O Estado da Ciência Económica: Crise de Crescimento ou Declínio Inexorável?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Antonio Marques
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/12985
Resumo: Neste artigo de reflexão pessoal explicamos as razões pelas quais durante os 50 anos de vida do Boletim de Ciência Económica da Faculdade de Direito a ciência económica passou de um estatuto de rainha das ciências sociais para o estatuto de ciência lúgrube (dismal science). Entre estas, destacam-se a desvalorização da contabilidade, o abuso do recurso à econometria, a utilização limitada dos novos desenvolvimentos matemáticos, a aplicação inadequada de técnicas de optimização em contraponto aos aspectos comportamentais, o abuso da utilização da análise ceteris paribus, em paralelo com um tratamento inadequado dos conceitos de equilíbrio geral como fundamento do sistema de mercado e finalmente uma excessiva dependência duma teoria do valor com predominância quase absoluta da utilidade definida num espaço bidimensional. Como consequência, assistiu-se a uma redução do papel da ciência económica como base duma profissão, que levou a um divórcio crescente entre economistas e gestores. Para inverter o processo de declínio da ciência económica sugere-se um conjunto de recomendações que vão desde um retorno aos clássicos ao retomar do diálogo entre economistas e gestores. Concluiu-se que não se trata de um declínio inexorável e a sociedade em geral terá muito a ganhar com uma reorientação da ciência económica para o estudo das causas e determinantes da riqueza das sociedades
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