O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.2/3958 |
Resumo: | Separata de "O Arqueólogo Português", S. 4, Vol. 16 de 1998 |
id |
RCAP_9e870cc314b77426cd786704dc0f90d8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/3958 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C.ArqueologiaPeríodo calcolíticoPovoamentoCampaniformeOeirasEstremaduraSeparata de "O Arqueólogo Português", S. 4, Vol. 16 de 1998As investigações relativas ao Calcolítico da Baixa Estremadura, abaixo da latitude de Torres Vedras e até ao estudo do Sado, conduziram a uma grande quantidade de elementos, relativos tanto a povoados como necrópoles. Porém a ausência de programa que proporcionasse o tratamento metódico e integrado desta tão dispersa quanto heteróclita informação, impediu a demonstração cabal da forte identidade e originalidade cultural da estremadura no decurso do Calcolítico. Neste contexo, avultam os resultados obtidos pelo autor no povoado fortificado de Leceia (Oeiras), um dos mais notáveis dos até agora reconhecidos no País, no qual foram até ao presente (1999) realizadas dezasseis campanhas de escavações (1983-1998). Ali, foi pela primeira vez possível, o estabelecimento de limites cronológicos entre as três fases culturais identificadas, com expressão artefactual e estratigráfica, mercê da realização de 36 análises radio-carbónicas, a saber: Neolítico Final; Calcolítico Inicial; e Calcolítico Pleno. Por outro lado, a informação recolhida prestava-se particularmente à discussão da emergência e afirmação do "fenómeno" campaniforme na região, no concernente tanto à época em que aquele se verificou, como quanto às condições económicas e sociais que pautou. O declínio generalizado dos povoados fortificados estremenhos no fim do calcolítico foi acompanhado pela dispersão das respectivas comunidades ou das que delas descenderam por toda a região da baixa Estremadura, sob a forma de pequenas granjas ou povoados abertos de base familiar. Ali se continuaram a desenvolver intensas actividades agro-pecuárias, incluindo a bovinicultura e a ceralicultura, actividades que requeriam a ocupação permanente dos respectivos territórios e um grau de especialização tão elevado quanto o anteriormente atingido, ao contrário do que poderia sugerir uma interpretação mais superficial da realidade arqueológica. Com efeito, a intensificação da produção, que caracterizou todo o terceiro milénio a.C. na Estremadura, encontra-se expressivamente registada pela presença, pela primeira vez comprovada, de produtos de difusão supra regional: trata-se do chamado "pacote" campaniforme, cujos componentes se encontram tão bem representados em Leceia.Research into Chalcolithic period in the region of Louwer Estremadura, below the latitude of Torres Vedras. Western Portugal, has led to an abundance of data from fortified sites and necropoli. The absence bitherto of the proprer analysis of this disperse and heterogenous information has bindered the strong cultural identification of this region during the Chalcolithic. In this context the results obtained by the Author in on of the most notable sites of the region, the fortified settlement of Leceia (Oeiras) assume particular interest. Sixteen excavation campaigns carried out since 1983 have given rise to a remarkable body of information. Of major importance for this discussion are the chronometric results obtained in Leceia. For the first time, 36 radiocarbon dates and their subsequent statistical treatment have allowed us to establish absolute boundaries for the existing successive cultural phases, that is, for the late Neolithic, the Early and the Middle Chalcolithic. The declive of these fortified settlements at the end of the Chalcolithic, where several communities were gathered, was accompanied by their spreading throughout all the surrounding territories, in small "habitats" based upon agricultural and farming pratices. In fact, land uses were nor interrupted the supra-regional circulation of standardised products became common: is the so-called bell-heaker "package", very well represented in Leceia.Repositório AbertoCardoso, João Luís2015-05-11T16:26:02Z19981998-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/3958porCardoso, João Luís - O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C.."O Arqueólogo Português" [Em linha]. S. 4, vol. 16 (1998), p. 97-110info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-16T15:18:53Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/3958Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:44:52.485519Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C. |
title |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C. |
spellingShingle |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C. Cardoso, João Luís Arqueologia Período calcolítico Povoamento Campaniforme Oeiras Estremadura |
title_short |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C. |
title_full |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C. |
title_fullStr |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C. |
title_full_unstemmed |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C. |
title_sort |
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C. |
author |
Cardoso, João Luís |
author_facet |
Cardoso, João Luís |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Aberto |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cardoso, João Luís |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Arqueologia Período calcolítico Povoamento Campaniforme Oeiras Estremadura |
topic |
Arqueologia Período calcolítico Povoamento Campaniforme Oeiras Estremadura |
description |
Separata de "O Arqueólogo Português", S. 4, Vol. 16 de 1998 |
publishDate |
1998 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1998 1998-01-01T00:00:00Z 2015-05-11T16:26:02Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.2/3958 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.2/3958 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Cardoso, João Luís - O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras), exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura no III milénio a.C.."O Arqueólogo Português" [Em linha]. S. 4, vol. 16 (1998), p. 97-110 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799135019314184192 |