Jovens e adultos com história de conduta delinquente: vitimação e vinculação primária predominante

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Vitória Isabela da Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/7497
Resumo: São várias as investigações que correlacionam positivamente o padrão de vinculação inseguro com condutas delinquentes. Outras pesquisas apontam também para o facto de que indivíduos que se associem a pares desviantes podem ser conduzidos a situações de vitimação. O presente estudo debruça-se sobre a eventual presença, mais ou menos significativa, de situações de vitimação vividas por indivíduos delinquentes e procura aceder às memórias de vinculação primária destes indivíduos. Concretamente, pretende-se definir a eventual existência de um padrão de vitimação nestes sujeitos; apreender o eventual padrão de delito cometido por esta população; perceber qual o padrão de vinculação primária predominante presente na amostra. O estudo apresenta um desenho exploratório, descritivo, transversal, observacional e baseado no autorrelato. A coleta de dados é de naturezas qualitativa e quantitativa com uma triangulação intermétodos. Os resultados obtidos numa amostra de 14 indivíduos com história de condutas delinquentes, sendo 57,1% do sexo feminino e com uma idade média de 22,8 anos (DP= 5,3), confirmam a existência de sobreposição ofensor-vítima (57,1%). Os crimes mais sofridos foram violência conjugal (62,5%) e agressão física (62,5%) e apontam para a proximidade entre a vítima e o ofensor, já que este era conhecido da vítima (87,5%). Uma parte significativa (50,0%) relatou ainda que esse fenómeno esteve relacionado com o meio/ambiente delinquente, sustentando o elo entre experiências de vitimação e estilo de vida desviante. Os atos criminosos mais praticados foram furto (50,0%) e agressão física (50,0%). Por fim, verifica-se uma predominância de padrão de vinculação primária seguro.
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