DIAGNÓSTICO DE DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES Proposta de uma ficha de diagnóstico para a Clínica Universitária do IUCS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11816/2695 |
Resumo: | Atualmente, as Disfunções Temporomandibulares (DTM) são consideradas uma das principais causas de dor orofacial de origem não dentária, podendo adquirir caráter crónico e ter um grande impacto na vida social e profissional do paciente. É importante o médico dentista estar atento aos sinais e sintomas que caracterizam estas disfunções para um diagnóstico precoce e, consequentemente, poder executar um bom tratamento. Assim como muitas outras disfunções musculoesqueléticos, o diagnóstico das DTM é bastante complicado devido à falta de sinais objetivos, resultante em sistemas de classificação baseados nos sintomas. Em 1992, Dworkin e Le Resche desenvolveram um sistema que oferecia a padronização da examinação, diagnóstico e classificação das DTM mais comuns – RDC/TMD (Research Diagnostic Criteria for Temporolmandibular Disorders), mas este, apesar de contrastar com os sistemas anteriores, e devido ao facto de ser constituído por um duplo eixo (eixo I – sintomas físicos; eixo II – sintomas psicológicos), mostrou-se com uma validade reduzida e a sua aplicação na prática clinica era bastante complexa, levando ao desenvolvimento de um novo sistema de classificação em 2014, DC/TMD (Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders), aplicável na prática clínica. Este sistema de duplo eixo veio revolucionar o diagnóstico deste tipo de disfunções por considerar os fatores psicossociais, baseando-se no modelo biopsicossocial da dor que afirma que a doença não é apenas um fenómeno biológico e que a sua evolução resulta da interação entre fatores psicológicos e sociais com fatores biológicos. Este sistema permite um tratamento mais eficaz pois, atualmente sabe-se que os fatores psicossociais das DTM podem estar associados a elevados níveis de depressão, ansiedade e stress interferindo com a qualidade de vida do paciente, podendo até influenciar a modulação da dor do paciente. O objetivo da minha Fundamentação Teórica do Relatório Final de Estágio é a construção de uma ficha clínica para o diagnóstico das DTM, tendo em conta o modelo da dor biopsicossocial e, com isso, introduzir os fatores psicológicos na avaliação clínica. Este é constituído por exames que avaliam em primeiro lugar os fatores psicológicos do paciente, com o objetivo de avaliar o eixo II e, tendo em conta estes resultados, executar o exame físico. |
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