Caminhos para a diminuição da mortalidade infantil: o caso de sucesso português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Vera Lúcia Serra
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/12549
Resumo: A mortalidade infantil é, atualmente, uma temática revestida de particular interesse, por diversas razões. Primeiro, para nós, cidadãos comuns, é um assunto com uma forte componente emocional. As crianças são geralmente alvo de proteção e o nascimento é com frequência o culminar de um projeto de vida pessoal. Para os estados, principalmente a partir do processo de industrialização, o nascimento de novos elementos aptos a trabalhar era uma das condições para construir uma nação produtiva. Nas organizações supranacionais, como as agências da Organização das Nações Unidas, a taxa de mortalidade infantil começou a ser usada como um dos termómetros para medir o estado de saúde e de desenvolvimento de determinada população. Existem assim várias leituras, aceções e utilizações deste conceito, mas é certo que se trata de um domínio multifatorial e que envolve praticamente todas as áreas do desenvolvimento. Para entender a importância do fenómeno e perceber quais foram os fatores que levaram à sua diminuição, em particular em Portugal, é necessário fazer uma resenha histórica, abordando os aspetos políticos, sociais, económicos e ideológicos. Todos eles tiveram um papel fundamental na evolução do indicador. A história da saúde pública em Portugal no século XX é um dos principais elementos para enquadrar a saúde maternoinfantil. Ainda antes da Revolução de 1974, foram tomadas medidas importantes, que iniciaram um trajeto que levou a muitos sucessos, permitindo passar de uma taxa de cerca de 80‰ em 1960, a 5,5‰ em 2000, tornando Portugal um dos países mais seguros do mundo para nascer.
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