Mulheres sobreviventes de violência conjugal : perspetivas sobre o início de novas relações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Graciete Chaves
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/1968
Resumo: Dissertação de Mestrado em Psicologia da Educação (Contextos Comunitários).
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O processo de entrevista (estruturada e semiestruturada) foi apoiado por quatro instrumentos de recolha de dados: ficha de caracterização sociodemográfica, escala de crenças da Violência Conjugal, inventário de valores de vida e guião da entrevista semiestruturada. Os dados recolhidos foram analisados de acordo com o paradigma interpretativo. Os principais resultados mostram que existe uma atitude generalizada de não legitimação da violência por parte das participantes, e que os valores mais salientes são a preocupação com o ambiente, a preocupação com os outros, a lealdade à família e ao grupo, a responsabilidade e a espiritualidade. Em termos de perspetivas acerca do início de novas relações observa-se que as entrevistadas parecem subordinar o papel de mulher/esposa/companheira ao de mãe. Observa-se, também, alguma preocupação em aceder a informações sobre o novo parceiro, principalmente no que se reporta à situação profissional, aos consumos e dependências e a comportamentos agressivos, recorrendo, essencialmente, ao diálogo. As motivações destas mulheres para iniciar uma nova relação parecem ser a necessidade de afeto e carinho e o evitar a solidão. As suas aspirações sobre a relação e sobre a vida em geral afiguram-se positivas, embora apontem como maiores receios/dúvidas/hesitações a desilusão e o medo de voltar a sofrer violência. As fontes de apoio a que recorrem são essencialmente os familiares e amigos. A conjugação destes dados parece sugerir que as entrevistadas, embora tenham conseguido desenvolver uma atitude de repúdio pela violência na intimidade, romper com o ciclo da violência doméstica e tentar iniciar novas trajetórias de vida, ainda se encontram em período de ajustamento, balançando entre o desconforto sobreveniente da relação maltratante e a ideia reconfortante de um futuro melhor.ABSTRACT: This study is entitled Women Survivors of Conjugal Violence: Perspectives about the beginning of new relationships. It discusses aspects related to the end of abusive conjugal relationships and the beginning of new relationships. To support better the discussion, it tries to know the attitude of women survivors regarding the legitimacy of intimate violence and what are its predominant life values. This is an exploratory and descriptive study, with a qualitative approach. On specific terms, sixteen women that survived Conjugal Violence have been interviewed. The interview process (structured and semi structured) was supported by four instruments of data collecting: socio demographic data sheet, scale of Conjugal Violence beliefs; inventory of life values and a semi-structured interview script. The collected data were analyzed according to an interpretative paradigm. Main results show that exist a generalized attitude by the participants of not legitimating the violence, and that the most salient life values are concerned about the environment, with others, loyalty to family and group, responsibility and spirituality. In terms of perspectives about the beginning of new relationships, it is observed that the women interviewed seem to subordinate their role of woman/wife/partner to the role of motherhood. It is observed as well, some preoccupation on the access of information about the new partner, mostly reporting to the professional situation, consumptions and dependences and violent behaviours, abording the dialogue. The motivation of these women to begin a new relation seems to be the need for affection and to avoid loneliness. Their aspirations about the relationship and their life are generally positive, although they point as their biggest fears/doubts/hesitations the disappointment and the fear of suffering from violence once again. Their support sources are essentially their family and friends. The conjugation of the data seem to suggest that the interviewed women, although have developed an attitude of repudiation by the intimate violence, break the cycle of domestic violence and try to begin new life paths, that are still in adjustment period, swinging between discomfort supervenes of the abusive relationship and the idea of a comforting better future.Caldeira, Suzana NunesRepositório da Universidade dos AçoresFreitas, Graciete Chaves2013-05-17T12:27:16Z2013-03-182013-03-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/1968porFreitas, Graciete Chaves – "Mulheres sobreviventes de violência conjugal : perspetivas sobre o início de novas relações". Ponta Delgada : Universidade dos Açores. 2013. 92 p.. Dissertação de Mestrado.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:29:46Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/1968Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:24:46.460424Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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