Family Development in the Urban Area of Southern Angola: Construction and Empirical Validation of the Family Development Trajectories' Model

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simões, Tchilissila Alice Alicerces
Data de Publicação: 2023
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10316/114304
Resumo: Tese de Programa Inter-Universitário de Doutoramento em Psicologia, área de especialização em Psicologia Clínica - área temática: Psicologia da Família e Intervenção Familiar apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
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spelling Family Development in the Urban Area of Southern Angola: Construction and Empirical Validation of the Family Development Trajectories' ModelDesenvolvimento familiar na zona urbana do Sul de Angola: Construção e validação empírica do modelo das trajetórias de desenvolvimento familiarTrajetórias desenvolvimentaisfuncionamento familiarvulnerabilidade familiar ao stressforças familiaresrituais e rotinas familiaresDevelopmental trajectoriesfamily functioningfamily vulnerability to stressfamily strengthsfamily rituals and routinesCiências sociais::Psicologia e ciências cognitivasTese de Programa Inter-Universitário de Doutoramento em Psicologia, área de especialização em Psicologia Clínica - área temática: Psicologia da Família e Intervenção Familiar apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da EducaçãoThe theoretical framework of Family Development serves as a reference for understanding the functioning and evolution of the family, establishing normative and unexpected events over time, and being an essential tool in research and clinical practice. However, existing family development models are theoretically developed in specific cultural and social contexts, so they may not fit in other settings. For example, few models are designed for the African population, and in particular the Angolan population. Thus, this research project sought to fill this gap within the literature by meeting the following objectives: (a) Building a model of the developmental trajectory of urban families in Southern Angola; (b) empirically validating this model; (c) and exploring some indicators of family functioning, specifically family vulnerability to stress, family strength index, and family investment in rituals and routines.The research was carried out in Southern Angola (i.e., Huíla, Namibe, and Cunene) and followed a retrospective and transversal approach of mixed nature (sequential exploratory mixed methodology). It was organized into two large studies. The first qualitative study sought to respond to the first objective by using: (a) Semi-structured interviews with 20 professionals (9 women and 11 men) who work with families in their professional practice (e.g., clergy, teachers, nurses, etc.), aged between 26-88 years; (b) semi-structured interviews, presented in a timeline format, carried out with 36 heterosexual couples (a total of 72 individuals), aged between 19 and 65 years. These individuals were at different stages of the family development. From this group, with 25 couples (a total of 50 individuals), more detailed interviews were carried out that explored family rituals and routines throughout family life. The second study, of a quantitative nature, sought to address the second and third objectives, based on a protocol which integrated several instruments for assessing the family functioning (SCORE-15; FILE; QFF; and the QRF-R) applied to 256 participants, 130 women and 126 men, aged between 18 - 79 years.The qualitative analysis of the first study allowed us to identify a predominantly extended family configuration (i.e., Big Backyard Family and Family with a Third Element). It highlighted the role of cultural and religious references in events considered important milestones of the family system and developmental stages. The results suggested three types of developmental trajectories: (i) one pointed out by the professionals, which suggests the path (1) Family with the First Adolescent or Young Adult Child; (2) Family with the First Grandson; (3) Couple Formalization; and (4) Family with a Middle-Aged Couple – “Sandwich Generation”; (ii) another, identified by most couples (Trajectory A), based on their cultural references, established the sequential stages – (1) Courtship, (2) Birth of the First Child, (3) Marriage or de Facto Union, (4) Birth of Other Children, (5) Birth of the First Grandchild, and (6) the Marriage of the First Child; and (iii) identified by couples based on a religious reference (Trajectory B): (1) Courtship, (2) Marriage (3) Birth of the First Child, (4) Birth of Other Children, (5) Birth of the First Grandchild, and (6) Marriage of the First Child. The results also highlighted the importance of specific family rituals as milestones of family transitions (Efico, Introduction of Families, Okupita Pondje, Banhos de Assento, Alambamento, Western-Style Marriage Proposal, Marriage and Circumcision), as well as the role that routines play in family development.The results obtained in the quantitative study pointed to a globally adjusted family functioning, despite the high rate of family stress-inducing situations. Individuals perceived the existence of family strengths and greater investment in the celebration of rituals related to family time and ethnic rituals. The results revealed a moderate, positive and significant correlation indicating a worse index of family functioning and higher levels of family vulnerability to stress; and a moderate, negative, and significant correlation indicating higher levels of family functioning and higher levels of family strengths. There were differences