Síndrome de Munchausen por procuração: uma revisão narrativa sobre a figura perpetradora

• Autor(a) principal: Lopes, Elisabete
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Anastácio, Zélia
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/1822/84111
• topic: Criança; Figura perpetradora; Perfil; Síndrome de Munchausen por procuração; Child; Perpetrator figure; Profile; Munchausen syndrome by proxy; Ciências Sociais::Ciências da Educação; Saúde de qualidade; Educação de qualidade

A Síndrome de Munchausen por Procuração é uma tipologia de abuso infantil, de natureza rara e invulgar, que se revela de extremo perigo para a criança. É também designada como um transtorno mental, sendo por isso o/a perpetrador/a que recebe o diagnóstico. A figura perpetradora é definida como narcisista, histérica e manipuladora, exibindo mentira patológica, o que se coaduna com outros transtornos de personalidade. Embora no seu íntimo esta seja a sua realidade, o seu comportamento é revelador de demasiado cuidado e proteção para com a criança, na presença de outros. O seu diagnóstico é de difícil consecução em virtude das características inerentes ao transtorno, da caracterização do perfil do/a perpetrador/a, mas também devido à falta de perceção pelo profissional de saúde. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a figura perpetradora e a sua conduta. Como metodologia procede-se de umarevisão narrativa daliteraturaeanálise de alguns estudos decaso quesão reveladores do comportamento preditor. Projeta-se que a definição clara, objetiva e criteriosa desperte a curiosidade e o interesse de vários profissionais de forma a impulsionar a investigação, pois a literatura não é unânime quanto aos constructos que regem esta condição patológica. Por último, espera-se contribuir para que os profissionais de saúde desenvolvam competências para diagnosticar atempadamente este comportamento e se mantenham alerta perante comportamentos de amistosa manipulação do/a perpetrador/a, sem danos para a criança vítima.