Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1404 |
Resumo: | O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui uma importante causa de morbilidade e mortalidade a nível global. Uma das suas etiologias é a estenose das artérias intracranianas. Este assunto ganha cada vez mais importância e tem vindo a despertar interesse, devido á alta prevalência dos seus fatores de risco e à sua alta taxa de recorrência, mesmo quando tratada. A epidemiologia da Estenose Intracraniana varia com a população estudada, sendo mais comum em hispânicos, negros e asiáticos. Nos dias de hoje é uma causa também a ter em conta nos caucasianos, onde é responsável por cerca de 10% dos AVCs isquémicos. O diagnóstico desta patologia é cada vez mais acessível com o advento de técnicas não invasivas como o Doppler Transcraniano, e a Angiografia por Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética. Por outro lado, existem lacunas no conhecimento da estenose das artérias intracranianas no que concerne à sua fisiopatologia e história natural. Acredita-se que esta seja fruto de um mecanismo próprio de aterogénese em íntima ligação com a inflamação, angiogénese e criação de circulação colateral. Cada vez mais se aposta em biomarcadores e fatores genéticos como determinantes prognósticos. A abordagem terapêutica destes doentes não é clara. Existem poucos estudos randomizados e não foi estabelecido um protocolo padrão para o seguimento e tratamento desta patologia. A terapêutica de primeira linha é farmacológica associada a gestão intensiva de fatores de risco, sendo que técnicas endovasculares (angioplastia e stenting) estão reservadas para casos de refractariedade e realizada em centros especializados. Cerca de 8% dos doentes internados na Unidade de AVC do Centro Hospitalar Cova da Beira, têm estenose de artérias intracranianas, sendo esta sintomática em 48% destes doentes. Quanto á prevalência de fatores de risco, esta é sobreponível ao de outras séries. Os principais são Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus tipo2, Dislipidémia e Tabagismo. Muitas vezes existem co-morbilidades associadas como Fibrilhação Auricular ou Estenose Carotídea que confundem o diagnóstico etiológico do AVC. |
id |
RCAP_9bb2798f5f835a7755a2f24e4f619e3a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1404 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracranianaAcidente vascular cerebralAcidente vascular cerebral isquémicoEstenose intracraniana - Factores de riscoEstenose intracraniana - TratamentoDoença aterosclerótica intracranianaO Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui uma importante causa de morbilidade e mortalidade a nível global. Uma das suas etiologias é a estenose das artérias intracranianas. Este assunto ganha cada vez mais importância e tem vindo a despertar interesse, devido á alta prevalência dos seus fatores de risco e à sua alta taxa de recorrência, mesmo quando tratada. A epidemiologia da Estenose Intracraniana varia com a população estudada, sendo mais comum em hispânicos, negros e asiáticos. Nos dias de hoje é uma causa também a ter em conta nos caucasianos, onde é responsável por cerca de 10% dos AVCs isquémicos. O diagnóstico desta patologia é cada vez mais acessível com o advento de técnicas não invasivas como o Doppler Transcraniano, e a Angiografia por Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética. Por outro lado, existem lacunas no conhecimento da estenose das artérias intracranianas no que concerne à sua fisiopatologia e história natural. Acredita-se que esta seja fruto de um mecanismo próprio de aterogénese em íntima ligação com a inflamação, angiogénese e criação de circulação colateral. Cada vez mais se aposta em biomarcadores e fatores genéticos como determinantes prognósticos. A abordagem terapêutica destes doentes não é clara. Existem poucos estudos randomizados e não foi estabelecido um protocolo padrão para o seguimento e tratamento desta patologia. A terapêutica de primeira linha é farmacológica associada a gestão intensiva de fatores de risco, sendo que técnicas endovasculares (angioplastia e stenting) estão reservadas para casos de refractariedade e realizada em centros especializados. Cerca de 8% dos doentes internados na Unidade de AVC do Centro Hospitalar Cova da Beira, têm estenose de artérias intracranianas, sendo esta sintomática em 48% destes doentes. Quanto á prevalência de fatores de risco, esta é sobreponível ao de outras séries. Os principais são Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus tipo2, Dislipidémia e Tabagismo. Muitas vezes existem co-morbilidades associadas como Fibrilhação Auricular ou Estenose Carotídea que confundem o diagnóstico etiológico do AVC.Stroke is a major cause of mortality and incapacity worlwide. One of its causes is the intracranial arterial stenosis. This subject has gained focus, because of its associated risk factors and the high recurrence rates even when under treatment. The prevalence of intracranial stenosis is influenced by race and it variates according to the population under study. It is more common in Hispanics, Afro-americans and Asians. In Caucasians is responsible for 10% of the ischemic strokes. The screening and diagnose of intracranial stenosis is available with non-invasive techniques like Transcranial Doppler and CT and MR angiography. There are many lacks in the knowledge of the intracranial arterial stenosis, especially in its pathophysiology and natural history. It is accepted that the development of stenosis in intracranial vessels has a unique mechanism evolving