GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ?
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2013 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.6/3217 |
Summary: | Estudos epidemiológicos e estudos em modelos da Doença de Parkinson sustentam a hipótese do estrogénio possuir um papel neuroprotetor na via nigrostriatal. Resultados do nosso grupo (Campos et al. 2012) mostram que o estrogénio promove a regulação da expressão de GDNF a qual é requerida para a proteção dos neurónios dopaminérgicos pelo 17-β estradiol. Adicionalmente, também mostramos num modelo da doença de Parkinson que a proteção induzida pelo 17-β estradiol não requer a ativação de recetores intracelulares. Com o presente estudo pretendemos investigar o papel de um recetor de estrogénio associado à membrana, na neuroproteção contra a lesão dopaminérgica induzida pelo MPP+ (in vitro) ou MPTP (in vivo). Os nossos resultados mostraram que o G1, um agonista selectivo do recetor, previne a perda dos neurónios dopaminérgicos induzida pela exposição de culturas celulares do mesencéfalo ao MPP+, e que o G15 (o antagonista selectivo do recetor) inibe a neuroproteção induzida pelo estrogénio. Além disso, observamos que a incubação com G1 foi capaz de promover o aumento da expressão de GDNF em culturas primárias do mesencéfalo, e que a imunodepleção do GDNF impede a proteção induzida pela exposição com G1. Avaliamos também a capacidade do G1 em promover a proteção num modelo MPTP de murganho por análise do número de células positivas para tirosina hidroxilase. Usando testes de comportamento, campo aberto e “grip test”, também avaliámos a capacidade do G1 proteger as funções motoras. Os resultados obtidos indicam que a ativação deste receptor efectivamente protege a via nigrostriatal face à lesão induzida pela toxina dopaminérgica através de um processo que envolve a regulação da expressão de GDNF. Estes resultados, conjuntamente com o facto do recetor ser um receptor de estrogénio que não medeia efeitos nos órgãos reprodutores, sugere que pode ser usado como uma estratégia alvo designada para proteger a lesão dopaminérgica. |
id |
RCAP_9df977e7ca129071d76e26e610a1a2c1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3217 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ?Estrogénio - NeuroprotecçãoEstradiolDoença e Parkinson - EstrogénioGDNFEstudos epidemiológicos e estudos em modelos da Doença de Parkinson sustentam a hipótese do estrogénio possuir um papel neuroprotetor na via nigrostriatal. Resultados do nosso grupo (Campos et al. 2012) mostram que o estrogénio promove a regulação da expressão de GDNF a qual é requerida para a proteção dos neurónios dopaminérgicos pelo 17-β estradiol. Adicionalmente, também mostramos num modelo da doença de Parkinson que a proteção induzida pelo 17-β estradiol não requer a ativação de recetores intracelulares. Com o presente estudo pretendemos investigar o papel de um recetor de estrogénio associado à membrana, na neuroproteção contra a lesão dopaminérgica induzida pelo MPP+ (in vitro) ou MPTP (in vivo). Os nossos resultados mostraram que o G1, um agonista selectivo do recetor, previne a perda dos neurónios dopaminérgicos induzida pela exposição de culturas celulares do mesencéfalo ao MPP+, e que o G15 (o antagonista selectivo do recetor) inibe a neuroproteção induzida pelo estrogénio. Além disso, observamos que a incubação com G1 foi capaz de promover o aumento da expressão de GDNF em culturas primárias do mesencéfalo, e que a imunodepleção do GDNF impede a proteção induzida pela exposição com G1. Avaliamos também a capacidade do G1 em promover a proteção num modelo MPTP de murganho por análise do número de células positivas para tirosina hidroxilase. Usando testes de comportamento, campo aberto e “grip test”, também avaliámos a capacidade do G1 proteger as funções motoras. Os resultados obtidos indicam que a ativação deste receptor efectivamente protege a via nigrostriatal face à lesão induzida pela toxina dopaminérgica através de um processo que envolve a regulação da expressão de GDNF. Estes resultados, conjuntamente com o facto do recetor ser um receptor de estrogénio que não medeia efeitos nos órgãos reprodutores, sugere que pode ser usado como uma estratégia alvo designada para proteger a lesão dopaminérgica.Data from both epidemiological studies and studies with experimental models of Parkinson’s disease support the notion that oestrogens exert a neuroprotective role in the nigrostriatal pathway. Data from our group (Campos et al. 2012) reveal that oestrogen promotes an upregulation of GDNF expression which is required for the 17-β estradiol-mediated protection of dopaminergic neurons. Moreover, we also showed that in the Parkinson’s disease models used in our studies the protection induced by 17-β estradiol does not require the activation of intracellular receptors. With the present study we aimed to investigate the role of G-proteincoupled receptor, a membrane associated oestrogen