Contribuição do GDNF para a neuroprotecção exercida pelo estrogénio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/799 |
Resumo: | A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, depois do Alzheimer, e caracteriza-se principalmente pela perda progressiva de neurónios dopaminérgicos na Substantia Nigra. Numerosos trabalhos reportaram a maior prevalência e incidência desta doença no sexo masculino, relativamente ao sexo feminino. Estudos envolvendo a reposição com estrogénios em ratos fêmea ovariectomizados, atribuíram esta diferença de incidências ao efeito neuroprotectivo do estrogénio. No entanto, o grau de protecção exercida por níveis fisiológicos desta hormona permanece desconhecido. Os estrogénios também têm sido implicados na regulação da expressão de factores neurotróficos, o que pode estar na origem dos seus efeitos neuroprotectores. O factor neurotrófico derivado de uma linha de células da glia (GDNF) é um dos factores neurotróficos regulados pelo estrogénio, que foi implicado na neuroprotecção e regeneração na via nigroestriatal, actuando como um potente factor de sobrevivência para os neurónios dopaminérgicos, que são alvo de degeneração na doença de Parkinson. De forma a esclarecer o papel dos níveis endógenos de estrogénio na protecção da via nigroestriatal, utilizámos como modelo da doença de Parkinson a 6-hidroxidopamina, e estudámos de que forma a remoção dos ovários em fêmeas férteis interferiu com a extenção da lesão dopaminérgica induzida pela toxina. As fêmeas Wistar foram ovariectomizadas e 3 semanas após a cirurgia os animais foram injectados estereotaxicamente, no estriado, com 6-hidroxidopamina. A extensão da lesão foi avaliada através da contagem de células que expressavam o marcador dopaminérgico tirosina hidroxilase, por imunohistoquimica, assim como pelos níveis de expressão desta proteína, por western blot, tanto na Substantia Nigra como no estriado. Os níveis plasmáticos de estradiol também foram quantificados. De forma a determinar a a existência de relação entre os níveis de estradiol, a expressão de GDNF e a extensão da lesão dopaminérgica, também foi estudada a expressão do factor neurotrófico GDNF. Os nossos resultados sugerem fortemente que o estrogénio produzido endogenamente, assim como o GDNF, estão associados com níveis aumentados de tirosina hidroxilase estriatal, um marcador de sobrevivência da célula dopaminérgica. |
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Contribuição do GDNF para a neuroprotecção exercida pelo estrogénioEstudo num modelo animal da doença de ParkinsonEstrogéniosEstrogénios - Factor neurotrófico - GDNFEstrogénios - Neuroprotecção - GDNFEstrogénios - Doença de ParkinsonA doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, depois do Alzheimer, e caracteriza-se principalmente pela perda progressiva de neurónios dopaminérgicos na Substantia Nigra. Numerosos trabalhos reportaram a maior prevalência e incidência desta doença no sexo masculino, relativamente ao sexo feminino. Estudos envolvendo a reposição com estrogénios em ratos fêmea ovariectomizados, atribuíram esta diferença de incidências ao efeito neuroprotectivo do estrogénio. No entanto, o grau de protecção exercida por níveis fisiológicos desta hormona permanece desconhecido. Os estrogénios também têm sido implicados na regulação da expressão de factores neurotróficos, o que pode estar na origem dos seus efeitos neuroprotectores. O factor neurotrófico derivado de uma linha de células da glia (GDNF) é um dos factores neurotróficos regulados pelo estrogénio, que foi implicado na neuroprotecção e regeneração na via nigroestriatal, actuando como um potente factor de sobrevivência para os neurónios dopaminérgicos, que são alvo de degeneração na doença de Parkinson. De forma a esclarecer o papel dos níveis endógenos de estrogénio na protecção da via nigroestriatal, utilizámos como modelo da doença de Parkinson a 6-hidroxidopamina, e estudámos de que forma a remoção dos ovários em fêmeas férteis interferiu com a extenção da lesão dopaminérgica induzida pela toxina. As fêmeas Wistar foram ovariectomizadas e 3 semanas após a cirurgia os animais foram injectados estereotaxicamente, no estriado, com 6-hidroxidopamina. A extensão da lesão foi avaliada através da contagem de células que expressavam o marcador dopaminérgico tirosina hidroxilase, por imunohistoquimica, assim como pelos níveis de expressão desta proteína, por western blot, tanto na Substantia Nigra como no estriado. Os níveis plasmáticos de estradiol também foram quantificados. De forma a determinar a a existência de relação entre os níveis de estradiol, a expressão de GDNF e a extensão da lesão dopaminérgica, também foi estudada a expressão do factor neurotrófico GDNF. Os nossos resultados sugerem fortemente que o estrogénio produzido endogenamente, assim como o GDNF, estão associados com níveis aumentados de tirosina hidroxilase estriatal, um marcador de sobrevivência da célula dopaminérgica.Parkinson´s disease is the second most common neurodegenerative disorder after Alzheimer and is mainly characterized by a progressive and selective depletion of dopamine neurons in the Substantia Nigra. Numerous studies have reported a greater prevalence and incidence of PD in men than in women. Studies involving estrogen treatment of ovariectomised rodents attribute this largely to the neuroprotective effets of estrogen. However, a neuroprotective role for physiologic levels of circulating estrogen in females is less clear. Estrogens have also been shown to regulate the expression of neurotrophic factors, like glial cell line-derived neurotrophic factor (GDNF), which might mediate their neuroprotective effects. GDNF produces neuroprotective and regenerative effects in the nigrostriatal pathways, acting as a potent survival factor for dopaminergic neurons that degenerate in Parkinson’s disease. In order to clarify the role of endogenous levels of estrogens in protecting the nigrostriatal pathway, we used the 6-hydroxydopamine (6-OHDA) model of Parkinson’s disease and tested how the removal of ovaries in fertile females interferes with extent of the dopaminergic lesion induced by 6-OHDA. Female Wistar rats were ovariectomised and 3 weeks after the surgery the animals were stereotaxically injected in the striatum with 6-OHDA. The extent of the lesion was assessed by counting the cells expressing the dopaminergic marker tyrosine hydroxylase by imunohistochemistry and also the expression levels of this protein by Western blot in both the Substantia Nigra and the striatum. The plasma levels of estradiol were also quantified. To determine if there was a relationship between estradiol levels, the expression of GDNF and the extent of the dopaminergic lesion, we also studied the expression of the neurotrophic factor GDNF. Our findings strongly suggest that endogenously produced estrogens and GDNF are associated with increased levels of striatal tyrosine hydroxylase, a marker of dopaminergic cell survival.Universidade da Beira InteriorBaltazar, Graça Maria FernandesuBibliorumFonseca, Ana Paula da Silva2012-12-05T13:24:01Z2010-062010-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/799porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:09Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/799Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:47.981057Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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