Angioedema associado aos fármacos inibidores do eixo renina-angiotensina-aldosterona: Experiência do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa,Rita Albuquerque
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Silva,Ana Teresa, Cabral,Rui Melo, Cruz,Fátima, Pereira,Sílvia, Escada,Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212020000300002
Resumo: Introdução: O angioedema isolado é um efeito adverso raro, mas potencialmente fatal, da toma de fármacos inibidores do eixo renina-angiotensina-aldosterona (iRAA). Objetivos: Caracterizar os episódios de angioedema localizados à face e via aérea superior relacionados com a toma destes fármacos nos doentes referenciados ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Métodos: Análise retrospetiva observacional dos doentes com diagnóstico de angioedema da região da face e via aérea superior relacionados com a toma de iRAA. Critérios de inclusão: episódios únicos ou recorrentes de angioedema sob terapêutica com iRAA. Foram excluídos doentes com angioedema associado a urticária e hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroides. Resultados: Amostra constituída por 49 doentes: 23 do sexo feminino, média de idades 67 anos (min=28;máx=93). Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) foram a classe relacionada com o desenvolvimento de angioedema em 77,55% (n = 38), os antagonistas dos recetores da aldosterona (ARA II) em 18,37% (n=9) e a associação dos dois foi encontrada em 4,08% dos casos (n=2). Os locais envolvidos foram: face 44,9% (n=22), via aérea 34,7% (n=17), envolvimento da face e via área 20,4% (n= 10). A taxa de recorrência ao serviço de urgência hospitalar foi de 63,3% (n=31). Foi realizada traqueotomia em um doente. Conclusões: O diagnóstico e a abordagem do angioedema relacionado com os fármacos iRAA representa um desafio. Embora os IECA estejam mais frequentemente associados, os ARA II não podem ser considerados uma alternativa segura aos primeiros.
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