Questões individuais da Tampa Scale of Kinesiophobia e da Pain Catastrophizing Scale como potenciais indicadores de prognóstico em utentes com dor cervical crónica de origem não específica

• Autor(a) principal: Sagorro, João Carlos Candeias
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/43202
• topic: Dor Cervical Crónica; Cinesiofobia; Catastrofização; Incapacidade Funcional; Prognóstico; Chronic Neck Pain; Kinesiophobia; Catastrophizing; Disability; Prognosis

Introdução: A Dor Cervical (DC) é uma das causas mais comuns de dor músculo esquelética. Adicionalmente, 50-85% dos indivíduos parecem manter sintomas após 1 a 5 anos. A cinesiofobia e a catastrofização da dor são apontados como possíveis indicadores de prognóstico em utentes com DC crónica de origem não específica (DCCNE). Objetivo: Estudar as questões individuais e score total da Tampa Scale of Kinesiophobia (TSK-13-PT) e da Pain Catastrophizing Scale (PCS-PT) como potenciais indicadores de prognóstico para os resultados de “sucesso”, ao nível da incapacidade funcional, após intervenção multimodal de Fisioterapia em utentes com DCCNE. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, analítico de coorte prospetivo. O status de “sucesso” ao nível da incapacidade funcional (outcome primário) foi avaliado através da versão portuguesa da Neck Disability Index (NDI PT). Para testar possíveis associações entre as questões individuais e o score total das duas escalas com o outcome "sucesso”, foi realizada uma análise univariada e multivariada, com recurso a uma regressão logística. Para avaliar a capacidade discriminativa dos modelos, foi calculada a área sob a curva (AUC). Resultados: Cinquenta e um indivíduos foram incluídos [84% mulheres, 51(±9,7) anos] e avaliados na baseline e após 6 semanas de tratamento de fisioterapia multimodal. Os resultados obtidos sugerem que a questão 1 da TSK-13-PT, associada à presença de cefaleias, apresenta uma capacidade preditiva superior à do score total da TSK-13-PT (R2=0,171). O mesmo se verificou para a questão 13 da TSK-13-PT, isoladamente (R2=0,145) e associada à presença de cefaleias (R2=0,213). Contudo, os modelos finais não apresentam capacidade de discriminar entre resultados de “sucesso” vs. “insucesso” (AUC<0,5). Conclusão: As questões 1 e 13 da TSK-13-PT têm capacidade preditiva, mas individualmente revelam ser insuficientes, pelo que deverão ser consideradas em conjunto com outros possíveis fatores de prognóstico.