A pré-iniciação científica: Um processo de inclusão ou segregação?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva-Gonçalves, Antônio José
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Gomes de Azevedo, Sandra Maria, Goncalves-Oliveira, Jonathan, Trajano, Valéria da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.36367/ntqr.2.2020.270-282
Resumo: A iniciação científica e pesquisa é um eixo estruturante do ensino médio. Entretanto, a iniciação científica desenvolvida no ensino médio é advinda de programas de Pré-Iniciação Científica (PIC). Esses Programas são desenvolvidos em instituições de pesquisa e ensino de nível superior. A inserção de jovens nesses Programas é meritocrática e tem por base a inclusão social. Esses critérios elimina uma parcela representativa de estudantes. Este estudo analisou a opinião de 126 estudantes do ensino médio que não participaram do Programa PIC, “Projeto Jovens Talentos para Ciência (FAPERJ)” (PJT), do Colégio Estadual Deodato Linhares, na cidade de Miracema, Rio de Janeiro, Brasil. A metodologia foi exploratória e qualitativa, cuja questão inicial foi: Para você o que é o PJT? Os depoimentos foram analisados pela Técnica de Análise de Conteúdo, onde 55% dos participantes eram do gênero feminino, 40% do gênero masculino e 5% não se classificaram nos dois gêneros, dentre eles, 27% caracterizaram o Programa como um PIC; 7,9% declararam desconhecer o Programa; 14,3% menosprezaram o Programa e 43,6% consideraram o Programa como uma oportunidade de crescimento intelectual, social ou profissional. Esses resultados apontaram falhas de divulgação, desenvolvimento do processo de segregação escolar e a necessidade de discussão sobre o conceito de inclusão social dos Programas PIC instituidos no país.
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