Influência da Qualidade do Sono na Demência: Doença de Alzheimer
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11347 |
Resumo: | A agitação no dia a dia da população faz com que haja uma menor capacidade de descanso e de obter um sono restaurador e completo. Perante este facto é fulcral entender melhor a fisiologia do sono e de que forma pode afetar o declínio cognitivo. Dado o aumento alarmante da incidência da Doença de Alzheimer e não havendo uma cura, é fundamental investir na identificação de possíveis fatores de risco modificáveis e apostar na prevenção através dos mesmos. A presente dissertação pretende sistematizar a informação atualmente disponível de investigações que pesquisam a relação entre a má qualidade do sono e a Doença de Alzheimer e de que forma um sono fragmentado, reduzido ou prolongado pode contribuir para a patogénese da Doença de Alzheimer. Para tal, procedeu-se a uma pesquisa de artigos científicos na sua maioria e completou-se com informações pertinentes de revistas, websites e relatórios de organizações não governamentais. Verificou-se, em alguns estudos, que, em sonos curtos e prolongados, privação do sono ou patologias, como insónia ou Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono, há um aumento das proteínas neuropatológicas da Doença de Alzheimer, principalmente, da ß-amilóide e uma diminuição da função cognitiva a nível da memória e da fluência. Em alguns estudos com privação do sono ou alterações do ciclo sono-vigília em que tal não se verificou como nos trabalhadores por turnos, surgiu a hipótese de haver uma capacidade de recuperar os ciclos alterados com sonos completos. Salienta-se a descrição, em inúmeros estudos, da bidirecionalidade entre o sono e a Doença de Alzheimer. Por um lado, o sono pode aumentar os níveis de ß-amilóide, favorecendo a patofisiologia demencial. Por outro, a Doença de Alzheimer leva a morte celular em áreas corticais importantes para a correta função do sono. No futuro, de forma a colmatar a falta de informação acerca deste tema, será importante investir em estudos longitudinais que permitam confirmar se existe uma possível causa-efeito entre a má higiene do sono e a patologia da Doença de Alzheimer. Também será relevante considerar a hipótese de que uma noite com qualidade irá reduzir os efeitos nefastos de noites prejudicadas. |
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Para tal, procedeu-se a uma pesquisa de artigos científicos na sua maioria e completou-se com informações pertinentes de revistas, websites e relatórios de organizações não governamentais. Verificou-se, em alguns estudos, que, em sonos curtos e prolongados, privação do sono ou patologias, como insónia ou Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono, há um aumento das proteínas neuropatológicas da Doença de Alzheimer, principalmente, da ß-amilóide e uma diminuição da função cognitiva a nível da memória e da fluência. Em alguns estudos com privação do sono ou alterações do ciclo sono-vigília em que tal não se verificou como nos trabalhadores por turnos, surgiu a hipótese de haver uma capacidade de recuperar os ciclos alterados com sonos completos. Salienta-se a descrição, em inúmeros estudos, da bidirecionalidade entre o sono e a Doença de Alzheimer. Por um lado, o sono pode aumentar os níveis de ß-amilóide, favorecendo a patofisiologia demencial. Por outro, a Doença de Alzheimer leva a morte celular em áreas corticais importantes para a correta função do sono. No futuro, de forma a colmatar a falta de informação acerca deste tema, será importante investir em estudos longitudinais que permitam confirmar se existe uma possível causa-efeito entre a má higiene do sono e a patologia da Doença de Alzheimer. Também será relevante considerar a hipótese de que uma noite com qualidade irá reduzir os efeitos nefastos de noites prejudicadas.The daily routine of the population means that there is less capacity for rest and for restorative and complete sleep. Given this fact, it is crucial to better understand the physiology of sleep and how it can affect cognitive decline. Given the alarming increase in the incidence of Alzheimer's Disease and with no cure, it is essential to invest in the identification of possible modificable risk factors and invest in prevention through them. This review intends to systematize the information currently available that investigate the relationship between poor sleep quality and Alzheimer's Disease and how fragmented, reduced or prolonged sleep can contribute to the pathogenesis of Alzheimer's Disease. To this end, a majority of scientific articles were researched and completed with pertinent information from magazines, websites and reports from nongovernmental organizations. In some studies, it was found that, in short and prolonged sleeps, sleep deprivation or pathologies, such as insomnia or Obstructive Sleep Apnea Syndrome, there is an increase in the neuropathological proteins of Alzheimer's Disease, mainly of ß-amyloid and a decrease in cognitive function in terms of memory and fluency. In some studies with sleep deprivation or changes in the sleep-wake cycle in which this was not observed, like the case for shift workers, the hypothesis arose that there was an ability to recover altered cycles with complete sleep. The description, in numerous studies, of bidirectionality between sleep and Alzheimer's Disease is emphasized. On the one hand, sleep can increase ß-amyloid levels, favoring dementia pathophysiology. On the other, Alzheimer's disease leads to cell death in cortical areas that are important for proper sleep function. In the future, in order to make up for the lack of information on this topic, it will be important to invest in longitudinal studies to confirm whether there is a possible causeeffect between poor sleep hygiene and the pathology of Alzheimer's Disease. It will also be relevant to consider the hypothesis that a quality night will reduce the harmful effects of impaired nights.Pérez, Francisco José ÁlvarezuBibliorumMoreira, Ana Isabel Milheiro Silva2021-11-23T16:06:16Z2021-06-022021-03-302021-06-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11347TID:202788717porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:47Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11347Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:09.792972Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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