Diferenciação entre bons leitores e leitores fracos estudantes do ensino superior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neves, Maria Gonçalves Alvim
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/23206
Resumo: Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2015
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spelling Diferenciação entre bons leitores e leitores fracos estudantes do ensino superiorLeituraFonologia suprassegmentalCompreensão da leituraHábitos de leituraTeses de mestrado - 2015Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2015A leitura é uma componente fundamental para o sucesso académico no Ensino Superior, e para estudantes com dificuldades ao nível da leitura pode haver também consequências que daí advêm: apresentam maiores níveis de ansiedade, pior desempenho académico e elevados níveis de frustração. Ao mesmo tempo, têm uma ortografia pobre e não conseguem igualar os outros estudantes na velocidade de leitura e escrita. Assim, este estudo tem como objetivos identificar bons e fracos leitores do Ensino Superior e evidenciar padrões diferenciados de desempenho nos dois grupos em capacidades relacionadas com a leitura consoante o critério de seleção dos participantes (TIL 1-min/ 3 provas coletivas relacionadas com conhecimento ortográfico e fonologia supra-segmental). São também analisadas as capacidades envolvidas na realização do TIL consoante o nível de leitura dos participantes e o contributo da nomeação rápida na fluência de leitura. Participaram neste estudo 126 estudantes universitários, com idades compreendidas entre os 18 e os 63 anos. Os participantes realizaram cinco provas coletivas relacionadas com conhecimento ortográfico, fonologia supra-segmental e compreensão de leitura. Numa fase posterior, 70 desses estudantes (54 raparigas e 16 rapazes), foram avaliados num conjunto de provas individuais relacionadas com consciência fonológica, memória fonológica, leitura de palavras e pseudopalavras, nomeação rápida e um questionário de autorrelato. Os resultados mostram que os fracos leitores apresentam piores resultados ao nível da leitura de pseudopalavras (descodificação), memória fonológica e nomeação rápida de cores, sendo o tamanho do efeito maior para a leitura de pseudopalavras. As capacidades de consciência fonológica e leitura de palavras apenas estão comprometidas quando se analisa o desempenho dos participantes em função do desempenho em três das provas coletivas aplicadas, sendo este critério mais discriminativo de dificuldades de leitura. Além disso, os dados indicam que há uma relação entre o questionário de autorrelato e o nível objetivo de leitura dos participantes, indicando que os estudantes universitários têm consciência das suas capacidades de leitura e escrita. Relativamente às capacidades envolvidas na realização do TIL, os leitores fracos parecem apoiar-se mais na fonologia e os bons leitores no conhecimento ortográfico. No que diz respeito às capacidades envolvidas à nomeação rápida, os resultados mostram que a capacidade de nomear letras rapidamente e com precisão prediz a fluência de leitura de palavras irregulares, em bons e em fracos leitores. No caso de bons leitores, esta capacidade também prediz a fluência de leitura de palavras e de pseudopalavras. O presente estudo reforça a ideia de que existe um défice fonológico universal relacionado com as dificuldades de leitura, como se depreende pelas falhas ao nível da descodificação. A nível prático, salienta-se a importância do domínio do princípio alfabético aquando da aprendizagem da leitura e a aplicação das três provas coletivas no Ensino Secundário para despiste de dificuldades de leitura.Reading is an essential component of academic success in higher education. Students with reading difficulties struggle with higher anxiety levels, worse academic performance and higher levels of frustration. Furthermore, they have poor spelling and writing skills, and their reading and writing is slower than the normal readers’s. Therefore, the aim of this study is to identify good and poor readers in higher education, pointing differences in reading related skills for the two groups as we use a reading comprehension-based criterion (1-min TIL) or a set of collective tests measuring orthographic knowledge and supra-segmental phonology to select the participants. We also analyze the skills involved in the 1-min TIL for good and poor readers and the predictive value of rapid automatized naming in reading fluency. In this study participated 126 university students, aged 18 to 63 years. Participants completed five collective tests, related to orthographic knowledge, suprasegmental phonology and reading comprehension. At a later stage, 70 of the 126 students (54 females e 16 males), were tested with a set of individual tests related to phonological awareness, word and pseudoword reading, rapid naming and a self-report questionnaire. Results show that poor readers have a deficit in pseudoword reading (decoding), phonological memory and color rapid naming. Phonological awareness and word reading skills are also compromised, but only when we consider the results of three of the collective tests, showing that these tests are more discriminative of reading difficulties. Furthermore, the data show that there is a relation between the self-report questionnaire and the participants’ objective reading level, showing that university students are conscious of their reading abilities. Regarding the skills invloved in the 1-min TIL, poor readers seem to rely on decoding skills; good readers seem to rely on ortographic knowledge. Concerning rapid naming, the ability to rapid and accurately name letters predicts irregular words reading fluency in good and poor readers. In the case of good readers, it also predicts word and pseudowords reading fluency. The present study strengthens the idea of a universal phonological deficit related to reading difficulties, evidence that emerges from the decoding difficulties we obtained. At a practical level, we emphasize the importance of the alphabetic principle’s mastery at the reading learning phases.Verhaeghe, Arlette, 1951-Repositório da Universidade de LisboaNeves, Maria Gonçalves Alvim2016-04-01T14:06:55Z20152015-10-162015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/23206porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:11:08Zoai:repositorio.ul.pt:10451/23206Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:40:39.443210Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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