Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Teresa Maria Gaspar dos
Data de Publicação: 2016
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10884/982
Resumo: Introdução: A obesidade é considerada um dos mais graves problemas de saúde pública da atualidade. Tem vindo a ser relacionada com o aumento do consumo de açúcar proveniente da alimentação e em particular das bebidas açucaradas. No entanto, é ainda controverso o contributo do seu consumo para o aumento da prevalência de excesso de peso em crianças. Objetivo: Tem como objetivo relacionar o estado nutricional com a frequência de consumo de bebidas açucaradas em crianças dos 6 aos 9 anos. Métodos: Estudo epidemiológico do tipo observacional transversal realizado em 267 crianças dos 6 aos 9 anos de idade de quatro escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico da freguesia de Barcarena. Os dados socioeconómicos foram obtidos através da aplicação de um questionário de autopreenchimento de resposta fechada enviado aos encarregados de educação das crianças participantes. O estado nutricional foi avaliado pelo cálculo do índice de massa corporal e segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Center for Disease Control Prevention (CDC). A frequência de consumo de bebidas açucaradas foi obtida pela aplicação de um questionário de frequência alimentar não quantitativo de autopreenchimento. A análise estatística foi efetuada utilizando o software informático PSPP, versão 0.8.5-gdaa1fe, da Free Software Foundation. A associação entre o estado nutricional e a frequência de consumo de bebidas açucaradas foi efetuada por uma regressão logística. Para todos os testes foi considerada significância estatística quando p < 0,05. Resultados: Segundo o critério da OMS, 58% tinha peso normal, 24% pré-obesidade e 18% obesidade. Os resultados obtidos de acordo com o CDC indicaram 61,8% peso normal, 19,5% pré-obesidade e 17,3% obesidade. A prevalência de excesso de peso foi mais elevada nos rapazes. Pertencer à classe 1 de bebidas açucaradas parece ter um efeito protetor para o excesso de peso (OR = 0,40; p = 0,347) enquanto que pertencer à classe 2 parece representar um fator de risco (OR = 1,95; p = 0,098). Observa-se assim uma tendência entre pertencer a uma das classes e ter excesso de peso. Conclusão: Existe uma tendência para a associação da frequência de consumo de bebidas açucaradas com estado nutricional das crianças, sendo maior a probabilidade destas terem excesso de peso quando pertencem à classe de consumo de iced tea, néctar e sumo de fruta "até uma vez por semana".
id RCAP_9e33164fe2881758ba811165ef2ddf24
oai_identifier_str oai:repositorio-cientifico.uatlantica.pt:10884/982
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 AnosCriançasObesidadebebidas açucaradasConsumoIntrodução: A obesidade é considerada um dos mais graves problemas de saúde pública da atualidade. Tem vindo a ser relacionada com o aumento do consumo de açúcar proveniente da alimentação e em particular das bebidas açucaradas. No entanto, é ainda controverso o contributo do seu consumo para o aumento da prevalência de excesso de peso em crianças. Objetivo: Tem como objetivo relacionar o estado nutricional com a frequência de consumo de bebidas açucaradas em crianças dos 6 aos 9 anos. Métodos: Estudo epidemiológico do tipo observacional transversal realizado em 267 crianças dos 6 aos 9 anos de idade de quatro escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico da freguesia de Barcarena. Os dados socioeconómicos foram obtidos através da aplicação de um questionário de autopreenchimento de resposta fechada enviado aos encarregados de educação das crianças participantes. O estado nutricional foi avaliado pelo cálculo do índice de massa corporal e segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Center for Disease Control Prevention (CDC). A frequência de consumo de bebidas açucaradas foi obtida pela aplicação de um questionário de frequência alimentar não quantitativo de autopreenchimento. A análise estatística foi efetuada utilizando o software informático PSPP, versão 0.8.5-gdaa1fe, da Free Software Foundation. A associação entre o estado nutricional e a frequência de consumo de bebidas açucaradas foi efetuada por uma regressão logística. Para todos os testes foi considerada significância estatística quando p < 0,05. Resultados: Segundo o critério da OMS, 58% tinha peso normal, 24% pré-obesidade e 18% obesidade. Os resultados obtidos de acordo com o CDC indicaram 61,8% peso normal, 19,5% pré-obesidade e 17,3% obesidade. A prevalência de excesso de peso foi mais elevada nos rapazes. Pertencer