Necessidades das Famílias com Membro Portador de Surdez
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10314/8048 |
Resumo: | Enquadramento: Na prática de enfermagem de saúde familiar considerar a família enquanto unidade de transformação, reconhecendo-a como um sistema social que se autodefine permitirá uma visão mais apreciativa dos seus potenciais, essenciais para a obtenção de ganhos em saúde, uma vez que a compreensão das principais forças e ameaças permitem ao enfermeiro de família cuidar da mesma, potenciando os seus recursos internos e externos em situações complexas de saúde ou doença. A presença de um membro portador de surdez no seio familiar, precipita a ocorrência de alterações na sua dinâmica, sendo crucial a identificação das necessidades destas famílias. Objetivo: Identificar as necessidades das famílias com membro portador de surdez. Métodos: O desenho do estudo, insere-se no paradigma da investigação quantitativa. Tem um caráter exploratório, descritivo e transversal. Recorreu-se a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 15 famílias com membro portador de surdez, a maior parte são famílias nucleares (46,67%) e a maioria pertence à Classe Média. O protocolo de recolha teve como suporte o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF) que se constitui como referencial teórico deste estudo, tendo sido utilizada a matriz operativa do mesmo, (Figueiredo, 2012). Foi aplicado através de entrevista semiestruturada, com o apoio de um Intérprete de Língua Gestual Portuguesa. Este estudo decorreu nos meses de novembro 2020 a maio de 2021. Resultados: Os membros portadores de surdez têm uma média de idades de 45 anos; o participante mais novo tinha 25 anos e o mais velho 85; 66,67% estão empregados; 46,67% tem surdez congénita e 53,33% têm surdez adquirida; a maioria 53,33% pertencem ao subsistema conjugal. Nas famílias em estudo 16,6% apresenta rendimento familiar insuficiente; em 25% dos casais a comunicação é não eficaz e existe interação sexual não adequada em 16,67%; a comunicação verbal/não verbal não foi eficaz em 40% das famílias que referem não compreender claramente o que os outros dizem e 33,33% considera que nem todos se expressam de forma clara quando querem comunicar, a comunicação circular não foi eficaz em 20% das famílias; 13,33% não tem boas experiências de resolução de problemas na família; uma família 6,67% é desmembrada; 33,33% são famílias muito flexíveis e 6,67% é extrema. No acesso aos cuidados de saúde, 40% das famílias identificaram como barreiras a ausência de intérprete profissional nas instituições de saúde e com a mesma percentagem a dificuldade dos profissionais em encontrar novas formas de comunicação. O uso de máscara 53,57% foi apontado como a maior dificuldade comunicacional com os profissionais de saúde. Conclusões: O estudo permitiu identificar as necessidades das famílias com membro portador de surdez, sendo essencial para o planeamento de intervenções de enfermagem comunitária na área de enfermagem de saúde familiar promotoras de mudança, tendo em vista a obtenção de ganhos em saúde. |
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Enquadramento: Na prática de enfermagem de saúde familiar considerar a família enquanto unidade de transformação, reconhecendo-a como um sistema social que se autodefine permitirá uma visão mais apreciativa dos seus potenciais, essenciais para a obtenção de ganhos em saúde, uma vez que a compreensão das principais forças e ameaças permitem ao enfermeiro de família cuidar da mesma, potenciando os seus recursos internos e externos em situações complexas de saúde ou doença. A presença de um membro portador de surdez no seio familiar, precipita a ocorrência de alterações na sua dinâmica, sendo crucial a identificação das necessidades destas famílias. Objetivo: Identificar as necessidades das famílias com membro portador de surdez. Métodos: O desenho do estudo, insere-se no paradigma da investigação quantitativa. Tem um caráter exploratório, descritivo e transversal. Recorreu-se a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 15 famílias com membro portador de surdez, a maior parte são famílias nucleares (46,67%) e a maioria pertence à Classe Média. O protocolo de recolha teve como suporte o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF) que se constitui como referencial teórico deste estudo, tendo sido utilizada a matriz operativa do mesmo, (Figueiredo, 2012). Foi aplicado através de entrevista semiestruturada, com o apoio de um Intérprete de Língua Gestual Portuguesa. Este estudo decorreu nos meses de novembro 2020 a maio de 2021. Resultados: Os membros portadores de surdez têm uma média de idades de 45 anos; o participante mais novo tinha 25 anos e o mais velho 85; 66,67% estão empregados; 46,67% tem surdez congénita e 53,33% têm surdez adquirida; a maioria 53,33% pertencem ao subsistema conjugal. Nas famílias em estudo 16,6% apresenta rendimento familiar insuficiente; em 25% dos casais a comunicação é não eficaz e existe interação sexual não adequada em 16,67%; a comunicação verbal/não verbal não foi eficaz em 40% das famílias que referem não compreender claramente o que os outros dizem e 33,33% considera que nem todos se expressam de forma clara quando querem comunicar, a comunicação circular não foi eficaz em 20% das famílias; 13,33% não tem boas experiências de resolução de problemas na família; uma família 6,67% é desmembrada; 33,33% são famílias muito flexíveis e 6,67% é extrema. No acesso aos cuidados de saúde, 40% das famílias identificaram como barreiras a ausência de intérprete profissional nas instituições de saúde e com a mesma percentagem a dificuldade dos profissionais em encontrar novas formas de comunicação. O uso de máscara 53,57% foi apontado como a maior dificuldade comunicacional com os profissionais de saúde. Conclusões: O estudo permitiu identificar as necessidades das famílias com membro portador de surdez, sendo essencial para o planeamento de intervenções de enfermagem comunitária na área de enfermagem de saúde familiar promotoras de mudança, tendo em vista a obtenção de ganhos em saúde. |
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