Um herói romântico, apesar de tudo e apesar de si, e um cadete de cavalaria: Sobre A Filha do Doutor Negro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0807-89672012000300015 |
Resumo: | Em A Filha do Doutor Negro (1864), de Camilo Castelo Branco, surgem dois protagonistas de notório cariz romântico. Ambos nutrem desejo pela mesma moça (Albertina), sem que isso desencadeie uma rivalidade mortífera (ou sequer rivalidade) entre ambos. Um deles, António da Silveira, abdicará do seu desejo e desempenhará o fundamental papel de coadjuvante da relação entre o outro (João Crisóstomo) e a filha do chamado doutor Negro, relação, como seria de esperar, pautada pela (inclemente) interdição paterna. O nosso propósito consistirá em analisar estas personagens, que parecem funcionar como o reverso de uma mesma moeda: a de heróis românticos, com boa porção do que isso supõe e exige, marcados, porém, por inequívocos sinais (mais ou então menos residuais) da mentalidade do Antigo-Regime, o que não é, muito pelo contrário, sem condicionar o trajeto de cada uma. Trata-se, assim, de protagonistas situados num entre-dois assaz desconfortável em determinados contextos. |
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