Fatores que influenciam a qualidade de vida dos idosos institucionalizados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/10946 |
Resumo: | A longevidade da população assume uma crescente tendência a nível mundial. O envelhecimento constitui um processo natural do desenvolvimento humano, dinâmico e progressivo, vivenciado de forma única. Provoca um conjunto de alterações nos domínios biológico, psicológico e social, que requerem uma adaptação e influenciam a qualidade de vida do idoso. As fragilidades e limitações inerentes ao envelhecimento requerem a prestação de cuidados ao idoso que, por vezes, a família não tem capacidade de realizar. A institucionalização assume-se, neste âmbito, como um dos recursos disponíveis, de modo a suprir as necessidades da pessoa idosa. O presente documento encontra-se estruturado em dois artigos: Artigo 1- “Relação entre Qualidade de Vida em Idosos Institucionalizados e Fatores Sociodemográficos e Clínicos” e Artigo 2- “Nível de Independência e Estado Cognitivo em Idosos Institucionalizados: relação com Incapacidades, Ocorrência de Quedas e Prática de Atividades “. A investigação foi desenvolvida com o objetivo de avaliar alguns fatores que influenciam a qualidade de vida dos idosos institucionalizados. A amostra não probabilística por conveniência incluiu 65 idosos de duas estruturas residenciais para pessoas idosas do Norte do país, com uma média de idades de 82,57 anos, compreendidas entre os 65 e os 99 anos, sendo 70.3% do sexo feminino e 29.7% do sexo masculino. De referir que da amostra 63 (96.9%) tinha pelo menos um problema de saúde, sendo os mais frequentes por ordem decrescente: doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (n=36; 55.4%), doenças do aparelho cardiovascular (n=32; 42.9%) e doenças das glândulas endócrinas, do metabolismo e transtornos imunitários (n=23; 35.4%) e todos os participantes referiram tomar medicação diariamente. Foi realizado um estudo descritivo, de metodologia quantitativa e de caráter transversal e recorreu- se ao formulário como instrumento de recolha de dados, que incluía variáveis de caracterização sociodemográfica e clínica, presença de incapacidades, ocorrência de quedas e prática de atividades e as escalas Whoqol-Old e de Barthel e o Teste de Mini Mental State Examination. Relativamente ao artigo 1 a qualidade de vida apresentou uma M=97,86. Observou-se que os idosos casados e sem doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo apresentaram uma média superior de qualidade de vida. Verificaram-se relações estatisticamente significativas no que respeita: ao estado civil, sendo que os idosos casados apresentaram melhor qualidade de vida (M=105.39; DP=11.35) em relação aos idosos viúvos (M=94.77; DP=13.88) e em relação aos idosos que não apresentaram doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo (M=102,24; DP=10.16) comparativamente aos indivíduos acometidos pela doença (M=94.33; DP=15.34). Quanto ao artigo 2 obteve-se uma M= 71,88 quanto ao nível de independência e uma M= 21,42 relativamente ao estado cognitivo. Quanto ao estado cognitivo não se verificaram diferenças estatisticamente significativas, na relação com a presença de incapacidades, ocorrência de quedas ou a prática de atividades. Contudo, constatou-se que a mobilidade foi a incapacidade mais predominante nos idosos e foram os idosos que tiveram pelo menos uma queda e que praticavam alguma atividade na instituição que apresentaram menor nível de independência na realização das atividades de vida diárias. Pretende-se que os resultados desta investigação possam ser significativos no futuro para a melhoria dos cuidados de saúde dispensados aos idosos institucionalizados, como também na qualidade de vida em idosos institucionalizados, nomeadamente pela intervenção dos enfermeiros especialistas em saúde comunitária e de saúde pública, pela sua vasta área de intervenção definidas no regulamento das Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública |
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Fatores que influenciam a qualidade de vida dos idosos institucionalizadosIdososInstitucionalizaçãoA longevidade da população assume uma crescente tendência a nível mundial. O envelhecimento constitui um processo natural do desenvolvimento humano, dinâmico e progressivo, vivenciado de forma única. Provoca um conjunto de alterações nos domínios biológico, psicológico e social, que requerem uma adaptação e influenciam a qualidade de vida do idoso. As fragilidades e limitações inerentes ao envelhecimento requerem a prestação de cuidados ao idoso que, por vezes, a família não tem capacidade de realizar. A institucionalização assume-se, neste âmbito, como um dos recursos disponíveis, de modo a suprir as necessidades da pessoa idosa. O presente documento encontra-se estruturado em dois artigos: Artigo 1- “Relação entre Qualidade de Vida em Idosos Institucionalizados e Fatores Sociodemográficos e Clínicos” e Artigo 2- “Nível de Independência e Estado Cognitivo em Idosos Institucionalizados: relação com Incapacidades, Ocorrência de Quedas e Prática de Atividades “. A investigação foi desenvolvida com o objetivo de avaliar alguns fatores que influenciam a qualidade de vida dos idosos institucionalizados. A amostra não probabilística por conveniência