A luta pelo reconhecimento intersubjectivo : a ligação do eu consigo próprio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.3/3969 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado, Sociologia, 19 de Fevereiro de 2013, Universidade dos Açores. |
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A luta pelo reconhecimento intersubjectivo : a ligação do eu consigo próprioIdentidadeIntersubjectividadeNormatividadeReconhecimentoIdentityIntersubjectivityNormativityRecognitionDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::SociologiaDissertação de Mestrado, Sociologia, 19 de Fevereiro de 2013, Universidade dos Açores.A teoria do reconhecimento tem sido desenvolvida consistentemente por Axel Honneth ([1992] 2011), a partir da ideia original de F. Hegel e formula uma concepção intersubjectiva da autoconsciência humana, uma vez que ela é obtida na medida em que o sujeito compreende a sua própria acção a partir da perspetiva, simbolicamente representada, de uma segunda pessoa. O sujeito obtém assim a capacidade de participação nas interações normativas do seu meio e ao adoptar como suas as normas sociais de acção do outro generalizado, desenvolve a identidade de um sujeito aceite na sua comunidade. Neste processo de socialização, operado na relação intersubjectiva, o conceito de reconhecimento é desdobrado em três esferas: Amor, Direito e Estima Social. Estas esferas, através da aquisição cumulativa de autoconfiança, auto-respeito e auto-estima, criam as condições sociais que permitem os actores chegar a uma atitude positiva para com eles mesmos, originando o indivíduo autónomo. De igual forma, às correspondentes formas de reconhecimento mútuo, poder-se-á atribuir experiências paralelas de desrespeito social. O reconhecimento igual ao ser negado pode prejudicar aquele a quem é recusado. Para Charles Taylor ([1992] 2009), a projecção no outro de uma imagem depreciativa pode realmente oprimi-lo, na medida em que for interiorizada. A identidade de cada um depende das relações dialógicas estabelecidas com os outros. Segundo Taylor, definimo-nos sempre em diálogo, exterior e interior, por concordância ou oposição, com a identidade que os outros significativos querem, ou quiseram, reconhecer em nós. Neste trabalho pretende-se uma abordagem sociológica capaz de aferir os princípios normativos próprios de uma época, estruturalmente inscritos na relação de reconhecimento recíproco, de modo a explicar os processos de mudança social. Recorre-se a uma metodologia qualitativa, compreensiva, com recurso à análise documental e a entrevistas semi-directivas. Pretende-se aplicar o quadro teórico à pesquisa da cidade de Ponta Delgada, mais concretamente a um grupo social, os indivíduos que se encontram desafiliados socialmente, como o caso dos sem-abrigo.ABSTRACT: The Theory of Recognition has been consistently developed by Axel Honneth ([1992] 2011) from F. Hegel’s original idea. Honneth formulates an Intersubjective conception of human self conscience, which is obtained through the subject’s comprehension of his/her own actions throughout a perspective that is symbolically represented by a second person. The subject obtains the capacity for participation in the normative interactions of his/her environment by adapting as yours the social norms of the generalized other and develops the identity of a individual accepted in his community. In this socialization process, operated through the intersubjective experience, the concept of recognition is divided into three spheres: Love, Law and Social Esteem. These spheres, through the cumulative acquisition of self-confidence, self-respect and self-esteem create the social conditions that enable the actors to achieve a positive attitude towards themselves, thus originating the autonomous individual. To the correspondent ways of mutual recognition, it is possible to attribute parallel experiences of social disrespect. The denial of equal recognition may harm that to which recognition is denied. For Charles Taylor ([1992] 2009), the projection of a depreciative image in the other may oppress him/her if it interiorized. The identity of each one depends on the dialogical relations established with others. According to Taylor, we always define ourselves through dialogue, both interior and exterior, that our significant others want, or wanted, to recognize in us. In this work, we intend to achieve a sociological approach capable of assessing the normative principles specific of a certain time, structurally inscribed in the relation of reciprocal recognition, in order to explain the processes of social change, resorting to a qualitative and comprehensive methodology, as well as documental analysis and semidirective interviews. It is intended to apply the theoretical guidelines to the research of the insular society of Ponta Delgada, more specifically to a social group, namely the individuals that are socially unaffiliated, as is the case of the homeless population.Medeiros, Pilar Damião deRepositório da Universidade dos AçoresFontes, Paulo Vitorino2017-01-31T13:46:03Z2013-02-192013-02-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/3969porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:32:16Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/3969Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:26:33.770919Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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