atherogenesis, inflammation, angiogenesis and collateral circulation. Biomarkers and genetic factors are been studied and gained importance in the prognosis of this disease. The management of these patients hasn’t been completely elucidated. There are few randomized studies and there is no standard protocoles for the treatment and prevention of intracranial stenosis. The current approach is aggressive medical therapy which combines antithrombotic therapy with intensive management of risk factors. Endovascular techniques (angioplasty and stenting) are used in pacients with no responde to medical treatment and is performed only in high-volume centers. In Centro Hospitalar Cova da Beira, 8% of the patients admitted in the Unidade de AVC have intracranial stenosis, which is symptomatic in 48% of the cases. The prevalence of risck factors is the same observed in another series with more patients. The main risk factors are High Blood Pressure, Diabetes Mellitus type 2, Hypercholesterolemia and Smoking. In many cases, intracranial stenosis coexists with diseases like Artrial Fibrillation or Carotid Stenosis and the stroke mechanism cannot be determined.Universidade da Beira InteriorAlvarez Pérez, Francisco JoséuBibliorumAzevedo, Joana Catarina Garcia2013-10-08T09:45:09Z2013-052013-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1404porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:57Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1404Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:13.659402Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana |
title |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana |
spellingShingle |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana Azevedo, Joana Catarina Garcia Acidente vascular cerebral Acidente vascular cerebral isquémico Estenose intracraniana - Factores de risco Estenose intracraniana - Tratamento Doença aterosclerótica intracraniana |
title_short |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana |
title_full |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana |
title_fullStr |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana |
title_full_unstemmed |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana |
title_sort |
Acidente vascular cerebral isquémico e estenose intracraniana |
author |
Azevedo, Joana Catarina Garcia |
author_facet |
Azevedo, Joana Catarina Garcia |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Alvarez Pérez, Francisco José uBibliorum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Azevedo, Joana Catarina Garcia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Acidente vascular cerebral Acidente vascular cerebral isquémico Estenose intracraniana - Factores de risco Estenose intracraniana - Tratamento Doença aterosclerótica intracraniana |
topic |
Acidente vascular cerebral Acidente vascular cerebral isquémico Estenose intracraniana - Factores de risco Estenose intracraniana - Tratamento Doença aterosclerótica intracraniana |
description |
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui uma importante causa de morbilidade e mortalidade a nível global. Uma das suas etiologias é a estenose das artérias intracranianas. Este assunto ganha cada vez mais importância e tem vindo a despertar interesse, devido á alta prevalência dos seus fatores de risco e à sua alta taxa de recorrência, mesmo quando tratada. A epidemiologia da Estenose Intracraniana varia com a população estudada, sendo mais comum em hispânicos, negros e asiáticos. Nos dias de hoje é uma causa também a ter em conta nos caucasianos, onde é responsável por cerca de 10% dos AVCs isquémicos. O diagnóstico desta patologia é cada vez mais acessível com o advento de técnicas não invasivas como o Doppler Transcraniano, e a Angiografia por Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética. Por outro lado, existem lacunas no conhecimento da estenose das artérias intracranianas no que concerne à sua fisiopatologia e história natural. Acredita-se que esta seja fruto de um mecanismo próprio de aterogénese em íntima ligação com a inflamação, angiogénese e criação de circulação colateral. Cada vez mais se aposta em biomarcadores e fatores genéticos como determinantes prognósticos. A abordagem terapêutica destes doentes não é clara. Existem poucos estudos randomizados e não foi estabelecido um protocolo padrão para o seguimento e tratamento desta patologia. A terapêutica de primeira linha é farmacológica associada a gestão intensiva de fatores de risco, sendo que técnicas endovasculares (angioplastia e stenting) estão reservadas para casos de refractariedade e realizada em centros especializados. Cerca de 8% dos doentes internados na Unidade de AVC do Centro Hospitalar Cova da Beira, têm estenose de artérias intracranianas, sendo esta sintomática em 48% destes doentes. Quanto á prevalência de fatores de risco, esta é sobreponível ao de outras séries. Os principais são Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus tipo2, Dislipidémia e Tabagismo. Muitas vezes existem co-morbilidades associadas como Fibrilhação Auricular ou Estenose Carotídea que confundem o diagnóstico etiológico do AVC. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-10-08T09:45:09Z 2013-05 2013-05-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.6/1404 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.6/1404 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade da Beira Interior |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade da Beira Interior |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136332372508672 |