incluiu 65 idosos de duas estruturas residenciais para pessoas idosas do Norte do país, com uma média de idades de 82,57 anos, compreendidas entre os 65 e os 99 anos, sendo 70.3% do sexo feminino e 29.7% do sexo masculino. De referir que da amostra 63 (96.9%) tinha pelo menos um problema de saúde, sendo os mais frequentes por ordem decrescente: doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (n=36; 55.4%), doenças do aparelho cardiovascular (n=32; 42.9%) e doenças das glândulas endócrinas, do metabolismo e transtornos imunitários (n=23; 35.4%) e todos os participantes referiram tomar medicação diariamente. Foi realizado um estudo descritivo, de metodologia quantitativa e de caráter transversal e recorreu- se ao formulário como instrumento de recolha de dados, que incluía variáveis de caracterização sociodemográfica e clínica, presença de incapacidades, ocorrência de quedas e prática de atividades e as escalas Whoqol-Old e de Barthel e o Teste de Mini Mental State Examination. Relativamente ao artigo 1 a qualidade de vida apresentou uma M=97,86. Observou-se que os idosos casados e sem doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo apresentaram uma média superior de qualidade de vida. Verificaram-se relações estatisticamente significativas no que respeita: ao estado civil, sendo que os idosos casados apresentaram melhor qualidade de vida (M=105.39; DP=11.35) em relação aos idosos viúvos (M=94.77; DP=13.88) e em relação aos idosos que não apresentaram doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo (M=102,24; DP=10.16) comparativamente aos indivíduos acometidos pela doença (M=94.33; DP=15.34). Quanto ao artigo 2 obteve-se uma M= 71,88 quanto ao nível de independência e uma M= 21,42 relativamente ao estado cognitivo. Quanto ao estado cognitivo não se verificaram diferenças estatisticamente significativas, na relação com a presença de incapacidades, ocorrência de quedas ou a prática de atividades. Contudo, constatou-se que a mobilidade foi a incapacidade mais predominante nos idosos e foram os idosos que tiveram pelo menos uma queda e que praticavam alguma atividade na instituição que apresentaram menor nível de independência na realização das atividades de vida diárias. Pretende-se que os resultados desta investigação possam ser significativos no futuro para a melhoria dos cuidados de saúde dispensados aos idosos institucionalizados, como também na qualidade de vida em idosos institucionalizados, nomeadamente pela intervenção dos enfermeiros especialistas em saúde comunitária e de saúde pública, pela sua vasta área de intervenção definidas no regulamento das Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária e de Saúde PúblicaPopulation longevity is on an increasing trend worldwide. Aging is a natural process of human development, dynamic and progressive, experienced in a unique way. It causes a number of changes in the biological, psychological and social fields, which require adaptation and influence the quality of life of the elderly. The weaknesses and limitations inherent in aging require care for the elderly, who sometimes have no capacity to do so. Institutionalization is one of the resources available to meet the needs of the elderly. This document is structured in two articles: Article 1- "Relationship between Quality of Life in Institutionalized Elderly and Sociodemographic and Clinical Factors" and Article 2- "Level of Independence and Cognitive State in Institutionalized Elderly: Relationship with Disabilities, Occurrence of Falls, and Practice of Activities ". Research has been developed to assess some factors influencing the quality of life, level of independence and cognitive status of institutionalized elderly people, The non-probabilistic sample for convenience included 65 elderly people from two residential structures for elderly people in the north of the country, with an average age of 82.57, between 65 and 99 years of age, 70.3% of the female sex and 29.7% of the male sex. It should be noted that 63 (96.9%) had at least one health problem, the most frequent being in descending order: disorders of the osteomuscular system and connective tissue (n=36; 55.4%), cardiovascular disorders (n=32; 42.9%) and endocrine gland disorders, metabolism and immune disorders (n=23; 35.4%) and all participants reported taking medication daily. A descriptive study was carried out, quantitative ly and cross-sectional ly, and the form was used as a data collection instrument, which included variables of sociodemographic and clinical characterization, presence of disabilities, occurrence of falls and practice of activities and the Whoqol-Old and Barthel scales and the Mini Mental State Examination Test. Regarding Article 1, quality of life presented an M=97.86. It was observed that the elderly married and without musculoskeletal and connective tissue diseases presented a higher average of quality of life. There were statistically significant relationships regarding: marital status, and married elderly had better quality of life (M=105.39; SD=11.35) in relation to widowed elderly (M=94.77; SD=13.88) and in relation to the elderly who did not present musculoskeletal and connective tissue diseases (M=102.24; SD=10.16) compared to individuals affected by the disease (M=94.33; SD=15.34). For