 anos (33.0 ± 8.6), mas os doentes de início tardio (≥ 30 anos) desenvolveram artrite aos 45 anos (45.0 ± 10.2). Os doentes com psoríase tipo I começaram com inibidores do TNFα mais cedo (45.3 ± 10.6) do que os doentes com psoríase tipo II (53.1 ± 10.0). Estabeleceu-se uma correlação direta entre a idade de incidência de psoríase e a idade de desenvolvimento de artrite psoriática (R2 linear = 0.49). Não se identificaram diferenças estatisticamente significativas em relação ao sexo dos doentes. Discussão: A patogénese da artrite psoriática baseia-se na interação entre os fatores genéticos e ambientais. No entanto, são necessários mais estudos controlados e aleatorizados de larga escala sobre os fatores de risco para a artrite psoriática, usando a estratificação dos doentes de acordo com as suas características demográficas, tais como a idade de diagnóstico da psoríase. Conclusão: Os doentes com psoríase de início precoce desenvolvem artrite psoriática mais cedo. Uma maior preocupação por parte dos dermatologistas para as manifestações articulares e a cooperação entre esses e os reumatologistas são condições fundamentais para que o doente receba o melhor tratamento possível.
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