in family functioning indicators (SCORE-15; FILE, QFS and FRQ-R) depending on the stages of family development and the level of education, for both men and women. The results suggest the importance of having sociocultural adjusted models to assess the development of families in Southern Angola.O quadro teórico do Desenvolvimento Familiar serve de referência para a compreensão do funcionamento e da evolução da família, estabelecendo os eventos normativos e inesperados ao longo do tempo, sendo uma ferramenta imprescindível na investigação e na prática clínica. No entanto, os modelos existentes sobre o desenvolvimento familiar são desenvolvidos teoricamente em contextos culturais e sociais específicos, pelo que podem não se ajustar a outros enquadramentos. Por exemplo, são escassos os modelos concebidos para a população Africana em geral, e Angolana, em particular. Deste modo, este projeto de investigação procurou contribuir para colmatar esta lacuna, tendo como objetivos: (a) Construir um modelo da trajetória desenvolvimental das famílias urbanas do Sul de Angola; (b) validar empiricamente esse modelo; (c) e explorar alguns indicadores do funcionamento familiar, especificamente a vulnerabilidade familiar ao stress, índice de forças familiares e investimento familiar nos rituais e rotinas.A investigação decorreu no Sul de Angola (i.e., Huíla, Namibe e Cunene), recorrendo a uma abordagem retrospetiva e transversal, de cariz misto (metodologia mista exploratória sequencial). Foi organizada em dois grandes estudos. O primeiro estudo, qualitativo, procurou responder ao primeiro objetivo recorrendo a: (a) Entrevistas semiestruturadas a 20 profissionais (9 mulheres e 11 homens) em cuja prática profissional lidam com famílias (e.g., clérigos, professores, enfermeiros, etc.), com idades compreendidas entre os 26-88 anos; (b) entrevistas semiestruturadas tendo como base gráfica uma linha do percurso de vida, realizadas a 36 casais heterossexuais (um total de 72 indivíduos), com idades compreendidas entre os 19 a 65 anos, que se encontravam em diferentes etapas do desenvolvimento familiar. Deste grupo, com 25 casais (um total de 50 indivíduos) realizaram-se entrevistas mais detalhadas que exploraram os rituais e rotinas familiares ao longo da vida familiar. O segundo estudo, de cariz quantitativo, procurou responder ao segundo e terceiro objetivos, com base num protocolo que integrou vários instrumentos de avaliação do funcionamento familiar (SCORE-15; FILE; QFF; e o QRF-R), aplicado a 256 participantes, 130 mulheres e 126 homens, com idades compreendidas entre os 18 - 79 anos.A análise qualitativa do primeiro estudo permitiu identificar uma configuração familiar predominantemente alargada (i.e., Família Quintalão e Família com um Terceiro elemento) e destacou o papel das referências culturais e religiosas nos eventos considerados como marcos importantes do sistema familiar e das etapas desenvolvimentais. Os resultados sugerem três tipos de trajetórias desenvolvimentais: (i) uma apontada pelos profissionais, que sugere o percurso: (1) Família com o Primeiro Filho Adolescente ou Jovem Adulto; (2) Família com o Primeiro Neto; (3) Formalização do Casal; e (4) Família com o Casal na Meia-Idade - Geração Sanduíche; (ii) outra, identificada pela maior parte dos casais (Trajetória A), com base nas suas referências culturais, pautada pelos eventos sequenciais – (1) Namoro, (2) Nascimento do Primeiro Filho, (3) Casamento ou União de Facto, (4) Nascimento dos Outros Filhos, (5) Nascimento do Primeiro Neto, e (6) Casamento do Primeiro Filho; e (iii) identificada pelos casais com base numa referência religiosa (Trajetória B): (1) Namoro, (2) Casamento, (3) Nascimento do Primeiro Filho, (4) Nascimento dos Outros Filhos, (5) Nascimento do Primeiro Neto, e (6) Casamento do Primeiro Filho. Os resultados salientaram também a importância de rituais familiares específicos, enquanto marcos das transições familiar (Efico, Apresentação das Famílias, Okupita Pondje, Banhos de Assento, Alambamento, Pedido de Casamento à Moda Ocidental, Casamento e a Circuncisão), bem como o papel que as rotinas ocupam no desenvolvimento familiar.Os resultados obtidos no estudo quantitativo apontaram para um funcionamento familiar globalmente ajustado, apesar do elevado índice de situações indutoras de stress familiar. Os indivíduos percecionaram a existência de forças familiares e um maior investimento na celebração dos rituais relacionados com o tempo passado em família e rituais étnicos. Os resultados revelam uma correlação moderada, positiva e significativa indicando um pior índice de funcionamento familiar e um maior índice de vulnerabilidade familiar ao stress; e uma correlação moderada, negativa e significativa indicando um melhor índice de funcionamento familiar e um maior índice de forças familiares. Registaram-se diferenças ao nível dos indicadores do funcionamento familiar (SCORE-15; FILE, QFF e QRF-R) em função das etapas do desenvolvimento familiar e do nível de escolaridade, quer nos homens quer nas mulheres. Os resultados sugerem a pertinência de se ter modelos socioculturalmente ajustados para avaliar o desenvolvimento das famílias do Sul de Angola.2023-06-162029-06-14T00:00:00Zdoctoral thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttps://hdl.handle.net/10316/114304https://hdl.handle.net/10316/114304TID:101449666engSimões, Tchilissila Alice Alicercesinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-04-02T01:18:50Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/114304Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-04-02T01:18:50Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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