Article 2, an M= 71.88 was obtained for the level of independence and M= 21.42 for the cognitive state. No statistically significant differences in the relationship to impairment, fall occurrence or activity were observed with regard to cognitive status. However, it was found that mobility is the most prevalent disability in the elderly, and it was the elderly who had at least one fall and who had some activity in the institution who showed the lowest level of independence in carrying out daily life activities. The aim is to ensure that the results of this research can be significant in the future for improving the health care of institutionalized elderly people, as well as in the quality of life of institutionalized elderly people, in particular by the intervention of nurses specializing in Community health and public health, by their wide area of intervention as defined in the regulation of the Specific Competences of the Community Nurse for Nursing and Public Health.2022-01-04T16:51:41Z2020-06-23T00:00:00Z2020-06-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/10946TID:202602281pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessVidal, Mariana Isabel Torcatoreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:25:17Zoai:repositorio.utad.pt:10348/10946Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:59:41.254135Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A longevidade da população assume uma crescente tendência a nível mundial. O envelhecimento constitui um processo natural do desenvolvimento humano, dinâmico e progressivo, vivenciado de forma única. Provoca um conjunto de alterações nos domínios biológico, psicológico e social, que requerem uma adaptação e influenciam a qualidade de vida do idoso. As fragilidades e limitações inerentes ao envelhecimento requerem a prestação de cuidados ao idoso que, por vezes, a família não tem capacidade de realizar. A institucionalização assume-se, neste âmbito, como um dos recursos disponíveis, de modo a suprir as necessidades da pessoa idosa. O presente documento encontra-se estruturado em dois artigos: Artigo 1- “Relação entre Qualidade de Vida em Idosos Institucionalizados e Fatores Sociodemográficos e Clínicos” e Artigo 2- “Nível de Independência e Estado Cognitivo em Idosos Institucionalizados: relação com Incapacidades, Ocorrência de Quedas e Prática de Atividades “. A investigação foi desenvolvida com o objetivo de avaliar alguns fatores que influenciam a qualidade de vida dos idosos institucionalizados. A amostra não probabilística por conveniência incluiu 65 idosos de duas estruturas residenciais para pessoas idosas do Norte do país, com uma média de idades de 82,57 anos, compreendidas entre os 65 e os 99 anos, sendo 70.3% do sexo feminino e 29.7% do sexo masculino. De referir que da amostra 63 (96.9%) tinha pelo menos um problema de saúde, sendo os mais frequentes por ordem decrescente: doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (n=36; 55.4%), doenças do aparelho cardiovascular (n=32; 42.9%) e doenças das glândulas endócrinas, do metabolismo e transtornos imunitários (n=23; 35.4%) e todos os participantes referiram tomar medicação diariamente. Foi realizado um estudo descritivo, de metodologia quantitativa e de caráter transversal e recorreu- se ao formulário como instrumento de recolha de dados, que incluía variáveis de caracterização sociodemográfica e clínica, presença de incapacidades, ocorrência de quedas e prática de atividades e as escalas Whoqol-Old e de Barthel e o Teste de Mini Mental State Examination. Relativamente ao artigo 1 a qualidade de vida apresentou uma M=97,86. Observou-se que os idosos casados e sem doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo apresentaram uma média superior de qualidade de vida. Verificaram-se relações estatisticamente significativas no que respeita: ao estado civil, sendo que os idosos casados apresentaram melhor qualidade de vida (M=105.39; DP=11.35) em relação aos idosos viúvos (M=94.77; DP=13.88) e em relação aos idosos que não apresentaram doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo (M=102,24; DP=10.16) comparativamente aos indivíduos acometidos pela doença (M=94.33; DP=15.34). Quanto ao artigo 2 obteve-se uma M= 71,88 quanto ao nível de independência e uma M= 21,42 relativamente ao estado cognitivo. Quanto ao estado cognitivo não se verificaram diferenças estatisticamente significativas, na relação com a presença de incapacidades, ocorrência de quedas ou a prática de atividades. Contudo, constatou-se que a mobilidade foi a incapacidade mais predominante nos idosos e foram os idosos que tiveram pelo menos uma queda e que praticavam alguma atividade na instituição que apresentaram menor nível de independência na realização das atividades de vida diárias. Pretende-se que os resultados desta investigação possam ser significativos no futuro para a melhoria dos cuidados de saúde dispensados aos idosos institucionalizados, como também na qualidade de vida em idosos institucionalizados, nomeadamente pela intervenção dos enfermeiros especialistas em saúde comunitária e de saúde pública, pela sua vasta área de intervenção definidas no regulamento das Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública |
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