à classe 1 de bebidas açucaradas parece ter um efeito protetor para o excesso de peso (OR = 0,40; p = 0,347) enquanto que pertencer à classe 2 parece representar um fator de risco (OR = 1,95; p = 0,098). Observa-se assim uma tendência entre pertencer a uma das classes e ter excesso de peso. Conclusão: Existe uma tendência para a associação da frequência de consumo de bebidas açucaradas com estado nutricional das crianças, sendo maior a probabilidade destas terem excesso de peso quando pertencem à classe de consumo de iced tea, néctar e sumo de fruta "até uma vez por semana".2016-02-03T17:01:24Z2016-02-03T00:00:00Z2016-02-03bachelor thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10884/982porSantos, Teresa Maria Gaspar dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-10-31T16:00:11Zoai:repositorio-cientifico.uatlantica.pt:10884/982Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-10-31T16:00:11Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos
title Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos
spellingShingle Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos
Santos, Teresa Maria Gaspar dos
Crianças
Obesidade
bebidas açucaradas
Consumo
title_short Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos
title_full Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos
title_fullStr Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos
title_full_unstemmed Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos
title_sort Estado Nutricional e Frequência de Consumo de Bebidas Açucaradas em Crianças dos 6 aos 9 Anos
author Santos, Teresa Maria Gaspar dos
author_facet Santos, Teresa Maria Gaspar dos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Teresa Maria Gaspar dos
dc.subject.por.fl_str_mv Crianças
Obesidade
bebidas açucaradas
Consumo
topic Crianças
Obesidade
bebidas açucaradas
Consumo
description Introdução: A obesidade é considerada um dos mais graves problemas de saúde pública da atualidade. Tem vindo a ser relacionada com o aumento do consumo de açúcar proveniente da alimentação e em particular das bebidas açucaradas. No entanto, é ainda controverso o contributo do seu consumo para o aumento da prevalência de excesso de peso em crianças. Objetivo: Tem como objetivo relacionar o estado nutricional com a frequência de consumo de bebidas açucaradas em crianças dos 6 aos 9 anos. Métodos: Estudo epidemiológico do tipo observacional transversal realizado em 267 crianças dos 6 aos 9 anos de idade de quatro escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico da freguesia de Barcarena. Os dados socioeconómicos foram obtidos através da aplicação de um questionário de autopreenchimento de resposta fechada enviado aos encarregados de educação das crianças participantes. O estado nutricional foi avaliado pelo cálculo do índice de massa corporal e segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Center for Disease Control Prevention (CDC). A frequência de consumo de bebidas açucaradas foi obtida pela aplicação de um questionário de frequência alimentar não quantitativo de autopreenchimento. A análise estatística foi efetuada utilizando o software informático PSPP, versão 0.8.5-gdaa1fe, da Free Software Foundation. A associação entre o estado nutricional e a frequência de consumo de bebidas açucaradas foi efetuada por uma regressão logística. Para todos os testes foi considerada significância estatística quando p < 0,05. Resultados: Segundo o critério da OMS, 58% tinha peso normal, 24% pré-obesidade e 18% obesidade. Os resultados obtidos de acordo com o CDC indicaram 61,8% peso normal, 19,5% pré-obesidade e 17,3% obesidade. A prevalência de excesso de peso foi mais elevada nos rapazes. Pertencer à classe 1 de bebidas açucaradas parece ter um efeito protetor para o excesso de peso (OR = 0,40; p = 0,347) enquanto que pertencer à classe 2 parece representar um fator de risco (OR = 1,95; p = 0,098). Observa-se assim uma tendência entre pertencer a uma das classes e ter excesso de peso. Conclusão: Existe uma tendência para a associação da frequência de consumo de bebidas açucaradas com estado nutricional das crianças, sendo maior a probabilidade destas terem excesso de peso quando pertencem à classe de consumo de iced tea, néctar e sumo de fruta "até uma vez por semana".
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-02-03T17:01:24Z
2016-02-03T00:00:00Z
2016-02-03
dc.type.driver.fl_str_mv bachelor thesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10884/982
url http://hdl.handle.net/10884/982
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv mluisa.alvim@gmail.com
_version_ 1817548670583701504