O papel do espaço pessoal no espaço público: metodologia e reflexões para a mobilidade urbana pós-Covid.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/94046 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Gestão da Mobilidade Urbana apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia |
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O papel do espaço pessoal no espaço público: metodologia e reflexões para a mobilidade urbana pós-Covid.The role of personal space in the public realm: methodology and reflections for the post-Covid urban mobility.Mobilidade urbanaProxémicaEspaço PessoalEspaço PúblicoCOVID-19Urban mobilityProxémicaPersonal SpacePublic RealmCOVID-19Dissertação de Mestrado em Gestão da Mobilidade Urbana apresentada à Faculdade de Ciências e TecnologiaO modo como o ser humano se comporta em relação a outros indivíduos e ao ambiente envolvente, pode ser compreendido através de obervações comportamentais. As distâncias que mantemos de nossos familiares diferencia-se da mantida perante colegas de trabalho, com estranhos ou com quem cruzamos no espaço público. Estas distâncias são conhecidas como proxémica. Assim como no reino animal, distanciamentos podem ocorrer por questões de defesa de território, garantia de escape e pela preservação de conforto imediato do seu espaço pessoal. O conceito de Espaço Pessoal relaciona-se também com o comportamento social, tratando-se do mesmo território que buscamos proteger/salvaguardar/confortar pelo exercício da comunicação proxémica. O espaço pessoal nos envolve a todo o tempo e quando seus limites são ultrapassados ou sofrem pressão involuntária (além da desejada, há desconforto e acionam-se sistemas de defesa de território. Ainda que possa parecer que, diferentemente dos territórios animais e tribais, os centros urbanos carecem de demarcação territorial, basta uma reflexão identitária para percebermos que tal disputa existe e reside em difusos limiares.A presença humana no espaço público faz-se sentir essencialmente no movimento, nas viagens pelos mais variados motivos (trabalho, cultura, consumo, prazer), reside a espontaneidade do encontro com a alteridade, com o rotulado 'estranho' propriamente dito.Dito isto, o convite à alteridade inerente aos encontros e desencontros próprios da vida urbana e a promoção de urbanidade dos espaços públicos, dependem (também) da promoção de modos de transporte que possam fomentar encontros sem disputa, partilha sem pressão e pleno sentimento de pertença ao território. Embora o andar a pé seja uma condição natural do homem (seja qual for a alternativa de transporte sempre se é pedestre em algum momento da viagem), ela tem sido uma questão cultural que aparentemente varia conforme questões de política e de sociologia. Portanto, é necessário devolver à escala humana seu papel definidor da qualidade do espaço público e para isto, nesta investigação, utilizou-se a noção do Espaço Pessoal ditado pelo enquadramento da proxémica, para analisar e comparar algumas das alternativas de mobilidade urbana.A mobilidade no espaço público é o resultado da nossa silenciosa - e na maioria das vezes pacífica - disputa territorial. Uma corrida esbaforida pelo último assento de um transporte coletivo atrasado que chega a um ponto de embarque lotado; o constrangimento de se sentar no assento na fileira do avião. Ou ainda a tensão corporal e o olhar furtivo mantidos durante todo o desconfortável - porém necessário - trajeto numa carruagem superlotada, onde não há qualquer distância ou garantia de espaço pessoal, à parte do mero e óbvio espaço vital. Esta dissertação apresenta o desenvolvimento de uma investigação sobre as variáveis que caracterizam a qualidade do espaço pessoal e sobre o modo como nos podem fornecer informação para facilitar uma comparação entre os meios de transporte e as diferentes necessidades de espaço que os utilizadores sentem ao utilizá-los e em diferentes cenários. Estas análises comparativas podem fornecer argumentos para a tomada de decisão na gestão e planeamento da mobilidade urbana, inclusive em um cenário como o da COVID-19, onde o distanciamento interpessoal se tornou extremamente relevante.Deste modo, ao propor uma metodologia de análise comparativa capaz de incorporar a escala humana enquanto aspeto transversal que percorre toda a mobilidade urbana e todos os modos de transporte, poder-se-á avaliar a integração e confrontação dos aspetos referentes ao espaço pessoal com aspetos operacionais da mobilidade.Assim, ao assumir a relevância da escala humana podemos analisar comparativamente as alternativas de transporte do ponto de visto urbano, operacional e na perceção do utilizador, estabelecendo uma relação entre mobilidade e o consequente comportamento social que promove no espaço público – variável definidora da vivência urbana de grande importância para a