receptor, in the neuroprotection against the dopaminergic lesion induced by MPP+ (in vitro) or MPTP (in vivo). Our results showed that G1, a selective agonist of the receptor, prevented the loss of dopaminergic neurons induced by exposure of midbrain cultures to MPP+, and that G15 (a selective antagonist of the receptor) hampered the neuroprotection induced by oestrogen. Furthermore, we observed that incubation with G1 was able to promote an increase of GDNF expression in midbrain primary cultures, and that imunodepletion of GDNF impeded the protection induced by G1 exposure. We evaluated the ability of G1 to promote protection in the MPTP mouse model by analysis the number of tyrosine hydroxylase positive cells. By using the open field test and the grip test we also study the ability of G1 to protect the motor functions. The results obtained so far indicated that activation of the receptor effectively protects the nigrostriatal pathway from the lesion induced by dopaminergic toxins through a process involving the up-regulation of GDNF expression. This, together with the fact that this receptor is an oestrogen receptor that does not mediate estrogenic responses in reproductive organs, suggests that it can be used as a target in strategies designed to protect against dopaminergic lesion.Baltazar, Graça Maria FernandesuBibliorumBessa, Agustina Morais2015-04-09T09:46:27Z2013-0720132013-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3217porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:39:33Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3217Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:41.946475Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ? |
title |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ? |
spellingShingle |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ? Bessa, Agustina Morais Estrogénio - Neuroprotecção Estradiol Doença e Parkinson - Estrogénio GDNF |
title_short |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ? |
title_full |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ? |
title_fullStr |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ? |
title_full_unstemmed |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ? |
title_sort |
GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ? |
author |
Bessa, Agustina Morais |
author_facet |
Bessa, Agustina Morais |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Baltazar, Graça Maria Fernandes uBibliorum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bessa, Agustina Morais |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Estrogénio - Neuroprotecção Estradiol Doença e Parkinson - Estrogénio GDNF |
topic |
Estrogénio - Neuroprotecção Estradiol Doença e Parkinson - Estrogénio GDNF |
description |
Estudos epidemiológicos e estudos em modelos da Doença de Parkinson sustentam a hipótese do estrogénio possuir um papel neuroprotetor na via nigrostriatal. Resultados do nosso grupo (Campos et al. 2012) mostram que o estrogénio promove a regulação da expressão de GDNF a qual é requerida para a proteção dos neurónios dopaminérgicos pelo 17-β estradiol. Adicionalmente, também mostramos num modelo da doença de Parkinson que a proteção induzida pelo 17-β estradiol não requer a ativação de recetores intracelulares. Com o presente estudo pretendemos investigar o papel de um recetor de estrogénio associado à membrana, na neuroproteção contra a lesão dopaminérgica induzida pelo MPP+ (in vitro) ou MPTP (in vivo). Os nossos resultados mostraram que o G1, um agonista selectivo do recetor, previne a perda dos neurónios dopaminérgicos induzida pela exposição de culturas celulares do mesencéfalo ao MPP+, e que o G15 (o antagonista selectivo do recetor) inibe a neuroproteção induzida pelo estrogénio. Além disso, observamos que a incubação com G1 foi capaz de promover o aumento da expressão de GDNF em culturas primárias do mesencéfalo, e que a imunodepleção do GDNF impede a proteção induzida pela exposição com G1. Avaliamos também a capacidade do G1 em promover a proteção num modelo MPTP de murganho por análise do número de células positivas para tirosina hidroxilase. Usando testes de comportamento, campo aberto e “grip test”, também avaliámos a capacidade do G1 proteger as funções motoras. Os resultados obtidos indicam que a ativação deste receptor efectivamente protege a via nigrostriatal face à lesão induzida pela toxina dopaminérgica através de um processo que envolve a regulação da expressão de GDNF. Estes resultados, conjuntamente com o facto do recetor ser um receptor de estrogénio que não medeia efeitos nos órgãos reprodutores, sugere que pode ser usado como uma estratégia alvo designada para proteger a lesão dopaminérgica. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-07 2013 2013-07-01T00:00:00Z 2015-04-09T09:46:27Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.6/3217 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.6/3217 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136344027430912 |