À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cordeiro, Urbana
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Reis, Carlos, Velho, Filomena
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/2363
Resumo: O conhecimento do passado abre-nos a possibilidade de po dermos compreender o pres ente e projetar o futuro. O passado é, em todo caso, uma reinterpretação a partir do presente que projeta sobre ele um feixe de sentidos interpeladores, em particular, da geração a que o historiador pertence, obrigando-o a refletir continuadamente a sua condição. Por outro lado, estudando em profundidade as sociedades ho diernas, inferimos o seu funcionamento no passado e podemos supor o futuro. Nas palavras precisas de Evans- Prietchard (1985, p. 76), efectivamente a história não é uma sucess ão de mudanças, mas sim, como j á outros autores afirmaram, um processo de desenvolvimento. O passado está contido no presente como este, no futuro. É esta dinâmica histórica que nos permite perceb er a extrema importância do estudo e valorização da toponímia, em que p odemos apoiar um melhor e mais aprof undado conhecimento dos lugares, das aldeias, d as vilas e das cidades. Também eles estão no presente, reflet indo o passando e, dependendo de nós, podem ser um motivo para projetarmos enraizadamente o nosso futuro. O intuito do trabalho realizado focou-se na investigação e recolha de topónimos da aldeia de Vilar de Amargo, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e distrito da Guarda, com vista ao aprofundamento e descoberta de Conexões Toponímicas, de mo do a desvelar os valores históricos, culturais, sociais, religiosos e políticos da região. Neste âmbito, tentamos materializar o investigado, através da construção de um quadro síntese que traduz as diversas relações entre os diferentes topónimos e as caraterísticas subjacentes aos locais e aos “sítios”. Mas também procuramos es clarecer como os topónimos pertencem a uma mundividência que integra factos, personalidades, t radiçõ es, ou legados identit ários, bem como dar conta da sua importância inquestionável para a delimitação de esp aços. A toponímia surge-nos como referência essencia l dos diferentes valores de cada lugar, sendo uma memória coletiva que nos permite melhor compreender a matriz c ultural de um povo, a sua organização sócio geográfica, o desenho da malha urbana no passado, o conhecimento de sítios históricos ou arqueológicos, tal como o papel do povo na salvaguarda da atribuição de nomes que a tradição consolidou. Enfim, o noss o propósito foi dar vida e voz à toponímia, que traduz um passado com histórias que são sempre, sempre, entidades vivas. Se formos bem sucedidos, talvez tenhamos contribuído para ativar uma das funçõ es essenciais dos topónimos: preencher o presente com a sua memória, de modo a melhor enraizarmos a projeção do futuro.
id RCAP_9b6634c60e579e9928f7f081254c7494
oai_identifier_str oai:bdigital.ipg.pt:10314/2363
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o FuturoO conhecimento do passado abre-nos a possibilidade de po dermos compreender o pres ente e projetar o futuro. O passado é, em todo caso, uma reinterpretação a partir do presente que projeta sobre ele um feixe de sentidos interpeladores, em particular, da geração a que o historiador pertence, obrigando-o a refletir continuadamente a sua condição. Por outro lado, estudando em profundidade as sociedades ho diernas, inferimos o seu funcionamento no passado e podemos supor o futuro. Nas palavras precisas de Evans- Prietchard (1985, p. 76), efectivamente a história não é uma sucess ão de mudanças, mas sim, como j á outros autores afirmaram, um processo de desenvolvimento. O passado está contido no presente como este, no futuro. É esta dinâmica histórica que nos permite perceb er a extrema importância do estudo e valorização da toponímia, em que p odemos apoiar um melhor e mais aprof undado conhecimento dos lugares, das aldeias, d as vilas e das cidades. Também eles estão no presente, reflet indo o passando e, dependendo de nós, podem ser um motivo para projetarmos enraizadamente o nosso futuro. O intuito do trabalho realizado focou-se na investigação e recolha de topónimos da aldeia de Vilar de Amargo, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e distrito da Guarda, com vista ao aprofundamento e descoberta de Conexões Toponímicas, de mo do a desvelar os valores históricos, culturais, sociais, religiosos e políticos da região. Neste âmbito, tentamos materializar o investigado, através da construção de um quadro síntese que traduz as diversas relações entre os diferentes topónimos e as caraterísticas subjacentes aos locais e aos “sítios”. Mas também procuramos es clarecer como os topónimos pertencem a uma mundividência que integra factos, personalidades, t radiçõ es, ou legados identit ários, bem como dar conta da sua importância inquestionável para a delimitação de esp aços. A toponímia surge-nos como referência essencia l dos diferentes valores de cada lugar, sendo uma memória coletiva que nos permite melhor compreender a matriz