TUMOR ODONTOGÉNICO QUERATOQUÍSTICO: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-PATOLÓGICA E MOLECULAR

• Autor(a) principal: Fernandes, Filipa Manuela Ferreira Pinto
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/2689
• topic: CD147; EMMPRIN; p63; p73; Tumor queratoquístico odontogénico; Tumor odontogénico; Imu; Quistos folicularesnohistoquímica; Quistos inflamatórios

O queratoquisto é classicamente estudado como quisto odontogénico de desenvolvimento contendo queratina, embora, atualmente é designado pela OMS (2005) de Tumor Odontogénco Quqeratoquistico (TOQ). Este surge em resposta a um estímulo desconhecido que induz a proliferação dos restos epiteliais da lâmina dentária. Apresenta uma proliferação intensa das suas células epiteliais, com índice mitótico muito elevado, comportamento agressivo e alto potencial de recidiva, que o coloca como um tumor odontegénico. Objectivo: Este trabalho de investigação tem como objetivo a caracterização clínicopatológica e molecular de tumores odontogénicos queratoquísticos, efetuando uma análise das informações clínicas e análise molecular da CD147, p63 e p73 neste tipo de lesões, comparando-o com outro tipo de quistos e tumores odontogénicos (quisto inflamatórios, Foliculares e ameloblastomas). Material e Métodos: Utilizaram-se 32 casos de tumores odontogénicos queratiquísticos onde se realizou a técnica de imunohistoquímica em tissue microarrays (TMA), avaliando a intensidade de marcação e extensão na CD147, p73, p63, numa amostra de conveniência consecutiva com 32 TOQ´s, 37 quistos radiculares, 21 quistos dentígeros e 16 ameloblastomas. Foi feita análise dos parâmetros clínicos de cada caso. Resultados: Obteve-se maior número de casos de TOQ no sexo feminino e nas idades compreendidas entre 0-39 anos. Em relação à localização, a zona posterior da mandíbula são as mais afetadas. Os TOQ´s apresentam positividade para a expressão da CD147, p73, p63, sempre com intensidade e extensão altas. A CD147 mostra que há mais diferenças entre os TOQ´s e os quistos foliculares/radiculares do que com o ameloblastoma, isto poderá significar que existe uma natureza mais agressiva nos ameloblastomas e tumores odontogénicos queratoquísticos, como também verificada na existencia de recidiva. Conclusão: Compreender o perfil biológico do tumor queratoquístico odontogénico é uma mais valia para o diagnóstico e tratamento do mesmo