Ecologia do género Mycobacterium na região do Tâmega e Sousa e as suas implicações na saúde humana

• Autor(a) principal: Pinto, Ana Beatriz
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/11537
• topic: Micobactérias; Mycobacterium tuberculosis

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa presta serviços à população da região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, que abrange doze concelhos da zona Norte. Neste centro hospitalar existe o Serviço de Patologia Clínica que engloba diferentes setores. O presente relatório foi maioritariamente realizado no setor de Microbiologia e Biologia Molecular, processando e analisando amostras que chegavam para exame micobacteriológico e pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes. As amostras eram de diferentes tipos, havendo amostras respiratórias como secreções, lavados brônquicos e bronco-alveolares, e outras não respiratórias como líquidos, pus, urinas, sucos gástricos. As amostras eram processadas para exame cultural e exame direto, para complementar em alguns casos foi feita pesquisa de DNA de Mycobacterium tuberculosis complex e resistência à rifampicina, pesquisa do antigénio MPT64. No caso de um exame cultural positivo, um exame direto negativo e a pesquisa de antigénio MPT64 dar negativo, a amostra foi passada para o meio gelose de Columbia (5% de sangue de carneiro) e preparadas duas lâminas por amostra para coloração pela Auramina. Os positivos enviados para o Hospital de São João, para fazer identificação por deteção do antigénio MPT64, num teste imunocromatográfico, e visualização da lâmina corada por método de Kinyoun e/ou por utilização de sondas GenoType. Eventualmente, nos casos onde a cultura foi identificada como M. tuberculosis e na ausência da inquinação da amostra, foi feito o teste de suscetibilidade aos antibacilares. Eventualmente, nos casos onde a cultura foi identificada como M. tuberculosis e na ausência de inquinação da amostra, foi feito o teste de suscetibilidade aos antibacilares. O período de um ano, entre 1 de março de 2021 a 31 de março de 2022, foi analisado e contabilizados os casos positivos, negativos, contaminados para exame cultural e positivos negativos e duvidosos para exame direto. Os positivos foram classificados por idade, sexo, espécie de Mycobacterium isolada, sensibilidades e/ou resistências dessas espécies a antibióticos de primeira linha utilizados no tratamento da tuberculose. No caso dos positivos, foram ainda analisados os processos clínicos de modo a perceber quais as comorbilidades mais comuns e os fatores de risco a que estiveram expostos na região do Tâmega e Sousa. Os dados obtidos para esta região foram comparados com os dados de anos anteriores publicados pela Direção Geral de Saúde.