c ultural de um povo, a sua organização sócio geográfica, o desenho da malha urbana no passado, o conhecimento de sítios históricos ou arqueológicos, tal como o papel do povo na salvaguarda da atribuição de nomes que a tradição consolidou. Enfim, o noss o propósito foi dar vida e voz à toponímia, que traduz um passado com histórias que são sempre, sempre, entidades vivas. Se formos bem sucedidos, talvez tenhamos contribuído para ativar uma das funçõ es essenciais dos topónimos: preencher o presente com a sua memória, de modo a melhor enraizarmos a projeção do futuro.Instituto Politécnico da Guarda2016-06-282015-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookhttp://hdl.handle.net/10314/2363http://hdl.handle.net/10314/2363por978-972-8681-63-0Cordeiro, UrbanaReis, CarlosVelho, Filomenainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-14T02:55:12Zoai:bdigital.ipg.pt:10314/2363Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:42:00.333825Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro
title À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro
spellingShingle À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro
Cordeiro, Urbana
title_short À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro
title_full À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro
title_fullStr À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro
title_full_unstemmed À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro
title_sort À Descoberta de Conexões Toponímicas de Vilar de Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo): ou como o Passado que fala ao Presente ilumina o Futuro
author Cordeiro, Urbana
author_facet Cordeiro, Urbana
Reis, Carlos
Velho, Filomena
author_role author
author2 Reis, Carlos
Velho, Filomena
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cordeiro, Urbana
Reis, Carlos
Velho, Filomena
description O conhecimento do passado abre-nos a possibilidade de po dermos compreender o pres ente e projetar o futuro. O passado é, em todo caso, uma reinterpretação a partir do presente que projeta sobre ele um feixe de sentidos interpeladores, em particular, da geração a que o historiador pertence, obrigando-o a refletir continuadamente a sua condição. Por outro lado, estudando em profundidade as sociedades ho diernas, inferimos o seu funcionamento no passado e podemos supor o futuro. Nas palavras precisas de Evans- Prietchard (1985, p. 76), efectivamente a história não é uma sucess ão de mudanças, mas sim, como j á outros autores afirmaram, um processo de desenvolvimento. O passado está contido no presente como este, no futuro. É esta dinâmica histórica que nos permite perceb er a extrema importância do estudo e valorização da toponímia, em que p odemos apoiar um melhor e mais aprof undado conhecimento dos lugares, das aldeias, d as vilas e das cidades. Também eles estão no presente, reflet indo o passando e, dependendo de nós, podem ser um motivo para projetarmos enraizadamente o nosso futuro. O intuito do trabalho realizado focou-se na investigação e recolha de topónimos da aldeia de Vilar de Amargo, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e distrito da Guarda, com vista ao aprofundamento e descoberta de Conexões Toponímicas, de mo do a desvelar os valores históricos, culturais, sociais, religiosos e políticos da região. Neste âmbito, tentamos materializar o investigado, através da construção de um quadro síntese que traduz as diversas relações entre os diferentes topónimos e as caraterísticas subjacentes aos locais e aos “sítios”. Mas também procuramos es clarecer como os topónimos pertencem a uma mundividência que integra factos, personalidades, t radiçõ es, ou legados identit ários, bem como dar conta da sua importância inquestionável para a delimitação de esp aços. A toponímia surge-nos como referência essencia l dos diferentes valores de cada lugar, sendo uma memória coletiva que nos permite melhor compreender a matriz c ultural de um povo, a sua organização sócio geográfica, o desenho da malha urbana no passado, o conhecimento de sítios históricos ou arqueológicos, tal como o papel do povo na salvaguarda da atribuição de nomes que a tradição consolidou. Enfim, o noss o propósito foi dar vida e voz à toponímia, que traduz um passado com histórias que são sempre, sempre, entidades vivas. Se formos bem sucedidos, talvez tenhamos contribuído para ativar uma das funçõ es essenciais dos topónimos: preencher o presente com a sua memória, de modo a melhor enraizarmos a projeção do futuro.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-10-01T00:00:00Z
2016-06-28
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/book
format book
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10314/2363
http://hdl.handle.net/10314/2363
url http://hdl.handle.net/10314/2363
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 978-972-8681-63-0
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Politécnico da Guarda
publisher.none.fl_str_mv Instituto Politécnico da Guarda
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136911365767168