realidade pós-Covid.The way in which the human being behaves in relation to other individuals and the its environment can be understood through behavioral observations. The distances we keep from our family members differ from those kept before co-workers, as well as from those perpetrated with strangers with whom we come across in the public space. These distances are known as proxemics. As in the animal kingdom, distancing occurs for reasons of defense of territory, guarantee of escape route and the preservation of immediate comfort of your personal space. The concept of Personal Space is also related to social behavior, being the same territory that we seek to protect/safeguard/comfort by the exercise of proxemic communication. Personal space surrounds us at all times and when its limits are exceeded or suffer involuntary stress (beyond the desired), there is discomfort and activation of territory defense systems. Although it may seem, unlike animal and tribal territories, urban centers lack territorial demarcation, a reflection upon identity would be enough to realize that reality is different and such dispute lies within diffuse thresholds.The human presence in the public realm occurs substantially during traffic; along the displacements for the most varied reasons (work, culture, shopping, pleasure), lies the spontaneity of the encounter with the otherness, with the labeled 'stranger' itself.That said, the invitation to the otherness inherent to the encounters and disencounters proper of urban life alongside with the promotion of urbanity to public spaces, (also) rely on the promotion of transportation modes that can foster meetings without dispute, sharing without stress and full sense of belonging to the territory. Although walking is a natural condition of man (whatever the alternative for travelling it is always pedestrian at some point in the trip), it has been a cultural issue that apparently varies according to issues of politics and sociology. Therefore, it is necessary return to the human scale its defining role of the quality of public realm and for this, in this research, the spatiality of personal space dictated by proxemic communication was used to analyze and compare some of the alternatives of urban mobility.Mobility in the public realm results of the front line of this silent and, in most cases, peaceful territorial dispute. A squeeathing race for the last seat on a delayed bus reaching a crowded boarding point; the embarrassment of sitting in the middle seat on the plane. Or yet the body tension and stealthy gaze maintained throughout an uncomfortable yet necessary commute in an overcrowded tube where there is neither distance nor guarantee of personal space apart the mere vital. This dissertation presents the development of an investigation about the variables that characterize the quality of the personal space and how they can provide us with information to facilitate a comparison between the means of transport and the different needs of spacement felt by their users in different scenarios. This comparative analyzes can provide arguments for decision making in the management and planning of urban mobility, including in a scenario such as the one with COVID-19, where interpersonal distancing has become extremely relevant.Thus, by proposing a comparative analysis methodology capable of incorporating the human scale as a transversal aspect that runs through all urban mobility and all modes of transportation, it would be possible to evaluate an integration and confrontation of aspects related to personal space with operational aspects of mobility.Thereby, by assuming the relavance of the human scale, we can comparatively analyze the transportation alternatives from the urban and operational point of view and also in the user's perception, establishing a relationship between mobility and the social behavior that it promotes in the public space - the defining variable of the urban experience with great importance for the post-Covid realityThereby, by returning to the human scale its relevance, it is possible to comparatively analyze the alternatives of transport from the urban, operational point of view and the user's perception, it was possible to predict its implication in the social behavior promoted in the public space – a defining variable of the urban experience of great importance for the post-Covid reality.2020-11-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/94046http://hdl.handle.net/10316/94046TID:202686833porLourenco, Isaac Alves Maximoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2021-06-08T11:12:58Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/94046Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:12:52.793797Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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